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XIII - PACTO COM O DIABO AMARELO

— Acordem, equipe, nós já estamos no território do quarto país. Não quero que vejam essas caras cansadas.

Eva se levanta um pouco cansada e logo se levanta para escutar Alexander, ele olha com uma cara feia para Eva, mas ela ignora.

— Kaiki já foi redirecionado para a ala hospitalar. Como as barreiras daqui estão destruídas, conseguimos adentrar facilmente e, com um pouco de dificuldade, pousamos em uma área afastada. Estamos no subterrâneo. Como eu já havia dito antes, Raviel está de guarda no hospital.

Todos olham para as janelas e notam que estão mesmo no subterrâneo, Eva não consegue nem mesmo imaginar como o avião adentrou nesse lugar.

— Se aprontem, que eu estarei os esperando lá fora.

Eva sorri ao notar que Calisto e Lilih estão se maquiando, ou algo do tipo. Fillipa se junta a elas, dividindo um batom. Ryan sai junto com Draco, Arthur e Selena, mas Eva fica parada olhando para sua bolsa. Ela tira o sobretudo de seu pai de sua bolsa e o veste. Ele tem algumas partes remendadas nas costas, mas ainda é um lindo sobretudo marrom. Está um pouco surrado, demonstrando as aventuras passadas do seu antigo dono. Ela pega a espada de sua bolsa e prende na lateral de sua cintura; ela a admira mas tenta não olhar muito para a sua lamina, ela coloca sua mochila nas costas.

Lilih e Calisto observam um tanto maravilhadas. Na verdade, ela se parece com o general por se vestir assim. Elas permaneceram quietas, mas ainda assim terminaram o que estavam fazendo e saíram do avião, as quatro juntas.

— Achei que iriam ficar lá dentro para sempre.

Alone diz sorrindo, enquanto Alexander está à frente, falando com um guerreiro imponente e forte. Seus cabelos são roxos em um tom escuro, sua pele é negra e seu corpo é totalmente robusto, seu olho esquerdo... Eva sente uma agonia só de olhar. Todos se aproximam e Alexander pede para que se curvem, mas os olhos do guerreiro não saem de Eva e ele parece incomodado.

— Não é necessário, general. Na situação em que estamos... Eu quem deveria me curvar diante do sexto país por nos fornecer ajuda.

Alexander lhe concede mais um aperto de mão e o traz para perto, dizendo:

— Espero que a guerra seja vencida pelo tão forte general. As lendas sobre você são lendárias, assim como sua espada.

O guerreiro olha para a espada nas costas de Alexandre enquanto diz essas palavras. Alexander se sente honrado, mas os olhos do general novamente vagam por todos até parar em Eva.

— Eu não sabia que ele estava aqui...

Alexander parece sem entender ao ver que o homem à sua frente estava tão espantado. O guerreiro vai até Eva e a abraça. Todos olham um tanto confuso e chocados.

— Eu nunca imaginei que veria Hidden na minha frente, assim como meu pai. Estamos salvos!

Eva antes estava encolhida mas dessa vez ela se arruma a postura e olha um pouco perplexa, mas entendendo a confusão.

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— Está se confundindo, parceiro. Eu sou filha do mesmo. O general faleceu há 5 anos...

— Sinto muito por isso, senhorita. Eu nunca conheci. Creio que o novo general seja um tanto digno do cargo

— Mas quem seria o senhor?

O homem à sua frente solta uma risada pela confusão de Eva.

— Eu sou Yellow Ignis Taylor, o representante deste país, e aquela é a minha irmãzinha.

Ela reaparece atrás dele como uma fagulha de fogo.

— Olá, sexto país. Eu até diria que é uma honra, mas é na verdade uma obrigação de vocês.

Ela olha de canto para Alexander. Todos notam o olhar, mas logo Rebeca se espanta ao ver Eva.

— Quem é essa mulher de sobretudo? Você é um tanto familiar para mim... Chega a ser estranho.

Todos permaneçam quietos, mas Lilih a olha de forma penetrante. Alexander nota uma semelhança assustadora entre Rebeca e Eva. Parece que Rebeca é uma versão menor e mais infantil... talvez até egoísta de Eva. Alexander tenta não viajar tanto nisso, mas deve ser porque o tom de pele de ambas é igual. As pessoas do quarto país têm uma grande parte da população de pessoas negras, o que pode estar ligado ao seu ancestral. Os rostos de ambos são diferentes, mas isso não muda o fato de que se parecerem iguais.

— Rebeca, você poderia se acalmar? Estamos os recepcionando como eu disse que faria. Pois bem... Eles precisam chegar até seus aposentos.

Algumas pessoas chegam até eles e os conduzem até seus quartos. Rebeca se certifica de que tudo dará certo enquanto observa Eva. Yellow então assovia para Alexander, chamando sua atenção. Ele deixa suas coisas com Isaac, que permanece o observando.

— Poderia vir aqui por um momento, Alexander? Tenho algumas coisas para tratar com você.

Ele acena com a cabeça e começa a seguir Yellow. São grandes corredores de um bunker. É admirável para tantas pessoas trabalhando. Muitos guerreiros estão ali, mas não são tão fortes ao olhar de Alexander. Eles entram em uma pequena sala improvisada com mesas e cadeiras. Parece que o lugar está meio sujo, parecendo que não é utilizado há um bom tempo.

— Desculpe-me por essa sala estar assim... Meu palácio foi destruído nessa rebelião e, por enquanto, estamos nesse esconderijo.

— Está tudo bem, Representante Yellow.

— Não é necessário ser tão cordial. Eu o vejo como um igual por sua força. E o que nos diferencia? Um cargo? Eu o chamei aqui para dizer a situação do país e como vamos agir... E ver bem como estão nossos aliados.

— Alguns problemas aconteceram durante a viagem, mas os danos foram bem baixos. O avião está intacto, mas um dos nossos guerreiros está um tanto ferido. Dois guerreiros estarão a menos na equipe por um tempo. Raviel ficou de guarda no hospital por um tempo.

— Isso é um tanto ruim, mas acredito que você irá contornar esse problema, certo? Conto com você, Alexander. E a respeito daqui... As coisas estão críticas. Quanto mais lutas são travadas, mais se perdem nossos civis. Não quero ter que me envolver em um combate, pois meu poder é destrutivo demais e já basta nossa cidade sofrer com essas pestes. Todo o complexo está destruído, tornando-o um campo de batalha. Uma pequena parte dos civis foi transferida para áreas seguras, mas ainda há uma grande maioria próxima ao campo de batalha. Essas criaturas não dormem, não sentem sede ou fome, pois se alimentam de nós. Próximo deles, não somos nada. Todos os dias, vários de nossos guerreiros travam batalhas e o líder do inimigo é tão estrategista e impetuoso. A missão de vocês é nos auxiliar e garantir que não se perca mais território. É uma sorte imensa não haverem infestadores (demônios que transformam pessoas em corruptos). Os demônios costumam fazer um circo de matança e essa é a sua chance... Como são orgulhosos, eu sei que se você desafiar o líder, ele irá enfrentá-lo pessoalmente, e você deve matá-lo. Se as coisas ficarem piores, Rebecca entrará no campo de batalha. Digamos que eu estou ocupado organizando toda essa batalha e administrando esse colapso.

— Eu farei o que estiver ao meu alcance, mas quem seria esse general ao lado dos seres malignos? Tem algum nome em mente?

— Os guerreiros que sobreviveram amputados e rasgados informaram que se tratavam de um antigo inimigo, ou melhor, inimiga: Nefasto Rah, O Crepúsculo Negro.

Os olhos de Alexander se arregalam, mas ele tenta não transparecer isso. Esse maldito nome foi o que o fez nunca querer ter nascido. O Demônio do Crepúsculo e cinco anos atrás giram na cabeça de Alexander.

— Por que esse maldito estaria aqui? Há um tempo atrás, foi ela quem comandou os ataques ao nosso país e também aniquilou vários guerreiros. Foi ela quem matou todos os guerreiros da minha família. Foi esse maldito ataque que ceifou a vida de Hidden.

Alexander parecia calmo, mas por dentro ele queimava em ódio. O mesmo sabia que não valia a pena. Apenas seu objetivo como guerreiro importava e não seu desejo irracional de vingança.

— Essa é a nossa chance de cobrar juros em dobro, Alexander. Não é barato que eles cuspam veneno como víboras em nossos irmãos. Não devemos recuar por haver uma cobra no caminho. É a sua chance de buscar a sua vingança de direito e nos salvar disso.

— Me desculpe, senhor, mas eu não irei morrer por agir de forma idiota por vingança. Tudo o que eu mais quero é focar no objetivo e não me cegar por mágoas do passado.

— Você está certo, Alexander. Você é um tanto admirável, mas palavras bonitas não mudam o coração do homem, quanto mais o dos demônios. Apenas prove que você é tão poderoso quanto dizem. Agora vou resolver outros problemas. A minha equipe irá auxiliar vocês. Apenas volte a me procurar caso tenha sucesso na missão.

Yellow estende sua mão e Alexander a recebe em um aperto de mão. O tratado entre os dois é formado, mesmo que Alexander não tivesse escolha. Algo o incomoda e até mesmo é notável, mas o homem à sua frente, agora sorridente, ignora esse fato. Alexander sai da sala, mas sente o sorriso de Yellow queima enquanto ele está de costas.

“Esses homens poderosos apenas me veem como uma arma que eles atiram para qualquer direção, mas isso de agora, querendo ou não, é mais pessoal do que eu imaginava... Espero que Isaac saiba se controlar... Ele vem melhorando desde aquele dia perturbador”.