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'Eles descobriram sobre o núcleo, pensamos que o poder da escuridão mascarava isso. Que erro crasso.'

'Ainda bem que foram eles, pelo menos. Pelo jeito que seu pai fala, se fosse outro alguém que soubesse, seria prejudicial. E nada de ruim virá deles saberem, um dos motivos dele iniciar esta conversa vai ser provavelmente para te preparar para o futuro.'

Eztli explica em seu modo de controle de danos, os prós e contras.

'Vamos ver aonde vai chegar, talvez esta benção que adquirimos devido ao treino seja acompanhada por óbices.'

Graco discorre com dúvida.

'Acho que eles não sabem que treinamos a respiração da Energia Mundial, talvez seria demais para eles.'

Graco assente em concordância. E parte para a continuação da explicação, ele engoliu suas emoções para ter a visão lúcida do que esta bênção disfarçada irá trazer.

''É por causa do império?''

Graco pergunta cético, pois ele sabe que uma nação que se autodenomina de império tem mazelas que percorrem sua história.

''Sim. Mas primeiro preciso contar um pouco de história, pois é com ela que aprendemos a sermos ainda mais unidos.''

Vermuthi diz enquanto dá um suspiro forte, e logo começa. Ele olha para a expressão de seus filhos, e vê que Uvu está inquieto e Graco somente com a expressão de um interesse pelo mundo, insensível com dilemas.

Isso dá mais uma vez a confirmação de que Graco tem um potencial atípico, seu espírito calmo deixa Vermuthi e Moíah cativados, pois Graco têm aptidões em vários aspectos.

No treino, Graco mostrou determinação e empenhos, apenas aceitação quieta dos exercícios e os realizando com zelo e em silêncio. Diferente de Kibi e Rualovu que reclamavam da dor e cansaço, até demonstrando teimosia em ir treinar.

Se esforçou para acompanhar e aceitou os conselhos que recebeu. Além de mostrar uma aptidão física satisfatória, era nítido a disciplina de Graco, mesmo sendo o primeiro dia.

Ele ter isso, juntamente com a questão de ter desenvolvido um núcleo tão cedo e ter essa astúcia incomum, levou a família o levar com mais seriedade, o menino merecia o tratamento que condizia com suas capacidades.

''Ac, você já deve ter percebido pelas conversas rotineiras, mas nossa família comanda um Baronato recente.''

Graco balança a cabeça em aprovação. Ele podia não falar, porém ouvia os bate-papos com atenção, já que sua família não o informava, ele tentava essa estratégia. Contudo, eles sabiam filtrar as frases quando as crianças estavam perto.

Além disso, as características humildes da grande casa e da família eram o contraste da nobreza convencional.

''Somos agora os Lhublu Drumoxan, mas porque eu e suas mães nos casamos. O meu pai, Molshat Drumoxan e o pai de Yuliya e Kletka, e também irmão de Globrilov, Sudno Lhublu, não eram nobres ...''

Vermuthi fala com firmeza, mas sua voz endureceu ao longo da frase. Moíah ganha um olhar frio enquanto olha para a água calma da banheira, os dois ganham expressões pensativas, como se estivessem relembrando o passado.

Isso faz Rualovu se recompor e se sentar ereto ao lado de Graco. Ele sente que precisa escutar isso, que isso definirá sua honra e fidelidade, que isso é a história mais importante de seu sangue, ele têm o instinto que deve ajudar seu irmãozinho.

''Meu pai e o pai de suas mães se conheciam há muito tempo, desde que entraram no exército na adolescência, eles foram aliados e amigos no mesmo batalhão. Seus esforços, companheirismo e talentos, os levaram a subir na hierarquia.

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O Império Arkad naquela época passava por uma época expansionista, as guerras eram frequentes e a política era fervorosa. Os feitos e proezas nas guerras, fez seus avôs ganharem o título nobre de Barão.

Eles se destacaram, eram comandantes que defenderam suas terras e conquistaram territórios. Porém, a nobreza convencional era de sobrenomes antigos do império Arkad, suas garras estavam na política há dezenas de décadas.

Eles não aceitavam que os plebeus ganhassem este título, era um desaforo em seus orgulhos, era uma afronta a sua autoridade. Contudo, a guerra necessitava de mais soldados, e a nobreza não era suficiente na política expansionista, o império queria territórios, e conseguiu.

Um povo defende seu território e casa, mas que povo iria querer ir para uma guerra para conquistar terras que nem iriam usufruir disso? Ser soldado era uma profissão apenas para os nobres, os plebeus eram recrutados forçadamente sem nem serem recompensados, era lei.

Os territórios conquistados tinham populações instáveis, até eles integraram o império, iriam sofrer preconceito e choques de cultura. Eles eram repudiados frequentemente, e isso aumentava o sentimento contra os Arkadianos.

Isso fez do império um colosso de vidro com cobras dentro do próprio corpo, eles precisavam de mais soldados para monitorar e controlar estas cobras.

Guerras civis começaram a brotar nas cidades do império, a fome e o imposto indo diretos para fundos de guerra, fez surgir revoltas e boicotes, a população se recusava a ir para as guerras.

Mesmo às custas da raiva dos sobrenomes nobres, o Congresso e Senado aprovaram o presente de sobrenomes aos soldados plebeus que se destacavam na guerra e a regulamentação da profissão de soldado. Essa estratégia era uma forma de acalmar a população, dando-os privilégios e que não seriam mais marginalizados.

Obviamente, a oposição da nobreza surgiu, entre inda e vindas, o limite desta ascensão foi decidida ter que ser Barão ou Visconde e somente 2 sobrenomes novos para cada título. A nobreza não queria que surjam adversários de mesma origem que ameacem a estabilidade.

A oportunidade de ascensão surgiu e foi criada, mas isso não impediu a nobreza antiga de impedir isso por subornos, chantagens, ameaças e assassinato.

Existiam plebeus que se tornavam fortes, todos podiam treinar a magia, mas eram limitados por política e outras coisas. Alguns iam para o lado dos nobres, e não aceitavam tais títulos, outros desapareciam ou fugiam.

A política estava corrompendo o império de dentro para fora. A tradição se tornou uma faca que pairava sobre a soberania desta nação. Os territórios conquistados eram controlados em uma tirania ditadura, o povo de lá deixa a vinda de infiltrações e apoiava sua antiga nação.

Seus avôs eram muito fortes, eles eram populares com os plebeus e entre os soldados, eles eram líderes aclamados, eles tinham muita influência. Por tais motivos, iriam ganhar o título de Visconde, era útil para o Império Arkad.

Contudo, a nobreza atacou com inveja, ameaçando o império de traição. Com a mão forçada, e beirando uma guerra civil de todas as classes sociais, eles deram o título de Barão para seus avôs com o território mais pobre e montanhoso do Império Arkad.

Isso amenizou a situação, mas durante anos o Império Arkad viveu turbulência interna.

Seus avôs já tinham se casado e com filhos, os baronatos eram vizinhos, e eles eram irmãos de guerra, então juntaram alianças e o território, não legalmente, mas em planos comerciais.

Eles, apesar de toda a oposição, conseguiram atrair muitos civis e soldados para o baronato devido a popularidade, o povo queria um protetor para ficar sob as asas. Seus avôs criaram leis que favoreciam mais os civis, e realmente desenvolviam o território com a arrecadação de impostos e ajudando um ao outro.

Neste ponto, a guerra já tinha sofrido um armistício, mas isso não impediu ataques sorrateiros no Baronato. Seus Avôs eram muito fortes, mais que qualquer um nesta casa. Eles protegem suas novas casas de qualquer sabotagem e ameaças.

O tempo passou, e os baronatos se tornaram uma parte industrial e outra de comércio, pois somos a fronteira com o Reino Arquimedes, o objetivo era ser quase auto sustentável, e funcionou.

A indústria de mineração cresceu rapidamente, criaram indústria de armas, têxteis, madeireiras e o aprimoramento do comércio internacional.

Isso atraiu a inveja da aristocracia e o medo dos Reais, porque os baronatos comercializam com o Reino Arquimedes produtos agrícolas e eram quase independentes do império, pois tinham uma economia estável e um exército relativamente grande devido à indústria de armas.

O território do Baronato era a ponta do Império Arkad. Ao mesmo tempo que o império queria este território forte para servir de muralha, eles tinham medo da traição, pois acreditavam que seus avôs podiam estar de conluio com o Reino Zafallon. Afinal eles eram plebeus que se tornaram nobres, eles podiam ter ódio contra o império.

Conheço suas mães desde que éramos crianças e sempre fomos amigos até namorar e casar. Globrilov tinha um alto cargo no governo de seu irmão, e Moíah, desde criança, foi escolhido e treinado pessoalmente por meu pai, ele queria um olheiro de confiança para vigiar seus filhos.

Kalinie é filha do primeiro casamento de meu pai, infelizmente sua mãe foi assassinada por tramas da nobreza.

Seus avôs, vendo a avareza imunda do império, perguntaram se eu e suas mães queriam se casar, e nos casamos na adolescência. A gente se gostava um do outro e era benéfico, além de que era vital a união legal entre os baronatos, então ocorreu naturalmente.

Assim surgiu a casa Lhublu Drumoxan, atualmente somos o mais forte entre os 3 Baronatos do Império. Porém, isso não impediu que viesse mais desgraças naquele tempo, meses depois do nosso casamento.

A inveja e histeria da alta cúpula do império cresceu ainda mais com isso, e quando o armistício foi quebrado, os Baronatos de Molshat e Sudno, foram os primeiros a serem atacados, pois era um território em desenvolvimento na visão externa.

O Reino Zafallon em aliança com as Tribos Arquimedez, atacaram simultaneamente e abruptamente o império do dia para a noite, em uma ataque relâmpago e organizado.

Eles tinham um rancor profundo e desejo de vingança, pois o Império Arkad tinha conquistado muitas terras, e na última guerra, eles não tinham juntado forças.

O Império Arkad, apoiado pelas Nobrezas Antigas, usou a guerra para diminuir o poderio do Baronato. Demorando para mandar o Exército Central, muitos civis do Baronato morreram, 1 irmão meu e 2 irmãos de Yuliya e Kletka foram assassinados no frenesi do estouro desta guerra abrupta.

Seus avôs e avós lutaram e defenderam estas terras dos ataques, durante dias de cerco o Baronato viveu o terror, a evacuação de civis ocorreu. Todo o império estava em ataque, e o Baronato era uma das muralhas.

Meus pais e sogros pediram que Globrilov, Kalinie e Moíah protegessem eu e suas mães, nós 5 éramos a esperança do nosso sangue.

O império estava em decadência a anos, a guerra durou menos de 4 dias antes que o império cedesse os antigos territórios do Reino Zaffalon e as Tribos Arquimedez, eles não conseguiram domar aqueles povos. Era melhor se render, do que ir até às últimas consequências e perder muito mais.

Quando voltamos para o Baronato, seus avôs e avós já tinham desaparecidos, foram mortos e levados como troféus. Não ocorreu funeral, mas o povo do Baronato estava de luto. O império não se proclamou e tratou tudo como consequência da guerra.

Globrilov, Kalinie e Moíah organizaram e lideraram o Baronato, eu e suas mães precisamos ficar mais fortes para assumir, éramos adolescentes naquela época. Tudo se estabilizou com o tempo, construímos esta grande casa isolada da cidade do Baronato.

Em homenagem a nosso sangue, o jardim com as cores dos nossos olhos e cabelos foi cuidado por Globrilov, as madeiras escuras da casa foram construídas por Moíah e as luzes brancas dos cristais projetadas por Kalinie.

A estátua do lobo caído sendo protegido por outros lobos, representa a história do nosso sangue, os Lhublu Drumoxan.''