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Tetsu no Chikara: Saigo no Kibo
Capítulo 113: Segredos do passado 4!

Capítulo 113: Segredos do passado 4!

— "O ghoul usado na arma... era um general?" — pensou Mira, seu rosto pálido, enquanto a voz vacilante escapava de seus lábios:

— O ghoul usado na arma... era um general?

— Iniciando análises. — A voz robótica de Lavel cortou o ar como uma lâmina fria. — Quinze pontos cegos encontrados nas câmeras de segurança. Três sugestões de segurança identificadas. Avaliando cenários baseados nos dados atuais... Probabilidade de derrota completa: 80%. Probabilidade de prolongar a derrota: 15%. Probabilidade de vitória: 5%.

— Que números são esses?! — exclamou Mira, incrédula.

O monitor explodiu em imagens de ghouls enfrentando soldados, cada quadro mais sombrio que o anterior.

— Que divisão é essa? — perguntou Rem, sua voz tomada por urgência.

— Quinta Divisão! — respondeu Lavel. — Atualmente em combate contra dois generais e seus exércitos.

— Dois generais ao mesmo tempo?! E sem o capitão deles?! — Emilia arregalou os olhos, preocupada.

Nas gravações, os generais avançavam contra os soldados da Quinta Divisão. Suas vozes, poderosas e aterradoras, soaram ao mesmo tempo, como se fossem um só:

— Larguem suas armas e submetam-se a nós. Pouparemos suas vidas!

Os soldados, resolutos, ergueram as armas em resposta.

— Devorem todos! — gritaram os generais, seus exércitos avançando como uma onda de destruição.

De repente, Lavel interrompeu as imagens.

— Cenário confirmado. Probabilidade de derrota completa para a Quinta Divisão: 100%. Se a divisão cair, o reino será tomado.

— Não podemos confiar tanto nesses cálculos! — rebateu Mira, irritada.

— As probabilidades são baseadas nos registros de combate de cada soldado. — Lavel projetou uma nova imagem. — O ghoul presente naquela região é o mesmo que matou o capitão deles.

A tela mudou novamente, mostrando os ghouls sobrevoando a base.

— Chance de vitória: 95%. Deseja liberar as armas? — questionou Lavel, enquanto o mini-ghoul, como uma sentinela, observava tudo de cima do caminhão.

Um ghoul maior rugiu, atraindo a atenção.

— Humanos! Foram vocês que mataram esses ghouls?!

Himitsu deu um passo à frente, encarando-o.

— Sim, fui eu.

— Como ousa?! — bradou o ghoul.

Himitsu não recuou.

— Seu monarca prometeu que não interferiria com nossa base. No entanto, esses ghouls vieram para devorar humanos. Então, eu os matei. Isso foi por ordem ou você está insinuando que seu monarca não consegue nem controlar seus subordinados?

O ghoul hesitou, sua fúria momentaneamente contida.

— A sorte de vocês acaba quando o monarca perder o interesse. — Ele e os outros ghouls recuaram, retomando suas posições.

— Idiota! — Lena se aproximou de Himitsu. — Seu ferimento vai abrir! Você precisa descansar. Não faça loucuras!

— Estou bem. — Himitsu afastou-se, teimoso.

De volta à sala dos cientistas, Lavel anunciou:

— Vou mostrar o momento exato em que tudo mudou.

A gravação antiga começou. Na tela, o pai de Kay trabalhava com a mãe dele na construção de uma nova arma.

— Já faz dois meses que ele não constrói outra arma. O que houve com ele? — perguntou o pai de Kay, frustrado.

— Eu falei que esse negócio fede. Tivemos que criar essa cápsula só para isolar o cheiro! — respondeu a mãe de Kay.

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— Tudo bem, mas por que ele não está mais ficando em casa? O cheiro está isolado!

A mãe de Kay sorriu, enigmática.

— Desde aquele dia, por algum motivo, ele tem ido muito à casa da Rem.

O pai arregalou os olhos.

— Será que é aquilo?

— Só pode ser aquilo! — confirmou a mãe, séria.

Então, ambos exclamaram em uníssono:

— Ele está apaixonado pela Mira!

— Pois é! — riu o pai. — Ele nunca sairia de casa tantas vezes sem reclamar!

— E de repente começou a se dar bem com a Mira. Eles ainda discutem, mas agora é aquela briguinha de casal apaixonado!

— Já fizemos a mistura. Vai lá dar apoio emocional para eles! — sugeriu o pai de Kay.

— Boa ideia. Volto à noite! — respondeu a mãe, animada, antes de sair.

— Faça isso dar certo. A pequena Mira é uma boa pessoa.

— Pode deixar comigo! — respondeu a mãe de Kay, confiante.

O vídeo mudou novamente. Agora, a mãe de Kay estava na porta da casa de Rem.

— "Não deve ter problema gravar isso para mostrar ao meu marido, né? Qualquer coisa, eu apago." — murmurou, ligando uma pequena câmera escondida em sua pulseira.

Ela tocou a campainha. Rem atendeu quase instantaneamente.

— Sentiu o faro? — perguntou Rem.

— Senti! — respondeu a mãe de Kay.

— Entre! — convidou Rem, abrindo passagem.

— Obrigada por me receber! — disse a mãe de Kay, entrando na casa com um sorriso caloroso.

— Eles estão lá em cima? — perguntou a mãe de Kay, curiosa.

— Sim, estão jogando joguinhos. Pensei em chamar a Mira para fazer café, mas é melhor deixá-los se divertir um pouco. — respondeu Rem, rindo.

A mãe de Kay deixou uma cesta com doces e outras guloseimas sobre a mesa da sala. Por um instante, as duas trocaram um olhar cúmplice e, como duas crianças planejando uma travessura, começaram a andar na ponta dos pés até a porta do quarto de Mira. Lá, ficaram quietas, escutando a conversa animada do lado de dentro.

— Ganhei de novo! — exclamou Kay, com um tom de provocação.

— O controle tava ruim! O controle tava ruim! Você tá com o melhor, troca comigo dessa vez! — reclamou Mira, irritada e ao mesmo tempo eufórica.

— Desculpa de perdedora. Os controles estão em perfeitas condições! — respondeu Kay, com um ar de superioridade.

— Eu não quero mais jogar também! — disparou Mira, irritada, provavelmente cruzando os braços.

Rem e a mãe de Kay recuaram silenciosamente, segurando o riso enquanto sussurravam entre si. Mas antes que pudessem se afastar muito, a porta do quarto se abriu bruscamente, e Mira apareceu com uma expressão de falsa indignação.

— Estávamos indo chamar vocês agora. Olha quem veio nos visitar! — disse Rem, apontando para a mãe de Kay.

— Espero que meu filho não esteja dando trabalho para vocês! — disse a mãe de Kay, com um sorriso amistoso.

— Tia! Ele tá jogando, então a boca dele se mantém fechada. Não tá dando trabalho nenhum! — respondeu Mira, com um tom levemente sarcástico.

— Fico feliz em ouvir que estão se dando bem! — disse a mãe de Kay, sincera.

— Não é assim também! Eu só fiz companhia porque o jogo era de duas pessoas! — rebateu Mira, tentando disfarçar o fato de que estava gostando da presença de Kay.

A mãe de Kay sorriu de canto, percebendo a dinâmica entre os dois.

— Sua mãe trouxe alguns docinhos. Vai lá fazer um café para a gente! — pediu Rem, lançando um olhar intencional para Mira.

— Por que eu? — protestou Mira, cruzando os braços.

— Porque o seu café é melhor que o nosso. Faz esse favor, vai. Ela também trouxe aqueles docinhos que você adora. — disse Rem, com um tom de voz que misturava carinho e chantagem.

— Isso é chantagem! — reclamou Mira, revirando os olhos antes de se afastar em direção à cozinha.

Rem e a mãe de Kay trocaram um sorriso conspiratório e, em seguida, entraram no quarto de Mira, onde Kay ainda estava sentado na cama com o controle na mão, confuso com a movimentação.

— Por que não entraram antes? — perguntou Kay, franzindo o cenho.

— Percebeu? Esse é meu filho! — disse a mãe dele, com orgulho na voz.

Kay se levantou da cama, deixando o controle de lado.

— Ela ficou com raiva porque não ganhou nenhuma vez! — disse Kay, com um sorriso satisfeito.

— Isso mesmo, garoto! Se pegar leve, aí é que ela vai ficar brava de verdade! — disse Rem, incentivando.

— Pegar leve? Eu não faria isso só porque a Mira é ruim! — respondeu Kay, com uma expressão convencida.

A mãe de Kay arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços.

— Entendo... Está se achando, não é?

Alguns minutos depois, um som de passos apressados e vozes ecoava pelo andar de cima, captado apenas pelo celular de Mira.

— Que barulheira é essa lá em cima?! — disse Mira, da cozinha. — O café está pronto! — completou, gritou mira, chamando-os com impaciência.

A conversa entre as vozes do andar de cima continuava, abafada, mas cheia de gritos.

— Vou só levar a garrafa e os doces lá para cima! — disse Mira, irritada, subindo as escadas com passos firmes.

A cena mudou. Agora, com a imagem ativa, Rem estava jogando contra Kay.

— Esse garoto irritante... Me deixa ganhar uma vez, pelo menos! — reclamou Rem, frustrada, apertando o controle com força.

Kay riu de canto, sem tirar os olhos da tela.

— Não é minha culpa se você é ruim. — provocou ele, com um sorriso debochado.

Rem bufou, largando o controle na cama.

— Toma, sua vez! Mostra para ele como se faz! — disse Rem, entregando o controle para a mãe de Kay.

A mãe de Kay pegou o controle com determinação, o olhar fixo na tela como quem não aceita derrota.

— O que vocês estão fazendo? — perguntou Mira, surgindo na porta com um tom de desdém.

— Jogando, obviamente. — respondeu Rem, sem sequer olhar para trás.

— Eu trouxe o café e os doces. — disse Mira, colocando a bandeja sobre a mesa.

— Obrigada! — agradeceu Rem, piscando para ela.

Kay e a mãe dele estavam tão concentrados no jogo que nem perceberam a chegada da comida.

— Game Over! — apareceu na tela, enquanto o personagem da mãe de Kay era derrotado.

— Perdi de novo! — exclamou ela, largando o controle com frustração.

— Talvez na próxima. — respondeu Kay, com um sorriso de vitória estampado no rosto.

Mira cruzou os braços, encarando-o com irritação.

— Por que você não zoou ela como fez comigo? — perguntou Mira, com a voz carregada de indignação.

— Porque você é pior! — respondeu Kay, sem hesitar.

— Maldito! — gritou Mira, cerrando os punhos.

As mães deles trocaram olhares e sorriram, claramente se divertindo com a interação.

— O que foi? — perguntou Mira, desconfortável ao notar os sorrisos.

— O café da Mira... Eu vou poder provar de novo! Estou tão feliz! — disse a mãe de Kay, animada, quase como uma criança que ganhou um presente inesperado.

— É só um café. Não tem nada de especial. — respondeu Mira, desviando o olhar.

— Nem comenta nada, Kay. — disse a mãe dele, em tom de brincadeira.

— Eu nem ia. — respondeu Kay, fingindo inocência.

De repente, a tela mudou. A imagem do jogo foi substituída por uma visão da floresta.

— Ué? — exclamou Rem, confusa. — Por que não continuou? Estava interessante!

— Olhem para isso. — disse Lavel, apontando para a tela.

— Estamos olhando. É só um coelho, o que tem demais? — perguntou Rem, franzindo a testa.

— Jogamos com os dois um dia antes de ela morrer... Esse coelho é o que o Kay caçou naquele dia. — disse Mira, com a voz carregada de lembranças.

— É verdade. Foi exatamente isso que aconteceu. — confirmou Rem, pensativa.

— Prestem atenção na tela. — disse Lavel, aumentando o tom de seriedade.

Na imagem, o coelho estava parado na floresta, encarando o pé de uma árvore. Lavel deu zoom, revelando algo pequeno e pulsante no chão, próximo ao animal.

— O que é isso? Uma minhoca? — perguntou Mira, inclinando-se para enxergar melhor.

— Uma lombriga? — sugeriu Fernanda, franzindo o rosto em nojo.

— Um parasita. — afirmou Emília, categórica.

— Um ponto para a Emília. Esse ser na frente do coelho é um parasita que nunca foi visto antes. — informou Lavel, com um tom grave.

— Um parasita desconhecido? E o que tem ele? — perguntou Aiko, curiosa.

— Não diga que o coelho vai comer isso... — disse Mira, com um tom preocupado.

No vídeo, o coelho abaixou a cabeça, comeu o parasita e continuou andando pela floresta. A gravação foi acelerada, focando no trajeto do coelho pela vegetação. O dia amanheceu na gravação, e o coelho agora parecia diferente: seus pulos eram mais lentos e ele andava, preferencialmente, pelos arbustos.

— Ele parece estranho. — comentou Emília, observando atentamente.

— O modo como ele se move mudou, e os olhos... estão sem vida. — disse Fernanda, analisando.

— Boa observação. Vou avançar um pouco o vídeo e colocar outra imagem ao lado. — disse Lavel, ajustando as telas.

A gravação continuou. Algumas horas depois, o coelho ainda pulava pelos arbustos. Na outra imagem, Mira aparecia na frente da casa de Kay, conversando com a mãe dele. Kay passou correndo dentro da casa, com um arco e flecha nas costas.

— Para de correr dentro de casa! — gritou a mãe de Kay, sem sequer virar o rosto.

Kay calçou os sapatos apressadamente e saiu pela porta da frente.