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Nos dias seguintes após a troca, Barbara estava cheia de entusiasmo ao treinar com sua nova lança. Assim que pegou a arma pela primeira vez, sentiu uma onda de poder e conexão com suas raízes espirituais de madeira. A lança era leve, mas firme, e a forma como o cabo se ajustava à sua mão parecia quase mágica.

Logo, Barbara se dirigiu ao pátio de treinamento, onde outros discípulos já estavam praticando. Ela se sentiu um pouco nervosa ao pensar em mostrar suas novas habilidades, mas a determinação em seu coração superou a insegurança. Decidida a aproveitar o tempo, abriu o livro de arte marcial que havia adquirido e começou a estudar as técnicas.

O livro estava repleto de ilustrações detalhadas e descrições de movimentos. As técnicas variavam desde ataques básicos até combinações complexas. Barbara leu atentamente, absorvendo cada palavra. Uma técnica chamada "Dança da Lança Verde" chamou sua atenção, prometendo aumentar a agilidade e o controle sobre a arma.

Com o livro em mãos, Barbara decidiu que praticaria essa técnica primeiro. Respirando fundo, ela se posicionou, segurando a lança firmemente. Os primeiros movimentos foram desajeitados; ela estava apenas começando a se familiarizar com o novo peso e o alcance da arma. Contudo, a cada tentativa, sua confiança crescia, e os movimentos se tornavam mais fluidos.

Após algumas horas de treino, Barbara começou a sentir os efeitos das técnicas nas partes do corpo que não havia usado com frequência ao lutar apenas com os punhos. O movimento de girar a lança e executá-la com precisão trouxe uma nova sensação de poder e controle. Mas ainda havia muito a aprender.

Um dia, enquanto praticava no pátio, Mei Ling se aproximou, observando Barbara com um olhar avaliativo.

— Vejo que você está se esforçando com a lança — comentou Mei Ling, seu tom sarcástico evidente. — Espero que não esteja se distraindo do verdadeiro cultivo.

Barbara, percebendo a provocação, não deixou que isso a afetasse.

— Estou apenas expandindo minhas habilidades, Mei Ling. Um cultivador deve ser versátil para enfrentar diferentes desafios — respondeu Barbara, decidida a não se deixar intimidar.

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Mei Ling observou por um tempo, depois cruzou os braços.

— Muito bem, então. Vamos ver do que você é capaz. Que tal um desafio? Uma demonstração de habilidades?

O desafio foi lançado, e outros discípulos começaram a se reunir, curiosos para ver a competição entre as duas. Barbara sentiu seu coração disparar. Era uma oportunidade para mostrar o quanto havia progredido, mas também uma chance de enfrentar uma rival com experiência.

A luta começou, e Barbara utilizou tudo o que havia aprendido. Ela dançou pela arena, movendo-se com a lança como se fosse uma extensão de seu corpo. A "Dança da Lança Verde" que havia estudado se manifestou em uma série de movimentos ágeis e rápidos, impressionando os espectadores.

Mei Ling era uma adversária astuta, e logo Barbara se viu em uma batalha de inteligência e habilidade. Elas trocaram golpes, cada uma tentando superar a outra. Barbara sentiu o Qi fluir através dela, cada movimento ressoando com suas raízes espirituais, dando-lhe força e foco.

No entanto, Mei Ling começou a utilizar suas próprias habilidades em formações místicas, criando ilusões e jogadas estratégicas para confundir Barbara. A pressão começou a aumentar, e a jovem cultivadora percebeu que precisava usar todo o conhecimento que adquiriu com os banhos de ervas e a meditação para não se deixar levar pela ansiedade.

Em um momento de clareza, Barbara lembrou-se de seu treinamento recente e do que o livro havia ensinado. Com um movimento rápido, ela desviou de um ataque de Mei Ling e lançou sua lança com precisão, acertando um alvo imaginário que ela havia visualizado em sua mente. A concentração e a confiança que sentiu naquele instante a levaram a uma nova vitória, ao mesmo tempo em que superava a dúvida que a perseguia.

A luta terminou em um empate, mas o entusiasmo entre os espectadores era palpável. Barbara sorriu, sentindo a energia do triunfo e a satisfação de ter conseguido se adaptar e lutar de maneira diferente.

Ao final da demonstração, enquanto se recuperava do esforço, Barbara se dirigiu a Mei Ling.

— Obrigada pelo desafio. Eu precisava disso — disse, estendendo a mão em um gesto de respeito.

Mei Ling olhou para Barbara por um momento, antes de aceitar a mão dela.

— Você foi mais impressionante do que eu esperava. Continue assim, e quem sabe você pode se tornar uma verdadeira rival — respondeu Mei Ling, seu sorriso mais genuíno.**

Com a luta e o aprendizado, Barbara se sentiu mais forte do que nunca, não apenas como uma cultivadora, mas também como alguém capaz de se enfrentar e superar os desafios que surgissem em seu caminho. E à medida que continuava a treinar com a lança, ela sabia que estava dando passos significativos para se tornar a combatente que sempre desejou ser.