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NOVOS AMIGOS

As escolhas mais importantes não são feitas por nós, somente. Como se pode deixar o tempo e o vento sob uma só vontade?

Uivo encolheu-se, ocultando-se mais, os olhos fixos no que se desenrolava à frente.

Aquele ser era diferente, e o que sentia por ele era diferente também. Esse se parecia com um demônio, mas era mais cinza, com jeitos mais suaves. Ele não destilava maldade como um manta ou um sombra. Parecia um demônio manta, mas era bem menor e mais claro. E havia aquele ser, um ellos, que caminhava ao seu lado. Uivo sorriu intrigado: eles pareciam estar de bom humor, um rindo do outro.

Com curiosidade viu que eles tomavam um caminho que os levaria a interceptar a comitiva de Adanu.

Devagar se adiantou no caminho e ficou em total silêncio na encosta de um monte arborizado, aguardando que eles se pusessem ao seu alcance.

Não queria machucá-los, mas apenas avaliar suas reações e suas intenções.

Quando eles estavam bem abaixo saltou, tão silencioso quanto o próprio ar.

Sentiu o espanto da criatura voadora quando seu peso o atingiu e suas garras entraram um mínimo, apenas o suficiente para ficar agarrado em seus lados, montando-o como um animal brávio, sem que o machucasse.

Se preparava para forçá-lo contra o chão quando algo o atingiu. Foi como uma pancada violenta demais, estranhamente dentro do seu cérebro. Seu corpo todo fraquejou enquanto sua mente parecia queimar.

Forçou mais os músculos, projetando suas garras mais para for a, procurando enfraquecer a criatura o mais rápido possível para, então, colocar sua atenção sobre o que quer que o estivesse atacando.

A urgência aumentou ao perceber que o mundo parecia estar ficando pesado e o mal-estar parecia crescer violento em sua mente. Tomado de preocupação percebeu que só tinha mais alguns segundos antes que seu corpo desmoronasse.

No desespero reviu em segundos as técnicas para se proteger de um ataque como aquele, mas algo o bloqueava. Então tentou se poderar em demônio, mas viu com horror que não poderia. Algo o impedia.

Tinha que ser o outro, pressentiu enquanto o mal-estar aumentava e ameaçava fazê-lo perder a noção do que estava acontecendo. Tinha sido confiante demais, se recriminou. Já ouvira falar sobre pessoas com poderes de atacar a mente dos outros. O outro só podia ser um potaraobi.

Apenas o ar sibilando, os braços soltos, um baque surdo por todo o corpo restaram em sua mente.

Ao abrir os olhos deu com a criatura de manta, flutuando alguns centímetros sobre ele, os olhos fixos, predadores. E havia algo mais, ao lado da criatura. Tentou se virar, percebendo que seus músculos se recusaram a reagir. Nunca pensara que iria morrer assim.

- Não tema, não temos nenhum desejo de destruí-lo – acalmou o nefelin que acompanhava o demônio.

Com um esforço supremo conseguiu virar um pouco o rosto. O ser que parecia ser um ellos estava em pé, ao lado da criatura que flutuava. Era um sujeito forte e esguio, de modos joviais.

> Sou BraçoDePedra, e este é meu amigo, RoupaSuja. E ele não é um demônio, como supôs e como sua aparência leva a crer. Viu, RoupaSuja? Sua aparência, eu avisei – riu do outro. – E, como não percebeu, ele é um anjo. Caído, mas um anjo ainda... – riu observando RoupaSuja. – Mas, não brigue com ele, voando por aí com essa roupinha suja. Tá, sei que essa aparência dele ainda vai nos causar muitos problemas, mas, fazer o que, né? – repreendeu jogando uma pedrinha sobre o anjo, que fingiu não ter visto isso. – Ele não quer trocar de roupa... – riu.

Vendo o espanto que atingiu o ser dominado ele sorriu.

> É isso mesmo, meu caro, você atacou um anjo.

E nem bem ouviu isso o que quer que o prendia desapareceu de súbito.

Toda a força que fazia finalmente explodiu, e num salto ele estava de pé, sob os olhos cuidadosos do anjo.

- Como posso saber se não é uma armadilha?

- Nós o matamos, oncinha?

- Não me matar pode ser parte da armadilha – falou sem tirar a atenção dos seus captores.

- Ara, deixa de ser bobo. O que a gente ia pretender com você? Usar sua pele de onça, talvez? – perguntou, os olhos postos no anjo. –Ara... E acho que você já sabe o que sou, não é mesmo?

- Desconfio.

- É mesmo? Então vamos deixar assim, héim? – sorriu o nefelin recuando até a borda do declive. - RoupaSuja, que tal irmos? – sugeriu. – Esse rapaz não precisa mais da nossa ajuda para não se meter em confusão.

- Acho que ainda não! – retrucou RoupaSuja se aproximando de Uivo.

Uivo o olhou com atenção, aceitando a tranquilidade que sentia, pois não via maldade naquele ser. Lentamente suas garras recuaram para dentro das almofadas e ele se despoderou.

> Esse não é um nefelin comum – avisou o anjo.

- Ah, isso eu sei. Eu travei a mente dele – riu o nefelin.

- Não, não é só isso. Você não foi fundo o suficiente. Ele é também um demônio. É um demônio que há muito, muito tempo eu não via. É um demônio raro... Na verdade, ele é um dahrar...

- Dahrar eu já ouvi. Mas não sou demônio!! – Uivo reclamou.

- Não desejar não o impede de ser... Na verdade, você é um demônio dahrar - reforçou.

- Meu nome é Uivo, e sou um pumacaya.

- Hummm, interessante isso... – o nefelin se aproximou, observando Uivo com mais cuidado.

- E quanto a você? – falou se dirigindo para BraçoDePedra. - Como conseguiu isso, de me travar daquela forma?

- Você imaginou quem sou, mas não sabe o que imaginou, é isso? – sorriu maldoso. - Sou um mentat, como desconfiou – sorriu. - Sua mente estava exposta. Acreditou que o nosso amigo aqui seria muito fácil – sorriu. – Um conselho: precisa aprender a manter a sua mente protegida.

- Eu achei que já estava preparado, mas descobri que ainda não. Gostaria que me mostrasse como... – falou, observando RoupaSuja que o examinava com nítido interesse.

Sob seus olhos, subitamente RoupaSuja ficou mais atento, com sua atenção se voltando para o Noroeste. Havia uma preocupação intensa agora em sua face.

> Ele não está sozinho – gritou para o vento, no momento em que foi atingido com dureza.

Uivo nem teve tempo para tentar impedir o ataque, tal a fúria que o nefelin, o anjo e a visitante se bateram.

- Parem... – Uivo gritou o mais alto que pode.

O anjo pareceu crescer quando atacou a criatura de sombras, que atingira com extrema dureza o nefelin.

O ar parecia ter se tornando elétrico, e Uivo viu que tinha muito pouco tempo antes que algum deles fosse gravemente ferido.

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Tomando-se de meio poderamento como demônio caiu entre eles no exato momento em que a energia subia perigosamente.

- LuaEscura, não... – o demônio gritou naquele seu tom estranho de voz. – Eles são amigos...

Tudo ficou em silêncio, a energia crepitando a todo o redor.

RoupaSuja foi o primeiro que diminuiu sua energia, e logo após BraçoDePedra. Ainda tensos ficaram observando o demônio, e o quanto ele estava incomodado por não poder ir contra eles.

Então, subitamente, a juguena também diminuiu seu poder.

- Uaaauuu... – BraçoDePedra suspirou, vendo as formas femininas de LuaEscura se denunciando nas escuras neblinas que se revolviam.

- Ai, ai, esse menino tem um problema. Não ligue não, moça, ele não pode ver uma mulher bonita.

Uivo não pode deixar de sorrir, se despoderando, ainda mais ao ver como LuaEscura havia gostado do elogio.

- E você é cheio de surpresas, héim, Uivo? Uma amiga juguena...

- Concordo com vocês – ela disse se despoderando um pouco mais, porém mantendo suas neblinas mais adensadas. Devagar se aproximou pelo lado de Uivo, ainda mantendo os olhos desconfiados nos outros dois.

- Essa, meus amigos, é minha amiga juguena LuaEscura. Esses são BraçoDePedra e RoupaSuja – apresentou. – Ele é um anjo, e o BraçoDePedra é um...

- Simples nefelin, um mentat – se adiantou BraçoDePedra, um sorriso maroto no rosto.

- Sei – LuaEscura zombou. – Eu era pequena, naqueles dias em que vocês foram criados, e ainda era pequena quando se tornaram perigosos para os seus criadores, vocês, nefelins estranhos.

- Adoro seu senso de humor. E quanto a você, você não é o que pensei para uma juguena... – estranhou BraçoDePedra.

- Somos poucos e somos muito arredios. O medo que causamos passou a nos alimentar e a manter os inimigos um pouco longe.

- Muito interessante...

Subitamente LuaEscura se revolveu, crescendo perigosamente, sua atenção totalmente posta em BraçoDePedra.

BraçoDePedra rapidamente levantou as mãos em sinal de paz, enquanto Uivo olhava com estranheza para RoupaSuja, que parecia zombar do outro.

- LuaEscura – ele falou, - desculpe essa cabeça vazia e curiosa. Não há vontade dele em te confrontar.

O silêncio estava pesado ali, e ficou assim por mais alguns segundos. Então LuaEscura, ainda mantendo sob discreta atenção o nefelin, se acalmou.

- Fique longe da minha mente, nefelin. Te aviso para seu próprio bem – alertou.

- É, está certo. Vou fazer isso, LuaEscura – aceitou, sob o olhar divertido de Uivo e RoupaSuja.

– Então, o que os move, para onde estão indo, o que procuram? – quis saber RoupaSuja.

- Eu os pressenti. Como estavam tomando um caminho que vai interceptar a comitiva de uns amigos, vim ver se seriam algum perigo – contou Uivo.

- Se eu fosse, você teria falhado, héim Uivo? – BraçoDePedra falou com um sorriso zombeteiro.

Uivo observou o nefelin com cuidado.

É, você está certo. Mas, tem alguém que sabe se proteger de você. Logo vou estar preparado – falou passando os olhos por LuaEscura.

- Vai ser um prazer, Uivo – LuaEscura concordou. – Eu estou mesmo precisando de um pouco de ação – falou a juguena.

- Por falar nisso, estava me seguindo, LuaEscura? – Uivo estranhou.

- Ora, isso porque você parece sempre saber onde a ação está acontecendo. Sempre consegue arrumar uma confusão.

- Ah, isso nós tivemos uma amostra agora há pouco, né RoupaSuja?

- Há uma guerra se insinuando no mundo – Uivo falou.

- Hummm... E você fica à margem do grupo que o teme e onde alguns o desprezam, como um vigia silencioso... – brincou o potaraobi. – É aquele grupo com que se procupa, RoupaSuja... – falou direto para o anjo.

- Não me desprezam... Apenas estão confusos comigo...

- Certo!!! Esperança... Esperança é algo bom para se ter – falou o anjo se afastando um pouco. – Essa comitiva é um grupo bem interessante.

- A namorada dele está lá – espetou LuaEscura, um sorriso maldoso no rosto, dirigido para os dois.

- Nossa, além de linda, ainda tem humor. Que juguena é você?

- Uma juguena comum...

- Que bom, LuaEscura – congratulou RoupaSuja. – Voce ainda está um pouquinho tensa, mas estou maravilhado.

A juguena olhou para RoupaSuja, e fez uma pequena mesura.

- Estão pensando em se unir com eles? – Uivo perguntou.

- Ah, não... Nossos caminhos vão passar perto, mas não temos intenção de nos juntarmos a eles. E quanto a vocês? Mais tranquilos quanto a nós?

- Bem, eu não sabia que LuaEscura estava por perto, o que é uma grata surpresa, minha amiga. E sim, quanto a mim estou mais tranquilo – Uivo confirmou.

- Então já não acha que somos um risco para o seu grupo? – BraçoDePedra sondou a cara de Uivo.

- Não, risco nenhum... - sorriu.

- Ora, você viu, RoupaSuja? Ele está debochando de nós...

- De você, não de mim... Eu sou o próprio perigo em pessoa.

- É, pode ser - riu. - Bem, o que acham de se juntarem a nós, ao menos por um tempo? – ofereceu BraçoDePedra sob o olhar divertido de RoupaSuja. – O anjinho aqui não gosta muito de solidão – cutucou.

- É, acho que será bom. Por enquanto, gostaria sim da companhia de vocês, se permitirem. O que acha, LuaEscura?

- Só estava de passagem, Uivo. Vou mais para Sul e...

- Vai ser ótimo ter a sua companhia, LuaEscura. E até mesmo a comitiva está curiosa com você. Pode ser um pouco difícil no começo, mas é só ter paciência. Eles são guerreiros de valor, você vai ver. Que tal? Vem conosco... – Uivo repetiu o convite.

LuaEscura parou, os olhos indecisos em Uivo. Então, por fim, a neblina que era pareceu se mover bem mais suavemente.

- Vai ser bom... – RoupaSuja reforçou o pedido de Uivo.

- Está bem então – cedeu.

- Bom demais – saboreou Uivo, fazendo uma mesura para o anjo, que retribuiu com um movimento do manto. Uivo o observou por alguns segundos, o que não passou despercebido a BraçoDePedra.

- Ah, lá vem. Não disse? Ele está prestes a fazer a velha pergunta, RoupaSuja – avisou BraçoDePedra, o que deixou Uivo um pouco confuso. – Vamos, faça a pergunta que está presa nessa sua cabeça, demônio esquisito - brincou.

– Eu achei que os anjos tivessem se humanizado na forma. Sabe, homens com asinhas...

- Viu? – BraçoDePedra riu, apontando as mãos com as palmas para cima para Uivo. – Vai lá, explica.

- Ora, e o que tem? Você me fez a mesma pergunta quando nos conhecemos, lembra? – riu. – E sim, eles fizeram isso, mudando suas formas para a dahen. Mas eu ainda estou um pouco resistente. Ter essa forma, numa guerra como essa, pode ser uma grande vantagem - falou, com o que uivo concordou.

- Mostre a eles – sugeriu BraçoDePedra com um sorriso pendurado nos olhos, vendo confusão e dúvidas em Uivo, sorrindo ao ver um pequeno interesse na juguena.

Sem aviso RoupaSuja se tornou negro de olhos vermelhos.

Uivo o examinou com tranquilidade e sorriu.

- A gente só percebe que não é demônio pela sua energia – falou a juguena.

- Nem tudo é perfeito – zombou BraçoDePedra.

- E você? – LuaEscura se dirigiu para BraçoDePedra. – Você é um... mentat desgarrado? Em missão.

- Como nossa amiga aqui quis falar, e como nosso amigo aqui descobriu antes de nos atacar, ele é realmente um potaraobi. E ele não está em alguma missão, mas apenas perdido – falou o anjo voltando à forma antiga.

- RoupaSuja...Podia deixar eles em dúvida, não podia? Como me revela assim?

- Ora, não vem não! Você me dedurou primeiro.

- Potaraobis... Vocês são difíceis de encontrar, até mesmo mais difíceis do que os de minha espécie – falou a juguena. – Tanto que muitos chegam até a acreditar que estão extintos.

- Ele está na sua frente. Então não, não foram extintos, infelizmente... Eles estão saindo de debaixo do mato – sorriu o anjo.

Uivo observou com mais cuidado os três e riu. Seria bom partilhar o caminho com eles.

- Bem, e o que vocês estavam fazendo aqui?

- Apenas ajudando a limpar esses lados. Por um momento isso aqui ficou muito perigoso – revelou o potaraobi se aproximando.

- Eu sei, eu sei. E agora, como estão esses lugares, RoupaSuja? – perguntou Uivo para o anjo.

- Praticamente acabou por aqui. Tudo foi neutralizado. Podemos nos tranquilizar agora.

- Então, para onde estavam indo?

- Íamos para o Oeste – BraçoDePedra contou. - Então, agora, não era a nossa intenção, mas podemos, lá na frente, podemos virar mais um pouquinho para o Sul e chegar até a sua comitiva – falou.

- Acho interessante – Uivo concordou satisfeito.

De repente RoupaSuja se virou, um ar acusador na voz dirigida para o potaraobi.

- Você sabia dele, sabia que ele estava me emboscando... E ainda o ajudou, me distraindo...

- Eu??? – BraçoDePedra mostrava assombro. Então deu um lardo sorriso. – Ah, está bem, eu acho que eu tinha sentido sim que alguém ia te atacar – debochou. – Mas achei que você, como super anjo, tivesse sentido também.

- Você estava, deliberadamente, me distraindo – insistiu na acusação.

- E como?

- Você estava dando espetadinhas em minha mente, tirando minha concentração.

- Ah, foi só um pouquinho, e bem rapidinho. E você merece, não merece? E confessa, foi divertido, não foi? – riu abertamente, para diversão de Uivo e LuaEscura, que finalmente relaxaram.

Era muito bom ter companheiros com quem dividir o caminho.

De repente os quatro silenciaram, a atenção para o Sul. Os rostos estavam mais sérios, quando se entreolharam.

Uivo fixou mais sua atenção para aqueles lados, o rosto tornando-se um pouco mais tenso.

- Por enquanto, eu preciso ir. Que tal, LuaEscura? Encontramos vocês lá... – falou para os dois.

- Por mim, tudo bem, Uivo. Vou com você sim... – ela aceitou, a atenção dela deixando-a um pouco mais tenso com o que sentia por aqueles lados.

- Que maravilha. Bem, sabem para onde estamos indo, e aguardo vocês, está bem? – falou Uivo para os dois, se preparando para partir.

- Ora, ora... A sua comitiva. Por que não vamos juntos, o que acha RoupaSuja? Para onde você vai parece ser bem mais interessante. LuaEscura tinha razão, você e confusão sempre pertinho.

- Eles estão com pressa, e podem chegar lá bem rápido. Você, meu caro, é muito lento – riu.

- O que querem dizer? – BraçoDePedra se preparou para reclamar.

- É que se nós nos poderarmos será meio complicado para vocês nos alcançarem – LuaEscura zombou, os olhos pregados no potaraobi.

- Isso é brincadeira. Posso ser muito rápido se eu quiser. E aguento também muito tempo em grande velocidade. Fala para eles, RoupaSuja.

- Você é bem lento – riu RoupaSuja.

- Mas, sabe que talvez você esteja errada, LuaEscura? Entre eles há diferentes graus de poder para deslocamento – falou, sua atenção se voltando para RoupaSuja. - Ainda mais se você...

RoupaSuja sorriu, entendendo o que Uivo sugerira. BraçoDePedra também entendeu, mas não houve tempo para fazer qualquer objeção. Nem bem começara a esboçar alguma reação RoupaSuja o colheu. Protegido dentro da capa BraçoDePedra acabou se resignando, ficando quieto enquanto a paisagem se deslocava em altíssima velocidade.