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FUGA DO PLANETA ESCURO

E se as ligações com nossas famílias forem maiores do que pensamos?

Era um monstro terrível, que já havia matado muitas de nós. Gritei horrorizada quando ele tentou me apanhar, mas consegui escapar. Foi então que vi duas mulheres encolhidas num canto da cidade em ruínas. No medo atroz que as sucumbia elas não se davam conta de que estavam bem à vista, e que o monstro logo as pegaria.

Então parei e, apressada, tentei faze-las se levantar. Mas elas tentaram me puxar para ficar com elas. Resisti e, usando todas as minhas forças, enquanto gritava mentalmente com elas para que reagissem, as puxei. Então, tomada de pressa, esbofeteei as duas, e elas pareceram acordar, finalmente. Então se levantaram rapidamente. Comecei a correr, sentindo que o monstro havia nos encontrado. As mulheres vinham esbaforidas atrás de mim.

Foi então que eu vi uma espécie de uma cristaleira velha na fachada de uma casa, e logo eu soube o que era.

- Para lá, para lá – gritei enquanto corria, apontando para o móvel envelhecido.

Assim que toquei em sua porta e abri. Era um lugar cinza e profundo, o que se mostrou ali. Não olhei muito bem, mas peguei com violência uma a uma e empurrei para dentro do móvel.

Ouvi o urro de ódio supremo e vi a imensa figura de sombras correndo para cima de mim. Sem pensar me joguei para dentro do móvel, puxando a porta atrás de mim, no exato momento em que fomos sugadas, como que por um túnel sombrio riscado de luzes azuis e verdes.

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Então me vi em um salão, e havia muitas pessoas ali, vestidas com roupas comuns. Eram pessoas bonitas e estavam felizes.

Um senhor se aproximou de nós três. Foi aí que percebi que nós três estávamos juntas. Estávamos vestidas como os outros. Estávamos limpas e sem qualquer machucado.

Suspirei aliviada, porque sabia que ali estávamos seguras.

- Que bom que vieram – cumprimentou o homem, tomando-nos pelo braço e nos levou para um banco largo de praça. – Já está tudo providenciado. Você, minha querida, será a mãe – falou olhando para a mais velha de nós. – E você – falou se dirigindo para a outra, - será a quinta filha, e será muita amiga e cuidará dessa menina aqui, que será a rapa do tacho – sorriu. – Vocês se uniram de uma forma muito poderosa, e assinaram um contrato de cooperação muito forte. Serão felizes, e o planeta escuro de onde escaparam ficou no passado de vocês. Vocês irão para um planeta duro, mas não um planeta tão dominado pela escuridão como o outro de onde vieram. Serão felizes – falou.

Sei que o tempo não foi muito longo. Eu vinha acompanhando minhas novas amigas. Eu vi a que seria nossa mãe nascendo e crescendo, e depois se casando, e tendo muitos filhos. Então chegou o momento da minha amiga nascer. Não era uma família de grandes recursos nem muito feliz aquela, mas nossas almas estavam tão contentes que tudo para nós era como um mundo novo e luminoso, e não havia nada nesse mundo que poderia nos quebrar, e isso porque, em nossas memórias, como se tivesse sido gravado a fogo, estava o horror de onde tínhamos vindo. Então, como não poderia ser feliz aqui?

Então, me preparei para descer, e estava feliz por ir me encontrar novamente com minhas amigas.

Tudo iria dar certo.