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ASSALTANDO O CÉU (ficção - português)
UMA PEQUENA AJUDA Hora quarta após a queda

UMA PEQUENA AJUDA Hora quarta após a queda

Um anjo não tem qualquer poder sobre outro, a não ser que um deles aceite se submeter.

Ainda ficou um tempo ali, olhando, tentando guardar na mente tudo o que via.

Olhou a toda a volta, e viu que todos que se levantavam no chão mostravam a mesma cara de abobalhados e de tontos, ainda sem saber como tinham caído na terra.

- Surpresa! – riu.

Então se elevou rápido e partiu para a montanha que fora impactada a pouco, onde o topo logo o sol tocaria.

Com algumas batidas subiu muito alto, de onde pôde ver uma cratera expelindo vapor. Decidido a investigar, pois o lamento estava cada vez mais baixo, se deixou cair em grande arco, descendo perto do topo da imensa montanha gelada. O vento era cortante, mas o anjo o ignorou.

Sem pressa se aproximou da sua borda.

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Dentro dela viu uma demiana, parecendo desmaiada.

Num salto desceu ao seu lado, conferindo que estava muito fraca. Suas vestes brancas mostravam grandes manchas vermelhas, irradiadas de onde o tecido fora cortado por algum instrumento perfurante.

- Essa lutou com intensa fúria – observou, avaliando a demiana[1].

A espada dela estava ainda presa em sua mão, o que o fez ter muito cuidado em se aproximar. Se ela despertasse e se assustasse, poderia ter algum problema.

Então, assim que a teve ao alcance, pisou sobre a espada, impedindo qualquer movimento de surpresa.

Mas tudo permaneceu quieto, e ele se agachou ao seu lado e tomou da espada, que acondicionou na bainha que estava na cintura da demiana. Então, com bastante cuidado, a tomou nos braços e a tirou do buraco, voando alguns metros para o alto, parando ao lado de uma grande rocha que se tomara de dourado, iluminada que estava pelo sol.

Com gentileza a depositou de lado ao sol, e viu com satisfação que ela emitiu um ligeiro sussurro de prazer.

Foi nesse momento que a sentiu, e se virou para encará-la.

Com um suspiro de desagrado viu surgir da linha branca do platô de neve a figura escura de uma dêmona, que reconheceu ser aquela que reivindicara uma floresta só para ela.

- Então você ficou apaixonada? – perguntou alto, procurando entender o que ele fizera para ter despertado o interesse dela.

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[1] Vide ANEXO, ao final deste livro.