A escuridão é feita de gradientes de luz. Eu vi isso! Então, vou aumentar a luz, até que só ela exista.
- Te incomodou?
- Fala dessa batalha, Layla? – Gadhiel estranhou a pergunta da dêmona que se aproximara por trás, vinda da floresta.
- Sim! A escuridão te incomoda tanto assim?
Gadhiel virou o rosto e a encarou. Ali estava uma pergunta perigosa, vindo de alguém que sabia viver na escuridão.
- Não sei ao certo, mas sinto que uma vez já fiquei perdido nela, e que levei muito tempo para começar a sair. Não sou forte como você.
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Layla se postou à frente dele, os olhos pensativos, vasculhando, examinando.
Ela ficou grata quando Gadhiel abriu um pouco sua mente para ela. Porém, levou um grande choque com o que viu.
Ante os olhos doloridos que ela mostrou, Gadhiel fechou rapidamente a mente novamente.
- Desculpe. Queria que visse. Devia ter te avisado.
- Eu sabia o que ia fazer, não fui pega de surpresa – declarou ela se aproximando e se abraçando nele. Gadhiel sentiu os olhos arderem e a abraçou demorado. Por longo tempo ficaram assim, abraçados.
- Eu entendo, e sinto muito que tenha essa dor – disse ela se afastando e observando-o com carinho. - Surgi na luz, como todos, mas esse tempo foi mínimo. A grande maioria do meu tempo estou na escuridão, e ela se tornou meu lar, e sei me mover nela, porque sei de onde ela vem.
- DELE?
- Sim! Nada existe que não seja ELE. Então...
- Você, Layla, pode ser vista como dêmona, mas quem procurar ver de que sua alma é feita, vai se ver frente à uma nobre e magnífica demiana. Estou feliz que esteja aqui...