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ASSALTANDO O CÉU (ficção - português)
SEGUNDA ERA - MAIS UMA QUEDA - hora zero da queda atual

SEGUNDA ERA - MAIS UMA QUEDA - hora zero da queda atual

Agora chegou, finalmente, a hora de renascer.

Foi logo nas primeiras horas do dia, quando o sol nem tinha ameaçado o horizonte. Para ser mais preciso, foi um pouco antes que o céu começasse a perder seu negror e o frio parecesse aumentar sua força que ele caiu.

Gadhiel sentiu uma dor imensa tomá-lo quando atingiu o solo. Das outras vezes havia sido mais doloroso, cismou, evitando prestar atenção no seu corpo, para que assim a dor ficasse sob controle. Suspirou, satisfeito com a sorte que tivera por ter caído dentro de uma floresta.

Gadhiel se levantou da cratera que seu impacto abrira e ficou parado no rendilhado que a lua pintava no chão, cismando. O marulhar do córrego o ajudou a se acalmar, a pensar melhor.

Devagar examinou seu corpo, e viu satisfeito que nada estava quebrado, bem diferente das outras vezes.

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Ainda se espreguiçava quando sentiu a sombra se movendo contra si.

Com alucinante rapidez sacou a espada e bloqueou uma grossa clava feita de uma nuvem espessa e malcheirosa. Dobrou o tronco para trás e rodou sobre uma perna, girando a espada enquanto se ajoelhava sobre aquela perna.

Com satisfação viu que a sombra recuava, parecendo avaliar o que ele era.

Foi então que a viu com mais clareza: era uma dêmona, uma dêmona do submundo. Ela tinha as feições meio abrutalhadas e um tanto deformadas, apesar de aparentar uma certa e confusa majestade.

- Sabe, dêmona, não quero feri-la.

- Fiz desse lugar meus domínios. Você o invadiu – ela o acusou naquela sua voz estranha, parecendo que o ar passava por uma taquara rachada.

- Eu invadir isso aqui? Ora, primeiro, ninguém é dono de qualquer lugar. E isso é uma verdade. Segundo, eu não vim aqui por vontade própria. Se tivesse prestado atenção, veria que fui atirado aqui. Vê aquele buraquinho ali? – apontou para a cratera com um sorriso cínico. – Pois é, fui eu quem fiz. Está bem, então?

- Você é muito debochado para um anjo, não é mesmo? – falou ela, confusa com ele.

- Ara, fique com esse lugar, que em nada me interessa. Tenho alguns assuntos pendentes ali no céu.

Sem esperar qualquer resposta se atirou para cima, em direção ao céu, onde uma batalha ainda se desenvolvia.

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