Yumi se levantou, virando-se para os soldados:
— Atenção! Quero todos usando os trajes 24 horas por dia. É provável que um monarca venha nos fazer uma visitinha nos próximos dias!
— Um monarca?! — exclamou Nina, assustada.
— Pois é... Parece que existem quatro daqueles malditos espalhados pelo mundo. E vai saber quantos generais! — disse Yumi, apertando a alabarda com força.
— Que interessante... Como conseguiu essa informação? — exclamou uma voz grave, ecoando pelo pátio.
Yumi girou rapidamente, o olhar se estreitando em direção à origem da voz.
— Me dê um tempo! — respondeu ela, já assumindo uma postura de combate.
Nina acenou para os soldados, e todos que já estavam armados seguiram-na até o pátio, formando uma linha defensiva.
No centro do espaço aberto, uma figura colossal aguardava.
— Ainda tem muitos lá dentro... Será apenas vocês? — zombou o ghoul, sua voz reverberando como um trovão.
— Que porra é essa?! Você é bem alto! — disse Yumi, caminhando à frente dos soldados, a expressão cheia de desafio.
— Você é a pessoa conhecida como capitã? — perguntou o ghoul, os olhos brilhando com uma luz sinistra.
— E se eu for? — respondeu Yumi, encarando-o.
— Assim as coisas ficam interessantes... — murmurou ele, com um sorriso cruel.
Yumi ergueu sua alabarda, apontando-a diretamente para a criatura.
— Não faça isso. Aquele que veio antes de mim não está nem perto do meu nível. E esses ferimentos em você parecem recentes... Foi ele quem causou? — perguntou o ghoul, com um tom provocador.
— Está zombando da minha cara? Eu te derroto com um braço amarrado! — retrucou Yumi, a voz cheia de fúria.
O ghoul sorriu, exibindo fileiras de dentes afiados.
— Temos ordens para informá-los que o monarca ordenou que cresçam sua população... Precisamos de algo para nos alimentar. Devorar nossa própria raça já perdeu a graça. O único motivo da minha visita hoje é quebrar as esperanças dos humanos, eliminando sua maior fonte de resistência. Seja você a líder, ou muitos de vocês que se opõem a nós. Eu vou deixar você escolher: ou eu mato você e sua cria, ou todos esses humanos atrás de você.
— Cria? — exclamou Nina, olhando surpresa para Yumi.
"Então eu estou mesmo..." pensou Yumi, sentindo o peso da revelação.
— Vamos lutar em outro lugar. Não quero destruir minha base! — disse ela, tentando manter a calma.
— Vamos com você! — insistiu Nina.
— Não precisa, eu... — começou Yumi, mas foi interrompida.
Um dos tentáculos do ghoul se manifestou e, num piscar de olhos, retraiu.
— O quê?! — exclamaram Yumi e Nina, perplexas.
— Eu avisei que vim aqui para quebrar suas esperanças. — disse o ghoul, sua voz carregada de desprezo.
— Maldito! Por que matou meus soldados?! — gritou Yumi, fervendo de raiva.
— Eu avisei que deveriam aumentar sua população. Por que eu mataria uma pessoa que dará à luz a outro humano? — respondeu ele, com um tom frio e calculado.
— Desgraçado! — gritou Yumi, avançando com sua alabarda.
O ghoul bloqueou o golpe com a mão, sem esforço.
— Sou mais forte do que aquele que veio antes de mim, humana. Daqui a um mês, tomaremos seus reinos e vocês estarão sob o governo do monarca. Recomendo que se reproduzam... Não somos tão pacientes quanto possam imaginar. — disse o ghoul, enquanto empurrava Yumi de volta ao chão com cuidado calculado.
— O que está fazendo, desgraçado? Não ouse me subestimar! — rugiu Yumi, com os olhos ardendo de raiva.
— Eu gostaria de saber como descobriu sobre os quatro monarcas, mas, honestamente, não tenho interesse em vocês. Recomendo que não lutem, pois seria um desperdício eliminar humanos que parecem tão... divertidos.
A criatura se virou, abrindo imensas asas negras, mas antes de partir, lançou uma última provocação:
— Lembre-se disso, humana. Assim como vocês, agora temos um sistema. Acima de nós generais estão os monarcas, e abaixo de nós estão os combatentes que vocês vêm enfrentando há séculos. Se quiser matar um general... Venha com dez como você. Talvez assim consigam me divertir!
Com um forte bater de asas, o ghoul desapareceu no céu, deixando apenas silêncio e devastação no pátio.
— O que vamos fazer? — perguntou Nina, a voz trêmula de preocupação.
Yumi fechou os olhos por um momento, apertando os punhos.
— Ele estava naquela distância, mas só percebi que ele atacou quando já havia matado nossos companheiros atrás de nós. Esse ghoul é forte demais... — disse Yumi, sua voz carregada de pesar.
Virando-se para os soldados, ela respirou fundo e retomou o controle.
— Vamos continuar com o plano. Informem ao reino para aumentar as defesas ao máximo. Se conseguirem, implementem novas tecnologias. Vamos abandonar a dinastia e focar apenas neste reino! Todos estejam preparados. Muitos que enfrentarem os ghouls vão morrer, mas ainda assim, não podemos deixar que eles façam o que quiserem!
— Certo! — responderam os soldados, embora o medo fosse evidente em seus olhos.
Enquanto os soldados se moviam, Nina ficou parada, olhando para Yumi.
"O que vai ser desse país?" pensou Nina, sentindo o peso de uma nova era se aproximar.
Durante o mês que se seguiu, os reinos se mobilizaram rapidamente para reforçar suas defesas contra os ghouls. Fortificações foram erguidas, sistemas de segurança atualizados, e soldados intensificaram seus treinamentos.
No entanto, nem todos seguiram a mesma estratégia. O Primeiro Esquadrão permaneceu apático, sem adotar medidas significativas contra a ameaça crescente. Já a capital real da Sexta Divisão tomou uma direção controversa: ao invés de preparar-se para combater os ghouls, concentrou todos os seus esforços em fortalecer suas defesas contra outros humanos, ignorando completamente a nova ameaça.
Por outro lado, o Instituto e a própria Sexta Divisão uniram forças em um esforço conjunto. Trabalharam incansavelmente para desenvolver tecnologias avançadas e estratégias que aumentassem não apenas a segurança de suas instalações, mas também do reino como um todo. Suas defesas foram projetadas para enfrentar tanto os ghouls quanto possíveis conflitos humanos, uma abordagem estratégica que colocava a sobrevivência acima de disputas políticas.
Alguns dias depois no mes do aviso, já era de tarde e iria escurecer em poucas horas.
— Vários ghouls passaram pelos sensores! — informou Aiko pelo rádio.
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— Em qual região? — exclamou Mira, preocupada.
— Em todas as direções! Parece que há dois ghouls liderando: um no setor frontal e outro na retaguarda da muralha! — respondeu Aiko.
— Todos os soldados que estão ouvindo, atenção! Esta é a formação: Mini Ghoul e mais dois esquadrões, vão para a entrada. Himitsu e outros três esquadrões, sigam para a retaguarda. Foquem nos dois líderes! É possível que sejam generais! — ordenou Mira pelo rádio, sua voz firme e determinada.
— Certo! — responderam os líderes de esquadrão em uníssono.
O ex-capitão se aproximou, observando Mira pegar sua espada.
— Você vai mesmo? — perguntou ele, com um tom de preocupação.
— Eu treinei tanto quanto os outros. Não vou ficar parada. Se este for o dia da nossa morte, que seja lutando! — respondeu Mira, com um brilho decidido no olhar.
— Você me lembra sua mãe quando era mais jovem. Boa sorte, princesa! — disse o ex-capitão, esboçando um leve sorriso.
— Que foi? Está preocupado com a gente? Vamos só ali matar uns ghouls! — brincou Rem, tentando aliviar a tensão.
O ex-capitão riu.
— Preocupado com vocês? A "Terror dos Ghouls" não tem esse título à toa.
— Espere por nós, logo estaremos de volta! — respondeu Rem, entrando no helicóptero com Mira.
Enquanto o helicóptero decolava em direção à entrada da muralha, Ryuji, observando à distância, comentou:
— Foi mesmo a decisão certa deixar a princesa ir com os outros?
— Vamos passar perto da capital. É melhor que ela não tenha que lidar com eles agora. Foi a escolha certa. — respondeu Mira, firme.
— Como vamos proceder quando chegarmos? — perguntou Yan, ajustando seu equipamento.
— O Mini Ghoul e minha mãe vão lidar com o general. Nós e os esquadrões vamos cuidar do restante. Para os ghouls mais distantes, vamos torcer para que as armas da muralha sejam eficazes. Caso contrário, haverá muitas baixas dentro do reino. — explicou Mira.
— Então precisamos ser rápidos. — disse Yan, analisando o terreno pelo visor.
— Sim, mas nosso foco principal são os maiores obstáculos. — completou Mira.
Os helicópteros sobrevoavam o reino, cortando os céus rumo à entrada. Yan, observando pela janela, franziu o cenho ao ver as imponentes muralhas ao redor da capital.
— A capital realmente ergueu muralhas ao redor... Bando de covardes! — disse ele, com desprezo.
— Esqueça eles! Não é o nosso problema agora. — respondeu Mira, cortante.
Yan olhou novamente pela janela, seus olhos estreitando.
— É melhor repensar isso. — disse ele, abrindo a porta lateral e assumindo a metralhadora acoplada no helicóptero.
De repente, disparos ecoaram. Tiros vinham da capital, direcionados ao helicóptero. Antes que pudessem reagir, Mini Ghoul avançou, posicionando-se na frente do helicóptero para bloquear os projéteis.
— Helicópteros da guarda real estão se aproximando! Como proceder? — gritou Yan.
— Cuidado com o Mini Ghoul! Diferente dos guardas, nossas balas são feitas de noxium! — alertou Mira.
— Certo! — respondeu Yan, começando a disparar contra os guardas.
Enquanto isso, fora das muralhas, o general ghoul liderava seu exército.
— São disparos? — perguntou o general, intrigado.
— Ainda estamos longe, por que eles já estão atirando? — questionou outro ghoul, confuso.
— Não sei... Vamos mais rápido! — rugiu o general, manifestando suas asas e alçando voo. Os ghouls ao redor o seguiram, formando uma onda negra no céu.
Dentro das muralhas, o helicóptero subia rapidamente, tentando evitar os disparos vindos da capital.
— Mais inimigos estão vindo! — gritou Yan.
— Meu esquadrão! Malditos! — rugiu Ryuji, cerrando os punhos ao ver um dos helicópteros aliados ser derrubado.
— Perdemos um dos nossos! Droga! — disse Yan, sua voz transbordando frustração.
Mira se aproximou da porta aberta, observando os helicópteros da guarda real.
— Mini Ghoul, cuide deles! — ordenou Mira, sua voz carregada de autoridade.
— Tá! — respondeu Mini Ghoul, avançando contra os helicópteros inimigos.
— Os ghouls estão se aproximando mais rápido! Acho que foram atraídos pelos disparos! Estão no nosso campo de visão! — avisou Aiko pelo rádio.
— Tivemos um obstáculo, mas já foi eliminado. Estamos nos aproximando da entrada! — disse Mira pelo rádio.
— Boa sorte! — respondeu Aiko pelo rádio.
— É a primeira vez que vou entrar em combate usando minha máscara. Estou animada! — disse Rem, ajustando a máscara no rosto.
— Leve isso a sério! — rebateu Mira, com um tom firme.
— Eu estou levando! — retrucou Rem, em tom divertido.
Os helicópteros atravessaram a muralha e pousaram do lado de fora, longe do alcance dos humanos. As hélices reduziram a rotação, e o som diminuiu gradualmente.
— Melhor que sejam destruídos pelos ghouls do que pelos humanos! — disse Yan, descendo do helicóptero.
— É verdade... — concordou Mira, enquanto ajustava sua espada.
As hélices pararam completamente. Os soldados desceram em movimentos coordenados, formando uma linha de defesa a alguns metros à frente dos helicópteros.
No horizonte, os ghouls avançavam, suas silhuetas grotescas ficando cada vez mais nítidas. Eles pousaram no chão a uma distância considerável, cercando os soldados. A atmosfera ficou tensa.
— Cercaram completamente a muralha... Isso vai ser um saco! — disse Rem, caminhando alguns passos à frente, a espada na mão.
— Vamos confiar no Instituto! — respondeu Mira, com determinação. — O Kay disse que devíamos demorar para mudar de posição. Então vamos acabar com eles rápido e rir disso depois!
— Aqueles bichos feios ali não são problema! — declarou Rem, soltando uma risada provocadora.
— Ativar... — começou Mira, erguendo a espada.
— Quebra de limite! — completaram os soldados em uníssono, suas vozes ecoando como trovões.
Um dos ghouls à frente gargalhou de forma macabra e avançou alguns passos. Seu olhar sombrio parecia analisar os humanos com desdém.
— Conseguimos ouvir vocês. Estão fazendo isso de propósito? — zombou o ghoul.
— Sabemos disso, bicho feio! — retrucou Rem, sem hesitar.
— Vieram para lutar? Então parem de falar e venham me atacar! — provocou Mira, posicionando-se.
— Eu queria mesmo testar minha força... — disse o ghoul, abrindo um sorriso maligno. Suas asas se transformaram em tentáculos grotescos, enquanto outros dois tentáculos se manifestaram de suas costas.
— Vamos acabar com ele! — disse Mira, começando a correr.
Rem já avançava ao lado dela, empunhando sua espada com ferocidade. O ghoul observava as duas com um olhar sombrio, antes de se lançar na direção delas.
— Tenta me acompanhar! — disse Rem, com um sorriso desafiador.
— Tá! — respondeu Mira, firme.
Rem e Mira avançavam lado a lado, suas espadas brilhando sob a luz fraca que atravessava o céu carregado. O ghoul à frente permanecia imóvel, observando-as com seus olhos inumanos. Quando elas se aproximaram do alcance de seus tentáculos, ele finalmente falou com uma voz profunda e carregada de desprezo:
— Vocês duas... não são nosso alvo!
Antes que pudessem responder, o ghoul bateu um de seus tentáculos no chão com força colossal. O impacto levantou uma nuvem espessa de poeira e pedras, ofuscando momentaneamente a visão das duas guerreiras.
— Não vai passar! — gritou Mira, correndo em direção ao ghoul, posicionando-se em seu caminho.
Rem acompanhou a investida, movendo-se rapidamente para bloquear o avanço da criatura. Quando elas se colocaram à frente dele, o ghoul parou abruptamente, erguendo um dos tentáculos para o alto, como se preparasse um ataque.
— Suas tolas... — disse o ghoul, com um tom divertido. — Vocês querem morrer tão desesperadamente? Muito bem. Mas ouçam isso: não temos permissão para matá-las... — Ele sorriu de forma macabra. — ...mas eu posso feri-las.
O ghoul avançou em um piscar de olhos, seus tentáculos varrendo o chão e o ar ao mesmo tempo. Rem deu um salto para trás, desviando do ataque rasteiro que levantou outra onda de poeira. Mira, mais à frente, bloqueou um tentáculo com sua espada, o impacto tão forte que seus pés afundaram no chão.
— Até que você é rapido! — gritou Rem, desviando por pouco de outro golpe, que deixou um sulco profundo no solo.
O ghoul não dava trégua, seus ataques vindo de todas as direções, como se tivesse dezenas de braços. Rem, com sua agilidade, usava saltos precisos para evitar os golpes, enquanto Mira bloqueava com precisão, cada golpe ecoando pelo campo como trovões.
— É só isso que têm? — zombou o ghoul, investindo com ainda mais ferocidade.
Um tentáculo disparou em direção ao peito de Mira, que se abaixou no último segundo, deslizando pelo chão e tentando um corte ascendente. O ghoul recuou rapidamente, desviando do ataque e contra-atacando com dois tentáculos ao mesmo tempo.
Rem aproveitou o momento para atacar de lado, sua lâmina cortando o ar com precisão. O ghoul, no entanto, girou, usando um dos tentáculos como escudo. O impacto foi forte o suficiente para jogá-la alguns metros para trás.
— Maldito! — gritou Mira, irritada.
— Espera! — disse Rem, correndo para o lado de Mira.
As duas se posicionaram lado a lado novamente, seus olhos fixos na criatura.
— Maldito! — gritou Mira, levantando-se rapidamente e segurando sua espada com força renovada.
— Espera! — disse Rem, correndo para o lado de Mira, o olhar atento ao movimento dos tentáculos da criatura.
As duas se posicionaram lado a lado novamente, seus olhos fixos no ghoul. Ao fundo, o som de espadas chocando-se contra garras e gritos de batalha ecoava: os outros soldados estavam enfrentando os ghouls restantes.
— Tem uma coisa muito errada aqui! — murmurou Rem, com o tom mais sério do que de costume.
— Errada? — exclamou Mira, sem desviar o olhar da criatura.
— Você lembra o que a Aiko disse? Que o Mini Ghoul estava quase no mesmo nível de um general? — disse Rem, sem desviar o olhar da criatura.
Mira piscou, surpresa, e então entendeu a implicação.
— Já entendi! Agora que você falou... esse ghoul aqui parece mais fraco que o Mini Ghoul. Ele é ágil, mas não está lutando com a mesma intensidade. Se ele fosse mesmo um general, deveria ser muito mais forte do que isso! — Seja o que for, precisamos tirá-lo do caminho! — Mira apertou o cabo da espada, o olhar decidido.
— Fica aqui. Eu já entendi como ele luta! disse rem
— Não!. Eu também consigo ver isso. — disse mira
O ghoul, parado à frente delas, os tentáculos ainda se movendo com um som cortante, sorriu sombriamente.
— Conversando no meio da luta? Vocês humanas são mesmo confiantes. Vamos ver até onde essa confiança vai! — disse ele, avançando com velocidade ainda maior, seus tentáculos chicoteando o chão e o ar em direção às duas.
— Então, deixo com você! — disse Rem, fincando a espada no chão ao lado dela, o sorriso confiante contrastando com o caos ao redor.
— O quê? — exclamou Mira, surpresa, virando-se rapidamente para encarar Rem.
— Não consegue ver? Vai lá! — respondeu Rem, cruzando os braços e gesticulando levemente com a cabeça em direção ao ghoul que avançava.
Mira hesitou por um instante, mas logo respirou fundo, apertando a empunhadura de sua espada. Seus olhos brilharam com determinação enquanto se posicionava, inclinando-se levemente para a frente. — Certo... Não vou decepcionar.
Ela avançou contra o ghoul, que vinha rapidamente com seus tentáculos cortando o ar. A poeira levantada pelo choque dos golpes ao redor dava à cena uma atmosfera sufocante e brutal. Mira manteve seu olhar fixo no inimigo, seu foco absoluto.
O ghoul, ao perceber sua aproximação, moveu um dos tentáculos na direção dela em um ataque rápido, enquanto outro tentáculo atingia o chão violentamente, levantando uma nuvem densa de poeira ao redor dela.
— Não conseguiu me ouvir? Eu disse que já entendi como você luta! — gritou Mira, desviando com agilidade do primeiro ataque e, em um movimento preciso e veloz, cortando os dois tentáculos que avançavam.
O ghoul rugiu de dor e frustração, recuando instintivamente para recuperar a visão na nuvem de poeira que ele mesmo criara.
— Eu previ isso! — disse Mira, já esperando no exato local para onde o ghoul iria recuar. Antes que ele pudesse reagir, ela deslizou habilmente pelo solo e cortou as pernas dele com dois golpes certeiros.
O monstro caiu ao chão com um grito de agonia, sua postura antes dominante agora completamente arruinada.
— Nada mal! — comentou Rem, observando de longe com um sorriso de aprovação.
— Humana maldita! — gritou o ghoul, a voz carregada de ódio enquanto, mesmo debilitado, tentava atacá-la novamente com seus tentáculos restantes.
— É o seu fim! — declarou Mira, desviando dos ataques com facilidade antes de desferir golpes rápidos e precisos, cortando os dois últimos tentáculos e, por fim, o pescoço do ghoul em um movimento final limpo e letal.
O corpo do ghoul tombou sem vida no chão, marcando a vitória de Mira contra o adversário. Ela ficou parada por um momento, respirando fundo, sentindo a adrenalina ainda percorrer seu corpo.
— Aqui já acabou. E quanto aos outros? — pensou Rem, desviando o olhar para os soldados que ainda enfrentavam os outros ghouls.
— Eles estão dando conta. Treinar contra o Mini Ghoul e contra a Himitsu dia após dia deu resultado! — respondeu Mira, limpando o suor da testa com um leve sorriso de satisfação enquanto observava os soldados ao longe rechaçando os inimigos com coragem.
— Falando no Mini Ghoul, ele não apareceu depois que foi destruir os helicópteros! — disse Rem, franzindo o cenho.
— Tem razão... Onde ele se meteu? — respondeu Mira, visivelmente preocupada, seus olhos varrendo o campo de batalha como se esperasse encontrá-lo ali.
— Pessoal, cuidem desses ghouls! Nós vamos para o outro lado! — gritou Rem para os soldados.
Ryuji, ouvindo isso, ergueu sua espada após derrotar mais um inimigo. — Elas já acabaram? Impressionante!
— Agora é diferente, esses ghouls já nem parecem mais uma ameaça! — completou Yan, um sorriso confiante no rosto enquanto desferia outro golpe.
— Vamos cuidar desses! Podem ir! — gritou Ryuji em direção a Mira e Rem, fazendo um gesto de aprovação.
— Precisamos de um piloto! — gritou Rem, acenando com a mão enquanto olhava ao redor.
— Eu vou com vocês! — respondeu um piloto que, até então, estava lutando no chão, correndo em direção a elas.
— Fica com esse aí! — disse Rem, apontando para o corpo do ghoul derrotado por Mira. — Toque nele e vamos embora!
Mira tocou no ghoul e, em poucos segundos, o traje dela parou de soltar fumaça, estabilizando.
— É nessas horas que ter asas seria melhor do que tentáculos! — comentou Mira, com um sorriso cansado.
— Seria mais rápido chegar lá, mas não podemos reclamar! — disse Rem, rindo levemente.
— Eu levo vocês! — disse o piloto, finalmente alcançando o helicóptero.
— Só não perde a visão com tanta fumaça! — brincou Rem, com um sorriso provocador.
— Vou deixar as janelas abertas! — retrucou o piloto, rindo.
— Eu só estava brincando! Meu traje também está soltando muita fumaça! — respondeu Rem, gargalhando.
— Bora! — disse Mira, determinada.
Elas subiram no helicóptero, prontas para partir, mas, antes que decolassem, a voz de Aiko surgiu no rádio.
— Não vão! — disse Aiko, sua voz soando alarmada.