----------------------------------------
🎵 Bem-vindos ao palco da batalha! 🎵
Se o sangue da guerra corre em suas veias e a melodia ecoa em sua alma, então prepare-se para uma experiência única! Este capítulo é mais do que palavras—é ritmo, emoção e história entrelaçados em um espetáculo épico.
A música a seguir é a mesma entoada neste capítulo, trazendo vida ao momento. Apesar de não estar em seu ritmo exato, espero que consiga sentir sua essência!
Música: https://od.lk/s/NTlfOTcwNjUzMDNf/Sinfonia%20de%20Ins%C3%ADdia.mp4
Gostou da música? Quer ouvir mais? Que tal ajudarmos a criar uma playlist oficial de A Eternidade de Ana? Se vocês curtirem a ideia, dedicarei mais tempo para compor novas canções ao longo da novel!
Então deixe seu comentário, compartilhe suas ideias e, quem sabe, sua sugestão pode ser a próxima canção a embalar a história de A Eternidade de Ana!
----------------------------------------
“Ó, guerreiros, sintam o ar, tão doce e amargo,
Um perfume de ferro, fumaça e trago.” 🎵
As primeiras guildas começaram a entrar pelo salão. Suas cores vibrantes contrastavam com o ambiente destruído, mas a desordem de seus trajes e armaduras rasgadas contava uma história de guerra. Escudos arranhados e amassados, elmos partidos, capas manchadas de sangue e lama. As diferentes bandeiras, com seus estilos únicos, misturavam-se em uma cacofonia de visuais que só aumentava a sensação de um mundo quebrado pela violência.
Fora do salão, os sons de batalha eram dispersos, mas constantes. Gritos de dor, aço contra aço, explosões de manifestações e o som surdo de corpos caindo no chão ecoavam pelos corredores e pátios do castelo. Cada som era uma lembrança de que o cerco se apertava mais a cada segundo.
“Hoje o dia é perfeito para brincar com a morte,
Cada golpe que damos é a mais pura sorte.
Em Insídia, nascida do brio e da dor,
Ergue-se um refúgio esculpido em amor.” 🎵
Nyx continuava a cantar, sua voz agora mais alta, como se quisesse transcender a brutalidade que a cercava. Dedilhando o alaúde com precisão quase sobrenatural, sua música preenchia cada canto. O som flutuava entre a melancolia e a aceitação, como se estivesse narrando um destino inevitável.
Miguel, observava ao fundo e Alex mal conseguia manter-se consciente, apoiado contra uma das paredes.
Ana avançava com sua longa lança, atravessando inimigos enquanto liderava seus guerreiros.
“Entre sombras e luz, avançamos ao céu,
E no calor da batalha, seu hino se deu.” 🎵
Seu corpo doía. Cada músculo parecia gritar contra o esforço, e seus movimentos não eram tão rápidos quanto poderiam ser.
Mas ela continuava.
"Não é o suficiente... Nunca é o suficiente."
Cada inimigo abatido era uma vitória efêmera, mas necessária. A arma atravessava armaduras por cima dos ombros dos companheiros, derrubando homens com uma força que parecia impossível para alguém no estado em que ela estava.
“Ó, guerreiros, dancem na melodia,
Cada passo um grito, cada golpe poesia.” 🎵
Ao seu lado, os mascarados e bestiais lutavam como uma unidade única, determinada a arrastar o maior número possível de inimigos consigo, movendo-se com uma precisão que só a convivência em meio ao desespero poderia forjar.
A diferença numérica era esmagadora, mas estavam fazendo o impossível.
Os trinta guerreiros, feridos e exaustos, cobriam o chão com os corpos dos caçadores inimigos em pilhas crescente. No entanto, mesmo derrubado dezenas, talvez centenas de soldados de Barueri, o fluxo de inimigos não parava. Para cada um que caía, outro surgia em seu lugar, como uma maré infinita.
“Pois se vamos cair, que seja com estilo,
O universo aprecia um último suspiro.” 🎵
Um mascarado com uma enigmática máscara tribal se jogou contra três inimigos, cortando dois deles antes de ser destroçado por uma maça. Mesmo em seus últimos momentos, ele segurou o inimigo restante, permitindo que um bestial terminasse o serviço.
A espada larga de tal bestial cortou os inimigos com facilidade, mas foi obrigado a recuar passo a passo. Quando finalmente caiu com múltiplas lanças atravessando seu corpo, um sorriso feroz adornava seus lábios, aceitando seu destino de cabeça erguida.
Ana riu em meio a narração contraditoriamente suave da música, que parecia acompanhar o ambiente. Sua visão começava a embaçar, mas ela era quem mais tinha que se manter firme.
— Não parem de lutar! Cada um de vocês vale mais do que eles. Mais força. Mais alma.
Seus gritos eram abafados pelo som da batalha, mas seus guerreiros ouviam. Eles respondiam com rugidos de guerra, movidos por algo maior do que a sobrevivência — o desejo de fazer história, de transformar sua derrota em algo memorável, de salvar o restante de seu povo.
You could be reading stolen content. Head to Royal Road for the genuine story.
Em meio às ordens, a rainha tropeçou por um instante, o peso do cansaço alcançando-a novamente. Pensou em ficar ali mesmo, mas ao olhar ao redor, viu seu povo ainda lutando, e forçou-se a levantar.
“Com um triste sorriso, canto à memória,
De corpos no chão e sua breve história.
Cada morte é única, cada fim um troféu,
Hoje vocês são artistas no palco do céu” 🎵
Os bestiais caíam um a um, mas nenhum deles permanecia deitado por muito tempo. A melodia, tão suave quanto hipnótica, os trazia de volta à dança macabra da batalha.
Os olhos vazios dos mortos reanimados não tinham vida, mas seus movimentos carregavam uma selvageria sombria, com cada gesto uma lembrança do que eles foram em vida. Não eram apenas os bestiais: os demais corrompidos e soldados de Barueri também se erguiam, balançando suas armas em movimentos desleixados.
“Avançam os puros com armas em punho,
Mas nós gargalhamos: Que dia oportuno!” 🎵
Ana, observando tudo enquanto lutava, não podia deixar de notar a tristeza da cena. Amigos e inimigos, agora indistinguíveis, voltavam a lutar em uma ópera sangrenta, todos parte de uma coreografia grotesca ditada pelo som do alaúde de Nyx.
Ainda assim, tal cena trazia um toque de luz.
Por um momento, todos pensaram que a maré da batalha poderia virar. Quanto mais mortos havia no salão, mais guerreiros de Insídia nasciam.
Era uma cena com algo fascinantemente trágico.
“O caos tem cores, é quase impressionista,
Vamos morrer? Sim. Mas façamos como artistas.” 🎵
Nyx, com um sorriso melancólico, ergueu a voz, a melodia ganhando um tom teatral.
Foi quando aconteceu.
Seus dedos erraram uma nota. A melodia vacilou por um breve instante, mas após um profundo arfar, Nyx voltou a tocar.
Sua voz antes poderosa agora começava a diminuir. Sua pele escura estava seca e com uma estranha palidez, e seus músculos pareciam murchar, como se a própria música estivesse sugando sua vida.
Ana percebeu que esse provavelmente era o fim.
Aproveitando suas pernas que mal a mantinham em pé, deu alguns passos para trás, voltando a sentar-se atrás da barda. Sem dizer uma palavra, a rainha mascarada envolveu Nyx em um abraço, puxando-a levemente para trás, como se quisesse protegê-la da inevitável queda.
“Ó, guerreiros, o campo é o palco da dor,
Mas também da coragem, do amor, do fervor.
Lembrem-se das festas, das risadas ao sol,
Dos banquetes, das lendas, do velho arrebol.” 🎵
O cântico agora era apenas um sussurro. Sua música ainda movia os corpos ao redor, mas o preço estava visível em cada linha de seu rosto.
Em um inesperado desespero, Ana retirou os dois últimos frascos que tinha do cinto da barda e os inseriu nos encaixes da armadura. O líquido foi absorvido rapidamente, mas o efeito foi mínimo.
Nyx apenas riu fracamente.
— Não vai adiantar, Ana... Só estamos adiando o inevitável.
Ana apertou os braços ao redor dela, apoiando o queixo em seu ombro em uma respiração pesada.
— Eu não vou deixar você desaparecer aqui. Podem não acreditar, mas você é mais importante para Insídia do que qualquer um de nós. Você trouxe sorrisos pra vida de merda que todo mundo estava levando.
Nyx virou a cabeça, os olhos cansados, mas ainda brilhando com uma familiar faísca de humor.
— Ah, rainha mascarada… Poesias desse tipo são repletas de mentiras.
“E se o inimigo parecer invencível,
Ao menos façamos o fim inesquecível.” 🎵
Ana fechou os olhos por um instante, deixando a melodia se infiltrar em seus ossos. Quando os abriu novamente, sua determinação era quase palpável.
— Tá, você era só uma parasita pra cidade. Mas era divertida o suficiente pra ninguém se importar.
Nyx sorriu, um sorriso triste e cheio de resignação.
— Foi a melhor fase da minha vida! — exclamou fracamente. — Ana… Meu último show foi… Medíocre?
— Bem, eu preferia ter apreciado ele do banco de um teatro…— resmungou a rainha. — Mas como bem sei, você adora finais dramáticos. Fez um ótimo trabalho, Nyx.
“Cada golpe que damos é cheio de emoção,
E se falharmos, que falhemos com paixão.” 🎵
Nyx dedilhou as últimas notas, sua voz reduzida a quase nada. E então o alaúde escorregou de suas mãos.
Antes que ele atingisse o chão, Ana o pegou em um movimento rápido, segurando-o com firmeza. Seus olhos, que haviam sido tão cansados momentos antes, estavam agora arregalados.
“Rimos no caos, vozes quase insanas,
‘Não se preocupem, meus caros, a morte é bacana.’
Ela chega serena, às vezes até com humor,
Um ‘olá’ discreto, um ‘adeus’ com sabor.” 🎵
Ana olhou para Nyx, cuja respiração estava cada vez mais irregular, mas não parava de cantar. Por um momento, parecia que iria desistir ali mesmo, mas, com um sorriso fraco, ela ergueu a cabeça.
— Apenas um pequeno deslize... Agora é sua vez, rainha.
Ana encarou-a por um instante. A Sombra, sempre tão altiva, parecia minúscula agora, com um corpo tão magro que mal preenchia a armadura orgânica, a qual começava a se soltar de seus braços com suas raízes completamente podres.
A mercenária hesitou por um momento, mas, sem tirar a mulher de seus braços, ajustou o instrumento. Tocou as cordas com cuidado, com movimentos de um tempo tão distante que, se não estivessem gravados em sua carne, talvez não conseguisse fazer.
Ela respirou fundo, e logo começou a tocar.
A música era diferente da anterior, mas estranhamente semelhante. Cada nota parecia puxar algo de dentro de seu corpo, algo que ela não sabia que ainda carregava. Era como se o alaúde estivesse conectado ao seu âmago, sugando fragmentos de sua essência sombria e os transformando em melodia.
Seu coração começou a pulsar tão forte que doía, e sua dupla seguiu o ritmo o melhor que podia.
“Ó, guerreiros, dancem na valsa final,
Com passos firmes, no ritmo triunfal.” 🎵
A rainha mascarada sentiu-se estranhamente conectada aos mortos ao seu redor. Podia ouvi-los. Não apenas o som de suas armas ou passos, mas seus sussurros, suas vozes. Cada um deles carregava uma história, um eco de quem foram em vida.
Nyx, sorria enquanto segurava o pulso de Ana, ainda fornecendo um pequeno fluxo de sua mana reversa para alimentar o espetáculo.
Mas seu corpo estava desmoronando.
Ana continuava a tocar, agora totalmente imersa na música. Cada nota parecia uma extensão de sua dor, de sua raiva, de sua determinação. Feliz, Nyx se apoiou ainda mais na rainha.
“Pois a guerra é arte, e nós, artistas do fim,
Escrevemos a história, em vermelho e marfim.
E quando cairmos, aos braços de Ana,
Ela sussurrará: ‘Bem, que cena bacana.’” 🎵
— Eu não lembro de ser tão cruel para dizer algo assim — murmurou Ana, sem parar de tocar. — Mas se for pra pensar em termos de melhores mortes… Bem, realmente é uma morte bacana.
Nyx riu suavemente, mas a risada rapidamente se transformou em uma tosse intensa. Ela fechou os olhos por um instante, mas logo os abriu novamente, sua expressão tranquila. Com um movimento que parecia impossível para seu estado, ela ergueu uma das unhas afiadas e começou a traçar um círculo em seu próprio peito.
Ana observou horrorizada quando o fino filete de sangue começou a fluir.
— O que você está fazendo?!
A barda não respondeu.
“Lutem, guerreiros, e façam o universo rir,
Pois a morte é o clímax que nos faz existir!”🎵
Sua unha cortava a pele murcha e desgastada, como se seu corpo já estivesse há muito além do ponto de vida. Não demorou para um horrível buraco surgir em seu peito.
Impedindo que Ana a parasse com um pequeno gesto, Nyx lentamente retirou seu coração.
Era algo preto como uma noite sem estrelas, e tal como seu corpo, parecia que iria se desfazer a qualquer momento. Ela o segurou com cuidado, como se fosse algo sagrado.
— Nyx, você não precisa fazer isso. Eu... Eu dou um jeito.
Nyx sorriu novamente, olhando para Ana com uma ternura além do normal.
— Eu quero continuar a existir. Não como uma memória. Quero que você me carregue, assim como carrega aquela pequena coletora.
Ana balançou a cabeça, os olhos marejados.
— Deixa de bobeira. Você ainda pode lutar. Você ainda pode estar aqui.
Nyx tocou o rosto de Ana com sua mão trêmula.
— Eu tive uma boa vida. Longa e bela. Eu morri da melhor maneira que alguém poderia morrer, Ana... Lutando pelo que eu acreditava, ao lado das pessoas que amo. Isso... é mais do que suficiente para mim.
Finalmente, após incontáveis anos, Ana não conseguiu segurar. Uma única lágrima escapou, escorrendo por seu rosto enquanto ela segurava a barda ainda mais perto.
— Por favor. Não faz isso comigo.
— Você chorando por mim? Isso é... quase engraçado.
Ana fechou os olhos, apertando os lábios.
— Você sempre teve um talento para me irritar, até no fim.
Nyx riu, uma risada fraca, mas cheia de satisfação.
“Agora, sob as estrelas, o reino renasce,
Na memória daqueles cuja coragem não passa.
O canto da barda, em nota e oração,
Torna Insídia eterna em cada coração.” 🎵
A Sombra olhou para o coração em sua mão e estendeu-o novamente para Ana.
— Me leve com você…
Suas últimas palavras se misturaram à melodia. Pareciam pairar no ar, como se ecoassem nos núcleo de todos os presentes.
Já não havia vida vinda da barda, e seu corpo cedeu completamente nos braços de Ana. Outra lágrima escapou enquanto a rainha segurava o corpo inerte.
Ana etão fechou os olhos, engoliu em seco, e, resignada, levou o coração aos lábios.
div [https://i.ibb.co/MRHZHqN/k3.png]
Quer apoiar o projeto e garantir uma cópia física exclusiva de A Eternidade de Ana? Acesse nosso Apoia.se! Com uma contribuição a partir de R$ 5,00, você não só ajuda a tornar este sonho realidade, como também faz parte da jornada de um autor apaixonado e determinado. 🌟
Venha fazer parte dessa história! 💖
Apoia-se: https://apoia.se/eda
Discord oficial da obra: https://discord.com/invite/mquYDvZQ6p
Galeria e outros links: https://linktr.ee/eternity_of_ana
----------------------------------------
180 [https://i.ibb.co/kL46vtD/180.png]