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06

Barbara ficou surpresa quando o ancião a escolheu. Ainda processando a situação, pegou cuidadosamente o vaso de flores que continha as mudas. O que mais a impressionou foi o quanto as plantas haviam crescido em tão pouco tempo. Ela mal conseguia acreditar na velocidade com que os brotos haviam se transformado em mudas vigorosas.

De volta à sua caverna pessoal — um refúgio onde guardava seus pertences mais importantes —, Barbara arrumou o vaso com cuidado ao lado de seus outros objetos valiosos. Aquele era um sinal de que algo especial estava acontecendo. Após garantir que tudo estava em ordem, ela foi rapidamente até sua amiga Hai Tu para compartilhar as novidades.

— Você não vai acreditar! O ancião me escolheu! E as plantas... — Barbara ainda estava cheia de empolgação. — Elas estão crescendo muito rápido! Algo está diferente.

Hai Tu sorriu, genuinamente feliz pela amiga.

— Isso é maravilhoso, Barbara! Parece que suas habilidades com plantas estão se tornando cada vez mais poderosas. Quem sabe logo você consiga até vendê-las nos mercados fora da seita? — sugeriu Hai Tu com entusiasmo.

Barbara assentiu, embora soubesse que aquelas plantas, tão únicas e misteriosas, talvez tivessem um destino mais grandioso do que simples vendas.

De volta à sua caverna pessoal, Barbara decidiu que era hora de retomar o cultivo. O ambiente ao seu redor era tranquilo, e as paredes de pedra pareciam guardar ecos antigos de energia espiritual. Sentada no chão frio, ela fechou os olhos, permitindo que sua respiração se acalmasse. Aos poucos, ela começou a sentir suas raízes espirituais pulsarem dentro dela, como se estivessem vivas, ressoando com o Qi que preenchia o ar da caverna.

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Cada respiração trazia não apenas energia para seu corpo, mas uma conexão mais profunda com o ambiente ao seu redor. O Qi fluía como um rio invisível, passando por seu corpo e pelas plantas que descansavam nos vasos. Ela podia sentir o poder crescente nelas, como se suas próprias raízes espirituais estivessem se estendendo para além de si, conectando-se às plantas, alimentando-as com a força que ela reunia.

De repente, algo extraordinário aconteceu. As plantas nos vasos começaram a vibrar com a mesma energia, suas folhas balançando levemente, como se estivessem respondendo à respiração de Barbara. O crescimento acelerado era palpável — as flores desabrochavam diante de seus olhos, os caules engrossavam, e a vitalidade das plantas chegava à maturidade em questão de momentos. Era como se elas estivessem ressoando com a própria alma de Barbara.

A sensação era surreal. Ela não estava apenas cultivando as plantas, mas se tornando parte de algo maior. A energia fluía entre ela e a natureza em perfeita harmonia, e Barbara se sentiu mais conectada com o universo espiritual do que jamais imaginara. Cada célula de seu corpo parecia absorver essa força, e, aos poucos, ela começou a entender que estava caminhando em direção ao mesmo destino que tantos cultivadores perseguiam há séculos: a imortalidade.

Com cada planta que atingia sua plena maturidade, Barbara sentia seu poder crescer. Ela sabia que esse era apenas o começo de sua jornada, mas, naquele momento, sentiu que estava dando seus primeiros passos em um caminho que poucos ousavam trilhar. O caminho para a eternidade.