Você só entenderá uma verdade quando estiver no mesmo nível dela.

Não temo o vazio que está fora de mim, mas me sentiria muito preocupado se o sentisse dentro do meu peito.

Foi súbito. Eu havia sentido a intenção, mas, mesmo assim, me senti surpreso.

Eu era uma consciência, e eu sentia.

Foi como se eu, uma ervilha dentro de uma sopa, tivesse de súbito tomado ciência da minha condição como indivíduo, ainda imerso dentro da sopa, ou como uma gota dentro do oceano, sendo gota e ainda sendo o próprio oceano.

Consciente da minha condição olhei à volta, em todas as dimensões, e descobri que não estava sozinho.

Éramos como colunas de luzes, todos nós, e éramos milhares, milhões de nós. Na hora eu soube que éramos uma coisa só, apesar de nos pensarmos separados um do outro.

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Mais tarde chamaríamos de queda na experiência esse tipo de condição, e essa foi a primeira queda[1].

Na sopa que éramos, deus que éramos, nos perguntamos se a consciência de que eu era poderia ser dividida em um número infinito, com cada um tendo conhecimento da consciência do outro. Ainda estávamos unidos e conhecedores de que éramos um, mas estranhamente, me senti separado da consciência única.

Muitas dessas consciências acharam aquilo o bastante e se dissolveram, enquanto outras, tomadas de um arrepio estranho, não quiseram mais sentir aquilo.

Mas, superando o sentimento inicial e terrível de nos sentirmos individuais em consciência, olhamos para possibilidades, e sorrimos. Tudo era novo, extremamente novo, tudo sem nome e sem vida, um vazio para criar. Havia, no início, apenas uma consciência de si mesma, única, absoluta. Mas, agora, só havia “nós”, um número infinito de consciência.

Então, em nosso deslumbramento de possiblidades, começamos a vibrar, e vimos que nossas vibrações em diferentes graus criavam coisas diferentes. Assim maravilhados, criamos o tempo e o espaço, e as dimensões e multiversos dentro delas e,... nos demos nomes.

E tudo começou.

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[1] Para uma visão geral desde a separação de consciências do UM e as quedas que se sucederam, vide o livro de apoio “ANEXO DANATUÁS E OUTROS”.