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ASSALTANDO O CÉU (ficção - português)
ATAQUE DOS DE BAIXO - Hora segunda após a queda

ATAQUE DOS DE BAIXO - Hora segunda após a queda

O que te faz crer que pode tomar o poder de uma outra alma?

Gadhiel observou Layla, e viu que ela estava mais tensa.

- O que está acontecendo, Layla?

- É melhor você ir embora – falou se levantando e tomando sua espada de cinzas, o ar de neblina escura à sua volta se movendo bem lentamente, e parecendo ter se tornado bem mais denso.

Sem que tivesse visto, Layla simplesmente o empurrou com o pé e o atirou para dentro do buraco, fazendo sinal para que ficasse quieto. Gadhiel se acocorou, a atenção em alto nível, procurando entender o que estava para acontecer.

Então viu vibrações de um tropel que vinha de todos os lados, com a clara intenção de cercar aquele lugar.

Agora entendia que estavam sendo atacados, só não sabia, ainda, se vinham contra ele ou contra ela.

Suspirou fundo e aguardou.

Subitamente o tropel se intensificou e viu sombras passando rápidas sobre o buraco. Sons de metais e outros sons guturais explodiram. Uma batalha estava se desenrolando bem ao seu lado.

Resignado, contra sua vontade desembainhou sua espada, não deixando que ela se iluminasse.

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- Quem diria que, um dia, iria batalhar por uma dêmona? – suspirou confuso.

Como um relâmpago saltou para a borda, colhendo num giro dois demônios que haviam cercado a dêmona. Então viu uma horda se destacar e vir para o seu lado.

De relance viu que os atacantes eram demônios do submundo, que tinham como inimigos declarados todas as outras criaturas, especialmente, todas as outras criaturas.

Desceu com força a espada, cortando um demônio que emitiu um grito surpreso, enquanto chutava outro e avançava a adaga com violência para a garganta de um gigante.

O golpe do gigante fez seus ossos do braço estalarem.

Agachou-se, escapando de outro ataque. Quando subiu a espada subiu com ela reta para cima, que saiu pelo topo da cabeça do grande demônio.

Então se afastou um passo e se apoiou na espada, a ponta meio enterrada no solo. A dêmona parecia bailar contra aqueles demônios do interior da terra. Ela girava e agachava, e saltava e rolava no ar, numa coreografia maravilhosa e mortal, a espada se alongando e se encurtando, sombras se destacando da arma, setas se tornando, seu corpo destacando como que facas de sombras que rasgavam em movimentos mais que elegantes.

Depressa levantou e girou a espada, cortando um demônio que procurava se posicionar às costas de Layla, que apenas observou e continuou seu trabalho.

Minutos depois ela estacou, silenciosa, conferindo os mortos.

Então chacoalhou a espada para tirar o sangue e a guardou, caminhando para a direção onde Gadhiel estava sentado, na borda da cratera.

- Uma luta maravilhosa, a sua – Gadhiel elogiou.

- A sua também, apesar de ter sido tão...

- Linda?

- Bruta, seca – riu sentando-se também, os olhos tomando-se de um verde como nunca tinha visto, talvez emprestado das florestas onde se ocultava.

- Não teremos paz? – reclamou se levantando e se postando em guarda. Sorriu quando Layla se postou ao seu lado, à frente do batalhão de anjos que descia.

- Problemas com essa dêmona? – perguntou um deles desembainhando lentamente a espada, ignorando que os dois estavam lado a lado.