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ASSALTANDO O CÉU (ficção - português)
ZARDRARA TAN - O FILHO DE GADHIEL E LAYLA

ZARDRARA TAN - O FILHO DE GADHIEL E LAYLA

Uma semente lançamos no chão, só que não era o chão que nós planejávamos, e por isso eu temi que não vingasse. Foi só muito depois que percebi que uma mão tocara a semente, e dera a ela o melhor solo que havia. Como não poderíamos ser gratos?

- Mas ele é tão pequeno ainda – Layla gemeu, vendo o filho ao longe, voltando de alguma das patrulhas de ronda que fazia em torno da cidade.

- A mãe e seus olhos – riu Gadhiel enlaçando sua cintura, enquanto os dois mantinham o filho sob seus olhos. – Ele já se mostrou um guerreiro fenomenal, e muito poderoso.

- Não é disso que falo – falou quase num sussurro.

- É, eu sei. Logo ele vai embora, trilhar seus próprios caminhos. Devemos deixá-lo confortável para isso, não acha?

- Sim, é claro que você tem razão. Mas...

Gadhiel sentiu a energia de Layla subir assim que Zardrara os viu, e subiu depressa, logo descendo à frente deles.

Gadhiel observou o filho com carinho.

Ele era um sujeito forte de feições independentes, até mesmo atrevidas. Ele era maior que ela, mas um pouco menor que o pai. E a força dele era um meio termo, apesar de que havia algo, como uma trava a menos, uma certa dureza que já for a motivo de discussão com Gadhiel. Apesar do bom coração e da luz que possuía, ele, em muitas ocasiões, se mostrara frio e insensível quando atacava a escuridão. Ele não perdoava, não parava, não tinham clemência. Era como uma máquina, quando se envolvia em uma guerra. A convicção de seu amor pela luz e de sua responsabilidade em defende-la diminuía a sua própria.

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O rosto era quadrado e duro, os olhos negros que pareciam perfurar a alma do outro. Os cabelos eram negros e fartos, caídos até os ombros, onde se escondiam suas asas acinzentadas, o que denunciava sua condição de dahrar.

Layla se assustou, vendo um corte profundo no músculo do ombro. O deltoide já mostrava sinais de cura, mas Layla se fixou na dor que o filho devia estar sentindo. Sem pensar fez menção de aplicar alguns passes, no local. Gadhiel riu ao ver que, de forma quase automática, ele dava um passo para trás.

- Mãe – ele reclamou com um largo sorriso. – Isso é coisa boba, e já está se recuperando. Deixa para lá.

Ainda sorrindo puxou a mãe para um grande abraço.

Layla balançou a cabeça, e se apertou no filho.

Gadhiel não se aguentou e riu, vendo a mão dela, disfarçadamente, enviando energia para o ferimento, o que não passou despercebido para o filho, que riu para o pai, forçando com mais carinho o abraço com a mãe.

- É isso mesmo o que quer, filho? – Gadhiel perguntou, servindo-se de um grande copo de hidromel, com o qual brindou o filho e a esposa.

- Ainda estou pensando. Eu vejo que a luta aqui é apenas uma reação, porque a escuridão vem de for a daqui. A Ordem não mostra sinais de recuar. Se ela for exigida for a daqui, a pressão sobre Gaia diminuirá.

- Uma boa análise estratégica – sorriu a mãe. – Já conversou com Derfla?

- Sim, claro. Por ele está tudo bem...