As duas mulheres muito parecidas e com os pés descalços, entram alegres no quarto. Vestidas de com uma camisa bordada nos pulsos e tórax juntamente com uma calça apertada de couro negro, deixa suas figuras torneadas graciosamente.
Seus físicos jovens e esguios não denotam nenhum sinal de gravidez anterior, suas alturas semelhantes na casa do 1,70 m as fazem parecer clones uma da outra.
Yuliya com seu cabelo loiro com mechas prateadas cinzentas e, atualmente, um pouco mais longo, já passando de seus ombros frágeis. Kletka com seu típico cabelo carmesim até a cintura, com as mesmas mechas prateadas de Yuliya, apresenta a marca de suas linhagens.
Ademais, seus olhos de íris cinza escura se transformando em um lindo prateado, é a cereja no bolo em suas aparências joviais.
''Vem cá com a mãe, meu filhinho fofo'' Kletka diz de forma mansa enquanto dá passos rápidos em direção a cama e gentilmente ergue Graco com seus braços finos, ela ainda ter força suficiente para isso, pois Graco ainda pesa menos de 22kg com seus 1,10m de altura.
Uma chuva de beijos cai no rosto e cabeça de Graco, deixando-o atordoado e de olhos fechados, apenas para seguir com um esfregar de rosto em suas bochechas gordinhas.
"E eu? Fui eu que dei à luz, também mereço minha recompensa diário do meu anjinho.'' Yuliya diz encenando ciúmes e cruzando os braços. Ela logo se aproxima após assistir a cena amorosa por alguns segundos.
''Ac é muito bonitinho para ser compartilhado facilmente'' Kletka diz enquanto abraça fortemente Graco, a vontade de apertar com afeição surge em todos os encontros das mães com seus filhos.
Yuliya logo avança e pega de sua irmã Graco pelas axilas, erguendo-o ao ar para dar uma troca de olhares amorosa.
''Meu garotinho lindo, como foi seu dia?'' Ela diz com ternura maternal.
''Foi legal, Vô Glob me leva para cozinha e almoço com ele e Tia Kae e Tio Moí.''
''Maravilho, não é? Os dotes culinários dele e de Tia Kae são celestiais." diz Yuliya, Kletka está agora os contemplando com admiração.
''Sim. Chegaram mais cedo hoje, é algo especial?'' Graco pergunta
''Hoje é fim de semana, Ac.'' Kletka diz no lugar de sua irmã, pois ela inicia o lançamento de diversos ataques de carinho a Graco. Yuliya se joga de costas na cama com Graco abraçado em seus braços, fazendo os três da sala rirem.
Kletka, após assistir todo o afável espetáculo por alguns segundos, caminha até o banheiro adjacente ao quarto.
Tal banheiro que consistia em um espaço de 5x5 m coberto por mármore no chão, teto e paredes, um vaso sanitário, uma grande banheira, uma pia com torneira para lavar o rosto e um chuveiro no alto da parede.
Todos embutidos com cristais e runas de cores desde o verde água, negro, e transparentes para funções usuais.
Yuliya se senta na ponta da cama com Graco em seu colo enquanto estende os braços pela cinturinha de seu filho.
Um silêncio se origina no quarto, Graco sente que Yuliya inicia uma rodada de somente apreciar a sensação de segurar seu filho. O barulho da água do chuveiro caindo chega aos ouvidos de Graco, a porta do banheiro está escancarada.
A iluminação o atingiu, porém para o deixar nervoso.
'Eztli, se ela me levar para tomar banho, por favor assuma o controle do meu corpo e não compartilhe esta memória comigo assim como as outras vezes. Quando terminar você me avisa.' Graco diz rapidamente e agitado.
'Tá bom, e fiz isso nas semanas que você ficou inconsciente.' Eztli diz entre risadas, e também aliviada por Graco não ser um tarado.
'Obrigado.' os dois ficam sossegados paralelamente.
''Pai chegará mais cedo também?'' Graco diz para quebrar a quietude que volta passo a passo a enervá-lo.
''Já com saudades do grandalhão?'' Yuliya brincalhona
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''Conversei pouco com o pai nestes dias.''
''Também acho ... Seu pai está se esforçando muito na administração do baronato nos últimos dias, por isso ele chegará um pouco tarde, eu acho.'' Yuliya diz devagar antes de suspirar levemente.
Yuliya encosta seu queixo na cabeça de Graco e o entrelaça ainda mais seus braços em volta dele.
''Mãe, o que este desenho no meu pescoço é?'' Graco com sua voz infantil, atiça a sede de conhecimento.
''É chamado de Sinecura, Ac. Esta tatuagem representa a epifania disruptiva de Kovskaya, a potestade homogênea do ímpeto à saúde sentimental e emocional de todos os seres vivos, é uma cornucópia portento.''
''Quê?'' Graco escorre confusão em sua expressão, ele não compreendeu estas palavras novas que não tinha ouvido antes nesta língua, contudo suas mães interpretam como a ingenuidade de uma criança.
''O que sua mãe quis dizer é chamado de cornucópia portento, é um zelo, o seu é a epifania disruptiva de Kovskaya, uma existência muita poderosa que já caminhou, ou ainda vive, entre nós, por isso denominado de potestade homogênea e não heterogênea.''
Kletka esclarece a Graco ao mesmo tempo em que anda em direção a cama, vestindo um pijama roxo escuro e com o cabelo amarrado em um coque ela se senta ao lado de Yuliya e puxa Graco para seu colo.
''Me desculpe, Ac . Meu filhinho de quase 6 anos é muito inteligente, e isso faz eu não maneirar minha explicação'' Yuliya diz e dá um beijo na testa de Graco, se levantando para ir tomar banho.
Graco e Eztli ficam pasmos com essa descoberta.
''Ata ... O que é uma potestade, mãe Leta?''
''Alguns estudiosos dizem ser existências vivas que ascenderam para se tornar o respondente e manifestação de nosso mundo, Mater Yotsévanie'Krai. Outros dizem que são criaturas etéreas pós-terrestres da natureza, existem as homogêneas, estas vivem e já foram como os seres vivos normais. As heterogêneas foram as vindas de outras existências, estas nunca vimos ou presenciamos.''
Kletka ensina calmamente.
'Existem outros tipos de entidade, Graco. Isso pode ser benéfico para nós.' Eztli diz animada e sedenta por mais informações. Graco concorda mentalmente.
''Mãe, e porque você e meus irmãos beijaram minha tatuagem quando a viu pela primeira vez?''
''É uma forma de agradecer a Kovskaya por sua benção, e seus irmãos o beijaram como um pedido para terem um dote também. É um simbolismo de reverência.'' Kletka diz serenamente
''Tá bom, então ... Esta minha tatuagem é uma Sinecura significando a epifanía disruptiva de Kovskaya. Mas por que é uma cornucópia portento e o que ela faz?''
''Porque é benéfica, raposinha espertinha. Dizem que ela tem o efeito de fazer sentir mais intensamente e identificar emoções e sentimentos. Existem as insurreições anátemas , estas são maléficas.''
''Ela é benéfica por vir de Kovskaya?''
''Não, Kovskaya já presentou insurreições anátemas. Ela, assim como todos os outros já registrados, são amorais e imparciais em seu julgamento, suas declarações vêm dos resultados, sejam bons ou maus.''
''Por que ganhei isso?'' Graco fala
''O motivo exato é incerto, pode ser uma conquista que atende os desejos da potestade, ou ela o escolhendo por valores que não sabemos. É difícil saber os motivos de seres que vimos poucas vezes, eles são lendas que já viveram e criaram histórias, mas se esconderam da sociedade ao longo dos séculos e reaparecem em revoluções ou rumos drásticos da história do mundo.''
''E como você identificou que era Kovskaya esta Sinecura?'' Graco pergunta com interesse transbordante.
''Sinecuras surgem em lugares específicos do corpo. Se originar nesta parte do pescoço ... '' Kletka diz enquanto toca com o dedo indicador da mão direita a artéria carótida de Graco ''Significa ser de Kovskaya, e a cor da tatuagem advém de significados subjetivos que somente o presenteado consegue compreender.''
''Outros respondentes de Mater Yotsévanie'Krai têm tatuagens em locais diferentes do corpo. Como Guareicka no tornozelo, Lielieie no pulso, Tchonka no cotovelo, Wasbabore na omoplata, Lépibdo no joelho, Viushna na clavícula, Nuatkeigh no esterno, Yufis na região da apêndice e Muszafar na lombar.''
Kletka diz enquanto toca cada parte do corpo de Graco com uma mão, e quando diz o último dos nomes, ela o massacra com cócegas, fazendo com que todo o clima de seriedade da conversa evapore.
Consequentemente, Graco se contorce como um peixe fora da água, isso gera uma série de risadas e gargalhadas alegres.
'Você vai experimentar isso junto comigo, Eztli. Companheiros no sofrimento, lembra?' Graco diz maliciosamente e puxa velozmente a alma de Eztli para sua consciência.
Sem nem ter tempo de responder, ela inicia um coro risonho com Graco. Após segundos eternos disso, Graco e Eztli estão arfando desesperadamente, totalmente à mercê do poderio de Kletka.
'Maldito masoquista, quase endoidei de vez.' Eztli diz tentando passar um verniz de brabeza, entretanto seu tom divertido a revela facilmente.
Yuliya sai do banho com o mesmo pijama que sua irmã, e vê Graco deitado de costas na barriga de Kletka, os dois com o torso subindo e descendo ritmicamente e simultaneamente.
''Ela é sádica assim mesmo, coitadinho do pequeno Ac.'' Yuliya transborda pena, no entanto sua expressão travessa transmite o contrário.
''Bem eu vou jantar primeiro, espero vocês. E não se atrasem para o jantar com suas travessuras.'' Ela diz com seriedade brincalhona, tanto por respeito a Globrilov e Kalinie, os chefs, tradição de comer todos juntos, e por não se alimentar tarde da noite.
''Não é nem 21h ainda.'' Kletka fala alto para uma Yuliya que já está a caminho das escadas, ela deixou a porta dupla do quarto aberta de propósito.
''Tem mais perguntas, Ac?'' Kletka pergunta serenamente.
''Você pode me dizer os desenhos das tatuagens destes homogêneos e seu desejo, por favor?'' Graco pergunta gentilmente
''Você nunca precisa pedir, por favor para mim, minha raposinha espertinha e curiosa.'' Kletka diz com afeto.
''Tá bom, mãe''
''Bem, vamos lá, vou tentar te falar o que é dito no ensinamento popular ...'' Klekta pensa por uns segundos e começa sua explicação diligente.
''Nuatkeigh é uma fruta espinhosa. Representa a ânsia de revolta e progresso, mesmo que queime seu âmago.''
''Guareicka é o de correntes derretendo em chamas. Representa o livre arbítrio e desejo de conhecimento, mesmo que se aleije.''
''Yufiz é de uma flor murchando e renascendo. Representa fidelidade e confiança, mesmo que perca algo que não é mais vital.''
''Wasbabore é um dado se transformando em joias. Representa a criatividade e renovação, mesmo que dependa do acaso.''
''Muszafar é o de uma lágrima caindo em uma poça. Representa o anseio de proteger e defender, mesmo que isso tire o seu sustento.''
''Lielieie é uma boca com dentes que furam os lábios e bochechas. Representa a vontade de mais poder, ordem e controle, mesmo que prejudique seu entorno despreparado.''
''Tchonka é de um olhar raivoso se rachando. Representa a sede por vingança e luta, mesmo que isso te cegue.''
''Viushna é de um sol e lua se fundindo. Representa a prosperidade e desconhecido, mesmo que isso entorte os dogmas.''
''Lépibdo é um pedaço de carne com vermes. Representa a tenacidade e fertilidade, mesmo que isso se antagonize.''
''Kovskaya é a anatomia do coração. Representa o ímpeto à saúde sentimental e emocional, mesmo que isso altere sua essência.''
Kletka diz lentamente para Graco entender, mas ela questiona sua memória. Seu espírito de ensino juntamente com seu senso materno a levou a diante.
''É isso, meu anjo, a escola primária irá te ensinar o complemento disso e outras coisas. Vamos indo jantar, Yuliya já deve estar brava conosco.'' Kletka diz enquanto se levanta e bate palmas, estendendo seus braços para Graco.
Graco acena com a cabeça em concordância e se aproxima dos braços de sua mãe, que logo o levanta e traz para seu abraço.
Kletka caminha pelo corredor lentamente, apreciando o luar penetrante pelas janelas posicionados por toda passagem no silêncio da penumbra.
'Temos muito o que aprender ainda ...' Eztli diz seriamente.
'Sim'