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O PRIMEIRO NEFELIN

Não houve qualquer pacto, visto que de nada adiantaria. A fogueira que grassou no céu e na terra era apenas um anúncio, desconsiderado por muitos, mas sentido por todos os que se pensavam vivos.

Havia um halo no céu, naquele céu de meio ambiente escuro que anunciava a chuva.

A mulher esfregou nervosamente as mãos. Nunca se ouvira falar do que estava acontecendo, e isso a deixaria muito apavorada, se não fosse por ele.

Aguardou, os olhos vasculhando o céu, rezando para que ele chegasse logo, pois temia pela sua vida.

Mas o halo estava lá, silencioso, apenas observando curioso.

E era sobre ela que pesava uma curiosidade dos anjos e dos vigilantes que pairavam sobre os montes.

Então ela o viu, longe sobre as montanhas, de encontro à chuva que lá caia. Ela o conhecia muito bem. Ela reconhecia o seu jeito de voar no céu e seu jeito quando caminhava pela terra. Era uma sensação que a criar e fazer seu coração aumentar e bater mais forte, e não evitar sorrir e imaginar campos infindos e canções no ar. E era em seu toque que sua alma vibrava hipnotizada, como se fosse acariciada por uma brisa, por um sopro fresco e gentil.

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Suspirou profundamente.

Sobre a montanha ficou aguardando sua presença, o vento batendo suas roupas como a vela de um barco desejoso de se lançar à tempestade.

Tudo estava parado, a respiração do mundo mais diminuída e tranquila.

Então ele, com uma tranquilidade que fez seu coração se alegrar, com um sorriso gentil e luminoso passou no meio dos seres alados e de modos de mantos e desceu suavemente à sua frente, os olhos magníficos e gentis.

Com um sorriso baixou os olhos e pousou-os em sua barriga intumescida, o sorriso radiante.

Ao lado viu descer uma demiana, linda como só elas sabiam se fazer, e mais dois imensos anjos, todos cerimoniosos e pensativos.

Como se confabulassem, porque eles se olhavam de um para o outro, goze que estavam indecisos sobre alguma coisa.

Foi então que escapou, quando eles olharam para uma aldeia logo abaixo. Em seus olhos havia desejo, e agora eles sabiam o que trazer para o mundo que foram obrigados a chamar de lar.