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Raiz de Madeira [Português, Brasil]
[ Rewrite ] capitulo 3 A Vida de Yulan na Seita da Chama Celestial

[ Rewrite ] capitulo 3 A Vida de Yulan na Seita da Chama Celestial

Na Seita da Chama Celestial, a rotina diária de Yulan era repleta de práticas espirituais e desafios que a moldavam como cultivadora. Aos dez anos, ela já tinha uma determinação inabalável e um amor profundo pela natureza. Como discípula interna escolhida pela anciã Li Mei, Yulan se destacava entre os outros, recebendo uma educação especial e atenção individualizada.

O dia começava com a meditação matinal, onde todos os discípulos se reuniam na clareira iluminada pelo sol nascente. A energia da terra e das chamas parecia pulsar ao redor deles, e Yulan se concentrava em absorver essa força. A anciã Li Mei sempre a encorajava a conectar-se com a raiz que crescia dentro dela.

— Concentre-se, Yulan — dizia Li Mei, com um sorriso gentil. — Sinta a energia ao seu redor e deixe que ela purifique suas dúvidas.

Para Yulan, esses momentos de meditação eram sagrados, um tempo em que ela se sentia em harmonia com a natureza.

Após a meditação, era hora de treinar. Yulan adorava essas sessões intensas, onde o discípulo interno Jiang Rui, um jovem de dezesseis anos, a desafiava com suas habilidades de combate. Conhecido por sua disciplina rigorosa e habilidade em manipular o fogo, Rui sempre buscava incentivar Yulan a se superar.

— Vamos, Yulan! Mostre-me o que você aprendeu! — exclamava ele, preparando-se para o confronto.

A adrenalina corria em suas veias enquanto Yulan tentava aplicar as técnicas que havia aprendido. Cada queda era uma lição, e ela se levantava determinada a melhorar.

Após o treinamento, Yulan se dirigia ao laboratório de Li Mei para as aulas de alquimia. Li Mei, uma cultivadora experiente no nível de Condensação de Qi e especialista em alquimia, era uma mentora gentil que sempre tinha tempo para ajudar seus discípulos. A cada aula, Yulan ficava mais fascinada pelo mundo das ervas e das pílulas espirituais.

— Muito bem, Yulan! Sua intuição para a alquimia é admirável! — elogiava Li Mei, fazendo o coração de Yulan se encher de alegria.

Ela se esforçava para criar pílulas que pudessem acelerar o cultivo, sonhando em um dia se tornar uma grande alquimista.

Nos dias em que não havia aulas, Yulan tinha a chance de se juntar a um grupo de discípulos externos em missões para coletar ervas raras. Os discípulos externos, cerca de dez no total, estavam em treinamento básico, e essa era uma oportunidade perfeita para Yulan provar seu valor.

Uma vez, ela e outros discípulos foram enviados a uma floresta próxima para coletar ingredientes. O ar estava cheio de aromas exóticos, e a excitação pulsava dentro dela.

Uma vez por mês, a Seita da Chama Celestial realizava uma cerimônia para agradecer aos espíritos da natureza. Durante essas ocasiões, as fogueiras crepitavam, e os discípulos dançavam em volta, celebrando suas conquistas e fazendo votos de lealdade.

Yulan se sentia parte de algo maior a cada cerimônia, sua determinação de se tornar uma cultivadora respeitável se solidificando a cada dia.

À noite, Yulan costumava se sentar à beira do lago da seita, refletindo sobre tudo o que havia aprendido. Olhando para as estrelas refletidas na água, sonhava com o futuro. Um dia, ela seria uma grande cultivadora, talvez até uma anciã como Li Mei.

Na Seita da Chama Celestial, o patriarca Feng Xian era uma figura respeitada e inspiradora. Com cabelos brancos como a neve e um olhar que brilhava como uma chama, ele havia alcançado o nível de Espírito Ascendente. Seu temperamento caloroso cativava os discípulos, que o viam como um mentor e líder.

Li Mei, a anciã, era uma cultivadora experiente no nível de Condensação de Qi e especialista em alquimia. Sua natureza gentil e sua vasta sabedoria sobre ervas e ingredientes raros eram um alicerce de conforto para todos os discípulos.

Os discípulos internos, como Jiang Rui e Xiao Yu, eram exemplos de dedicação. Rui, com sua habilidade em manipular o fogo, sonhava em se tornar o próximo líder da seita, enquanto Xiao Yu, uma guerreira talentosa, desafiava constantemente seus colegas para aprimorar suas habilidades.

A vida na Seita da Chama Celestial era desafiadora, mas cheia de alegria e aprendizado. Yulan, a garotinha de dez anos e discípula interna escolhida por Li Mei, estava descobrindo a magia que brotava dentro de si. Cada meditação, cada treino e cada aula a aproximavam de seu sonho. O caminho do cultivo era longo, mas com determinação e um coração cheio de gratidão pela natureza, ela estava pronta para enfrentar os desafios que viriam.

A Seita da Chama Celestial estava em constante movimento, e Yulan, com seus dez anos, estava prestes a dar um passo importante em sua jornada como cultivadora. Como discípula interna escolhida pela anciã Li Mei, ela agora começava seu treinamento para iniciar no Reino do Refinamento de Corpo. Esse estágio inicial era crucial, pois marcava o momento em que o cultivador começava a fortalecer seu corpo, ossos e músculos, preparando-se para lidar com o poder do Qi.

Em um dia ensolarado, após a meditação matinal, Yulan se dirigiu ao dojo da seita, onde seria orientada por Jiang Rui. Ele tinha sido promovido a discípulo interno por seu talento e rigor no treinamento.

— Yulan, é hora de você começar a aperfeiçoar seu corpo — disse Rui, com um olhar determinado. — O primeiro passo é entender o que significa realmente temperar seu corpo.

Yulan estava nervosa, mas cheia de expectativa. O objetivo era preparar seu corpo para suportar níveis mais elevados de energia, e ela sabia que isso exigiria muito esforço. A primeira técnica que Rui lhe ensinou foi a Respiração do Ferro, um método que ajudava a fortalecer os músculos e os ossos.

— Inspire profundamente e sinta a energia do ambiente entrar em você. Deixe-a fluir — instruía Rui, enquanto demonstrava os movimentos com precisão.

Com a prática, Yulan sentia seu corpo se fortalecendo e uma nova energia começava a pulsar dentro dela. A cada dia, ela superava seus limites, determinada a se tornar uma cultivadora respeitável.

Após algumas semanas de treinamento, Li Mei chamou Yulan para uma reunião. A anciã estava cercada por frascos e ervas, seu olhar sempre gentil, mas sério.

— Yulan, eu tenho uma missão especial para você — disse ela, com um sorriso encorajador. — Quero que você cuide das ervas espirituais no jardim da seita. Elas precisam de atenção e carinho para crescer saudáveis.

O coração de Yulan disparou de emoção. Cuidar do jardim era uma tarefa de grande responsabilidade, e ela se sentia honrada por ser escolhida.

— Sim, Anciã! Eu farei o meu melhor! — respondeu Yulan, cheia de determinação.

Li Mei a conduziu até o jardim, um espaço mágico cheio de plantas vibrantes, cada uma emanando uma aura especial. Havia ervas que brilhavam suavemente sob a luz do sol e outras que pareciam dançar ao sabor do vento.

Nos dias que se seguiram, Yulan dedicou-se a cuidar do jardim. Cada manhã, ao regar as plantas, ela percebeu algo extraordinário: as ervas espirituais pareciam mais vibrantes, mais vivas. Era como se elas respondessem ao seu toque, absorvendo sua energia e carinho. Yulan sentia suas raízes espirituais de madeira ressoando com as plantas, uma conexão profunda e inexplicável.

Era como se o jardim estivesse dentro dela, pulsando em harmonia com seu próprio ser. A energia das ervas se entrelaçava com a sua, e Yulan se via rodeada por uma sensação de pertencimento e força. A cada nova folha que brotava, seu coração se enchia de alegria e gratidão.

Yulan regava as plantas com carinho, sussurrando palavras de incentivo enquanto as via crescer. A cada nova folha que brotava, seu coração se enchia de alegria.

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— Você está fazendo um excelente trabalho, Yulan — dizia Li Mei, observando sua dedicação. — Essas ervas são preciosas para a seita e, ao cuidar delas, você também fortalece seu próprio cultivo.

A anciã sempre trazia novas lições, e Yulan absorvia cada ensinamento com entusiasmo. Ela entendia que cuidar do jardim não era apenas uma tarefa, mas uma parte essencial de seu crescimento como cultivadora.

À medida que os dias se transformavam em semanas, Yulan se sentia mais forte e confiante. O treinamento para o Reino do Refinamento de Corpo estava moldando não apenas seu corpo, mas também sua mente. Cada respiração profunda enquanto cuidava das ervas a lembrava de sua jornada.

Durante as noites tranquilas, sentava-se no jardim sob a luz das estrelas, refletindo sobre tudo o que havia aprendido. A energia ao seu redor a preenchia, e Yulan sonhava com o dia em que poderia se tornar uma cultivadora poderosa, capaz de proteger aqueles que amava.

A vida de Yulan na Seita da Chama Celestial estava repleta de desafios, mas também de momentos de descoberta e crescimento. Com o apoio da anciã Li Mei e sua dedicação ao treinamento e ao cuidado das ervas, Yulan estava começando a se transformar na cultivadora que sempre sonhou em ser. Cada dia era uma nova oportunidade de se aperfeiçoar, e a jovem sabia que sua jornada apenas começava.

Yulan avançava pelo denso bosque, acompanhada pelos discípulos externos: Liang, Bai Qiu e Hai Tu. O sol brilhava alto, filtrando-se através das folhas, criando padrões de luz e sombra no chão coberto de folhas secas. Eles estavam em busca de ervas espirituais raras, e a energia do Qi vibrava no ar, tornando o ambiente carregado de potencial.

No entanto, em meio à busca, Yulan se distraiu com um brilho peculiar que emanava de um arbusto próximo. Curiosa, ela se afastou um pouco do grupo, atraída pela promessa de uma erva rara. Mas, quando se virou para voltar, percebeu que havia perdido de vista seus companheiros.

— Ei! — ela chamou, mas a única resposta foi o sussurro do vento. A sensação de solidão começou a se instalar. Ela estava sozinha, cercada por árvores altas e um silêncio opressivo.

Enquanto caminhava, tentando encontrar o caminho de volta, Yulan sentiu um arrepio na nuca. Algo não estava certo. O ar parecia pesado e carregado de tensão. De repente, um movimento rápido no canto de sua visão chamou sua atenção. Uma sombra escorregadia se movia entre as árvores. Com o coração disparado, ela se virou, e seus olhos se arregalaram ao encontrar uma serpente espiritual imensa, coberta por escamas verdes brilhantes que refletiam a luz como se fossem joias.

O coração de Yulan disparou, mas a determinação rapidamente se sobrepôs ao medo. A serpente lançou-se em sua direção, seu corpo sinuoso cortando o ar com uma velocidade surpreendente. Yulan se esquivou com agilidade, deslizando para o lado e evitando o ataque mortal da criatura. Com um movimento rápido, ela contra-atacou, desferindo um soco potente contra o flanco da serpente. O impacto fez a besta vacilar por um momento, mas logo ela se lançou novamente em um ataque furioso.

— Você não vai me vencer! — exclamou Yulan, sua voz ressoando com confiança.

A serpente, agora furiosa, voltou a atacar com uma série de mordidas rápidas. Yulan, em um movimento fluido, girou para trás e usou suas habilidades de combate para desviar de cada ataque. Ela se lançou para o lado, evitando as presas afiadas enquanto contra-atacava com uma combinação de golpes rápidos. Seus punhos se conectavam com o corpo da serpente, criando um ritmo acelerado, como uma dança de combate.

Percebendo que a serpente estava se preparando para um ataque mais feroz, Yulan se abaixou e lançou um chute baixo, atingindo a parte inferior da criatura. A serpente vacilou, mas não se deixou abater. Com uma rapidez surpreendente, ela levantou seu corpo, preparando-se para um ataque final, seu corpo se arqueando de forma ameaçadora.

Yulan sabia que precisava encerrar a luta rapidamente. Em vez de recuar, decidiu avançar. Com um impulso explosivo, ela saltou, girando no ar e desferindo um golpe poderoso na cabeça da serpente. O impacto ecoou pela floresta, e a serpente, finalmente atingida, tombou para o lado, soltando um rugido ensurdecedor enquanto seus olhos perdiam o brilho.

Yulan aterrissou suavemente, suas pernas firmes no chão, o corpo ainda tremendo pela adrenalina da batalha. Ela havia conseguido derrotar a serpente espiritual, utilizando não apenas suas habilidades de combate, mas também a conexão com suas raízes espirituais.

Após a luta, Yulan respirou fundo, sentindo a energia do combate ainda pulsar no ar. Ela sabia que a serpente espiritual guardava uma esfera espiritual, um item valioso que poderia aumentar suas habilidades. Com cuidado, aproximou-se do corpo da serpente caída. O ambiente estava silencioso, e a luz filtrada pelas folhas destacava a esfera reluzente em meio à vegetação.

Com um movimento decidido, Yulan se agachou e, utilizando suas habilidades, começou a retirar a esfera espiritual, que emanava uma luz suave e calorosa. Assim que seus dedos tocaram a esfera, uma onda de energia percorreu seu corpo, e ela sentiu uma conexão instantânea com a essência da criatura. Era como se uma parte da força da serpente agora residisse nela.

Após a extração, Yulan respirou fundo, ainda abalada pela intensidade da luta. Embora tivesse vencido, a solidão a envolvia novamente. Ela estava sozinha em uma parte remota da floresta, mas agora mais forte e confiante em suas habilidades. Sabendo que precisava encontrar um abrigo seguro, avistou uma caverna próxima e decidiu se abrigar ali, esperando que seus companheiros a encontrassem.

Dentro da caverna, Yulan se sentou, o coração ainda acelerado, refletindo sobre a batalha e a esfera espiritual em sua mão. A serpente, embora poderosa, não poderia derrotá-la; a conexão com suas raízes espirituais e as lições aprendidas nas artes marciais haviam prevalecido. Agora, com a esfera, ela se sentia ainda mais preparada para enfrentar os desafios que viriam.

Após a intensa batalha contra a serpente espiritual, Yulan se abrigou na caverna, sua respiração ainda acelerada e o coração pulsando com adrenalina. A escuridão envolvia o espaço, mas havia uma estranha luz emanando de uma fenda na parede. Curiosa, ela decidiu explorar.

Ao se aproximar, Yulan sentiu um frio inexplicável percorrer sua espinha. Ali, entre as sombras, estava um esqueleto, com vestígios de vestimentas antigas. O crânio, embora desgastado, ainda mantinha uma expressão de serenidade. Yulan se agachou, observando o esqueleto com uma mistura de respeito e curiosidade. Ao lado dele, um forno de alquimia estava coberto de poeira e teias de aranha, mas ainda era visivelmente bem conservado. O coração dela acelerou; poderia ser um forno valioso, possivelmente pertencente a um alquimista talentoso que havia conhecido a mesma solidão que ela sentia agora.

Movendo-se mais para dentro da caverna, Yulan encontrou um pequeno altar com livros empilhados desordenadamente. Cada um deles tinha capas desgastadas, mas ainda conservava uma aura de poder. Ela os abriu com cuidado, suas páginas amareladas revelando diagramas complexos sobre ervas espirituais e técnicas de alquimia. O conhecimento contido ali era inestimável e a excitação a invadiu. Esses livros poderiam aprofundar suas habilidades, conectando-a ainda mais à sua raiz espiritual de madeira

Perto dos livros, um colar antigo chamava sua atenção. A corrente de prata parecia brilhar fracamente, e o pingente, um pequeno cristal verde, pulsava com uma energia suave. Yulan sentiu um ímpeto de pegar o colar, como se ele estivesse esperando por ela. Assim que a corrente tocou sua pele, uma onda de energia fluiu através de seu corpo e, de repente, a caverna ao seu redor começou a mudar.

Com um brilho ofuscante, o colar a envolveu em uma aura mágica, e ela se viu transportada para um espaço mágico. À sua frente, se estendia um jardim deslumbrante, repleto de ervas espirituais vibrantes que dançavam suavemente ao vento. As plantas pareciam conhecer Yulan, suas raízes ressoando com a energia que ela agora possuía. Era como se ela tivesse criado um espaço próprio, um refúgio onde poderia cultivar seu conhecimento e habilidades.

Yulan se ajoelhou no solo macio, tocando as folhas das ervas com as mãos, sentindo a vida pulsando nelas. A conexão com as plantas se tornava mais profunda, e ela percebeu que esse jardim era uma extensão de sua própria essência, uma representação de seu potencial e seu amor pelas ervas. A presença dos antigos alquimistas a envolvia, como se estivessem passando seu legado para ela.

Com o colar ao redor do pescoço e o coração cheio de determinação, Yulan respirou fundo, absorvendo a atmosfera do jardim mágico. Agora, a solidão da caverna parecia menos pesada; em vez disso, ela se sentia como se tivesse encontrado novos aliados em sua jornada. O esqueleto, o forno, os livros e o jardim se tornaram símbolos de esperança e aprendizado.

Após explorar o jardim mágico e sentir a profunda conexão com as ervas espirituais, Yulan compreendeu que havia descoberto algo extraordinário, um segredo que poderia mudar o curso de sua jornada na Seita da Chama Celestial. O poder do colar e a beleza do espaço eram preciosidades que ela precisava proteger. Assim, decidiu guardar os livros e o forno de alquimia dentro do jardim, escondendo-os de olhares curiosos

Com um gesto cuidadoso, Yulan arrumou os livros sobre uma pequena estante improvisada feita de raízes entrelaçadas que pareciam se erguer do solo. O forno, ainda reluzente apesar do tempo, foi colocado em um canto bem iluminado, cercado pelas ervas que pareciam acolhê-lo como um velho amigo. Ali, naquele espaço mágico, Yulan se sentiu segura, como se estivesse em casa.

— Este será meu refúgio — murmurou para si mesma, enquanto olhava em volta, absorvendo a beleza e a serenidade do lugar.

Determinada a não deixar que a experiência se tornasse um fardo, Yulan fez uma promessa silenciosa: nunca revelaria a ninguém sobre o jardim ou os segredos que ele guardava. Afinal, o conhecimento que ali encontrara era um presente que poderia ajudá-la a se tornar uma cultivadora ainda mais forte. Com essa decisão firmemente estabelecida em sua mente, ela deixou a caverna.

Ao sair, Yulan se lembrou de sua missão com os discípulos. A luta contra a serpente espiritual a havia fortalecido, e embora soubesse que poderia ter compartilhado detalhes sobre sua descoberta, uma parte dela preferia manter essa nova fase de sua vida em segredo. Ao invés disso, ela decidiu apenas contar que havia enfrentado e derrotado uma fera espiritual, uma façanha que certamente impressionaria seus colegas.

Enquanto caminhava pela floresta em direção ao ponto onde haviam se separado, Yulan sentia o peso das ervas e do jardim dentro de si, como se uma nova energia fluísse por suas veias. A luz do sol filtrava-se através das folhas, iluminando seu caminho, e ela se sentia mais confiante do que nunca.

Finalmente, ela avistou Liang, Bai Qiu e Hai Tu, que a esperavam, preocupados.

— Yulan! — exclamou Liang, seus olhos arregalados de alívio. — Estávamos tão preocupados! O que aconteceu?

Yulan respirou fundo, decidindo que a verdade parcial seria suficiente.

— Eu encontrei uma serpente espiritual e a derrotei — respondeu, com um sorriso discreto. — Foi uma luta intensa, mas consegui.

Os discípulos a cercaram, admirando-a, enquanto a alegria se espalhava entre eles.

— Você é incrível! — disse Hai Tu, com os olhos brilhando de admiração. — Mal posso esperar para ouvir mais sobre isso!

— Vamos voltar e contar aos outros — sugeriu Bai Qiu. — Você merece reconhecimento!

E assim, Yulan uniu-se ao grupo, mantendo seu segredo oculto, mas seu coração pulsava com a certeza de que aquela batalha e o jardim mágico eram apenas o início de uma grande aventura. Enquanto caminhavam juntos de volta à seita, ela olhava para o horizonte, determinada a crescer ainda mais e a proteger o que era dela, sempre em busca de novos conhecimentos e desafios.

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