— Caros amigos, vocês deveriam se perguntar o porquê de nossa presença inusitada aqui hoje, certo? Há assuntos que precisamos tratar a respeito do nosso país e do seu desenvolvimento... O nosso crescimento é essencial. Muitos de vocês sabem como a guerra entre países foi inevitavel em nossa história... Mas somos mais fortes unidos a nossos irmãos. Esse é o motivo pelo qual os chamei aqui. Os dois guerreiros que estão à nossa frente são Yellow Ignis Taylor e sua irmã, Rebecca Ignis Taylor. Ambos são da família real do quarto país.
— agradeço pela gentileza, senhor Ferrum. Creio que nossos países possam cooperar juntos nesse momento de escassez. Juntos somos mais fortes, como foi dito... Mesmo que os irracionais de outros países não acreditem nisso, a única coisa que importa para eles é o monopólio da soberania. Creio que podemos romper esse pensamento e, juntos, formar alianças. Os ataques de demônios têm sido frequentes em minha capital. A vida tem sido tão extinta que eu não pude evitar de pedir ajuda a Vossa Excelência. Meus esforços são direcionados ao seu dispor, assim como seus também exclusivos ao país do Fogo (quarto país).
Maestro olha um tanto incrédulo pelo seu erro ao confundi-lo com Albert, mas continua com seu sorriso pontual. Seu olhar analisa ambos os guerreiros à sua frente. Yellow é um tanto alto e imponente, sua armadura realça mais ainda isso. Seus cabelos roxos são como os da antiga guerreira de seu povo, cicatrizes em seus olhos destacam sua capacidade. O rei do quarto país está à sua frente... Mesmo com um de seus olhos cegos, ele ainda parece bem perspicaz. Sua irmã é o retrato de como as pessoas descrevem a antiga heroína: cabelos roxos e pele parda, assim como seu irmão. Seus olhos são tão afiados. Ela é uma jovem que emana potencial. Ela é baixinha, mas isso não esconde sua proficiência. Ela usa armaduras como seu irmão.
— Ahã, ahã... Me desculpe, senhor Taylor, mas não sou o guerreiro que carrega o nome de Ferrum. Mesmo não sendo da família real, fui nomeado como representante. Os herdeiros daqui não estavam em uma posição muito adequada para governar... No entanto, estou fazendo tal ato com maestria e honrando nosso povo. Sou conhecido como Maestro, pode me chamar assim.
Yellow então olha um tanto decepcionadp, como se repreendesse a si mesmo.
— Perdoe-me, senhor Maestro. As coisas por aqui são diferentes, então? Hahaha. Imagine que, mesmo com esse detalhe, o país tem estado em boas mãos.
— Sim, está. Ferrum é o diretor de nossa organização e ele tem se esforçado muito para colocar nossos membros na linha. Maestro então aponta para Ferrum de forma cordial e o mesmo abaixa sua cabeça em respeito e se assenta novamente ao seu lugar, enquanto os representantes estão assentados à mesa. O mesmo se questiona se a mão direita do rei é a irmã de Yellow por sua capacidade, mas ela parece jovem demais para isso. Alexander está próximo ao rei, mas não está assentado à mesa, assim como Rebecca.
O olhar de Yellow vaga pela sala e se encontra com Ferrum, que curva a cabeça. Mas algo chamou sua atenção: o guerreiro que está ao lado do Maestro. E se pergunta se aquele é o guerreiro é o mesmo falada por todos os reinos.
— Você? Alexandre, certo? Já ouvi muitas histórias sobre você... Fico feliz em vê-lo em pessoa.
— Obrigado por seu reconhecimento, Alteza.
Rebecca então franze as sobrancelhas e diz em tom de deboche:
— Ficaria feliz em testar a sua força... Subordinado.
Yellow então serra os olhos para sua irmã e a repreende apenas com um simples olhar.
— Yellow, sobre o que o senhor conversou comigo mais cedo... Disse que precisava de alguns reforços. Estamos em uma situação tão complicada em nossa capital. Alguns soldados daqui estão até mesmo indo para lá, mas posso enviar um pequeno grupo de guerreiros competentes para ajudar na sua linhas de frente. Não posso ajudar com muito, mas é tudo que tenho a oferecer no momento. Estaremos unidos e meus subordinados não farão mal aos seus.
Martin, que também esteve na reunião junto com outros superiores, se levanta e vai até seu rei, curvando-se.
— Perdoe-me por minha intromição, meu senhor... Como general, eu sei bem quais guerreiros estão qualificados para essa missão. Eles estão em treinamento e podem ser uma boa experiência para todos.
— E quem seriam os escolhidos? Coloco o seu pescoço na corda caso algo de errado aconteça. Eu conheço seu potencial, general Martin, só você sabe bem quem são os melhores para isso, mas não quero falhas aqui. É como um campo minado toda essa situação em nossos países. Um erro e você perde todo o seu progresso... Mas diga-me, quem são eles?
— Eu recomendo meu antigo grupo... Creio que suas habilidades sejam fortes no combate se combinadas. Eles não são tão fortes, mas são uma equipe perfeita em um caso como esse. O representante dessa equipe poderia ser alguém experiente. Creio que isso ajudaria muito, e sei que o radiante Yellow não se importará, pois não são guerreiros muito perigosos e não representam ameaça.
— Se você diz isso, Martin... Aceito sua recomendação, mas antes preciso de nomes. Diga-me os nomes para eu analisar.
“Kaiki A+, Isaac A, Eva B, Lilih A-, Calisto A.” Cada vez que ele diz os nomes, o Maestro analisa falando “Hum”.
— Creio que realmente seja sua antiga equipe, mas quem é essa nova pessoa? Não me lembro de ter nenhuma Eva e esse seu rank inferior em meio a essas pessoas de futuro... Não está tirando uma com a minha cara, está?
Ferrum se levanta e Maestro o permite dizer enquanto olha um tanto decepcionado.
— Se me permite dizer... Ela é filha de Hidden. A mesma possui sua habilidade poderosa e sabemos que ele foi um dos maiores guerreiros que pisaram por essas terras. O mesmo foi capaz de matar dezenas de demônios sozinho em uma única noite. É por causa dele que esta cidade está em pé até os dias de hoje. Considere sua filha como uma caixa de surpresas. Por fora parece fraca, mas há algo lá dentro que muda tudo isso... A mesma foi capaz de neutralizar um inimigo Rank S- no passado e recentemente venceu Isaac Guerra, que está no rank A... A força da mesma é evidente , só precisa de um incentivo, um empurrãozinho.
Toda vez que nomes fortes são citados, o olhar de Rebeca muda como um gatinho olhando peixes nadando pelo rio... Yellow se sente satisfeito com a opinião de todos e então diz a sua.
— Não vejo problema nas escolhas. Eu mesmo dou uma sugestão... Que tal alguns guerreiros jovens também irem para a nossa Capital? Seria uma oportunidade e tanto de descobrirmos prodígios que ainda não desabrocharam.
Maestro olha um tanto curioso e estende as mãos como se estivesse negociando.
— Iremos fazer um campeonato nos níveis inferiores e jovens para ver quem são os melhores. Os guerreiros escolhidos por Martin serão os responsáveis por selecionar os melhores guerreiros do grau inferior.
Alexander se ajoelha com respeito e diz de forma honrosa.
— Senhor Maestro, eu irei nessa missão... Eu me tornei geral há pouco tempo e representante da equipe, pois Martin estará fora. Creio que meus dias como a Mão do rei estão contados, mas acredito que posso ser o mentor desses guerreiros e os guiar. Sou poderoso, mas não quero usar minhas habilidades para acabar com ninguém... Apenas com os inimigos. Meu irmão mais novo também está na missão e eu quero estar ao lado dele para garantir que nada aconteça de errado.
Yellow olha maravilhado e decide aceitar a ideia. O mesmo até atrapalha Maestro, que ia começar a falar. Ele continua falando de forma eloquente em excitação.
— Não vejo problema na presença de Alexander. É até calmante saber que teremos tal força nos apoiando nessa guerra. Também saber que a filha de alguém poderoso poderá estar lá por nós... Matar demônios em uma noite é um feito e tanto, assim como a guerra entre vocês e o quinto país. Alexander, eu admiro muito que você tenha protegido seu país nesse dia... Matar cinquenta guerreiros sozinho é um grande feito, mas há outras histórias sobre você que são um tanto inimagináveis.
Maestro começa a falar enquanto Yellow divaga com uma ideia. Seu alto astral atrapalha um pouco, mas ele volta a falar, não deixando que isso fique evidente.
— Então está decidido, meu caro Yellow. Já designamos as tropas que irão. Você encontrará os demais quando forem enviados. Estamos terminados aqui.
A sala estava um tanto quieta comparada à última vez que Eva adentrou ao lugar... Todos estão em seus lugares e quietos. É possível ouvir Isaac reclamando de algo para Kaiki. Lilih e Calisto estão cochilando na mesa, e isso demonstra como elas realmente não andam dormindo bem. Passa pela cabeça de Eva que ficar nessas farras um dia vai custar caro. Yuri não está presente como de costume. Depois que soube de sua viagem à capital, que está próxima... Ele mal tem aparecido, e Eva costuma fazer apenas as rondas com ele pela cidade. O mesmo até é mais quieto do que de costume, mas parece estar bem... De qualquer forma ele quer ir mesmo para a capital.
A porta se abre e, então, os pensamentos de Eva são expulsos com uma espécie de susto. A presença que adentra a sala, junto de Martin... Os olhos de Eva se lembram bem desse rosto, Alexander, mas o motivo de Martin estar junto do mesmo não é evidente para Eva.
Martin então vai à frente do quadro e apresenta Alexander. Parece que tem algo a dizer, mas o que mais se destaca é seu semblante risonho, que apenas transmite felicidade e até mesmo parece que ele vai tirar umas férias. Mas ele vai direto ao assunto, finalmente.
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— Como sabem, eu irei viajar para a capital em uma missão e não serei mais o professor de vocês e nem o general. Não quero que fique triste por isso, mas ainda tenho boas notícias... Me tornarei um dos guerreiros influentes no combate contra as criaturas, particularmente a Yuri. O mesmo não está aparecendo às aulas, pois está em seus treinamentos diários e estamos arrumando a papelada toda. Você deveria se perguntar o motivo da visita do Senhor Alexander, certo?
— Desculpe-me pela interrupção, Martin, mas seria melhor que eu explicasse a situação.
Martin aceita a proposta, mas algo além disso chama a atenção... A forma em que Isaac olha para Alexander é diferente dos outros que estão maravilhados, pois o mesmo é um guerreiro excepcional. Lilih o olha um pouco com desdém por causa do que o mesmo fez com Alone, mas isso não a impede de o achar forte. Isaac olha com um olhar um tanto... É uma mistura de raiva, é como se sua mente estava dizendo: “Eu já imaginava”.
— Eu, de agora em diante, me tornarei o líder da equipe e serei o general no lugar de Martin. Espero conseguir ser um bom líder e que vocês contem comigo... Não tenho muito o que dizer, mas vou chegar aonde realmente quero chegar. Fomos designados para uma missão de paz e união com a capital do quarto país. O professor Martin indicou todos vocês para essa missão e todos foram aceitos pelo Maestro, nosso representante supremo. Fui escolhido como o líder de nossa equipe. Não atacaremos nossos possíveis aliados... O que buscamos é uma diplomacia. Iremos provar isso ao dar um suporte em sua capital. Vamos para a capital acabar com as criaturas!!!
— A capital está em um perigo eminente, muitos morrem diariamente. Não sabemos se retornaremos com vida...
Isaac então o interrompeu dizendo.
— Você era a Mão do Rei. Por que diabos está aqui agora como General e líder de equipe? Você não era o tão poderoso guerreiro e foi descartado pelos nobres?
Martin abre a boca para dizer algo, mas é interrompido por Alexander, que volta a dizer:
— Isaac, nós somos todos apenas peões nessa guerra contra demônios. Eu sei que agora faço parte de uma estratégia arriscada, mas depende de nós o resultado, meu caro irmão. Não é resmungando que iremos resolver isso...
O olhar de Alexander continua estável e pronto para continuar a dizer. Parece que ele está acostumado com essa arrogância de Isaac. Os outros estão surpresos por tudo o que ele disse, mas Eva fica mais surpresa ainda ao realmente ver que os dois são irmãos. Isaac é o oposto de Alexander em tudo, mas a personalidade de ambos é até que igual. Entender que os cabelos de Alexander são mais brancos por causa de sua idade e os de Isaac são escuros, é como a penumbra.
— Vocês deverão ser leais a Alexander, pois ele será o líder de vocês a partir de hoje. Caso alguém saia dos trilhos, ele irá repreender, assim como foi ordenado a mim. É uma das forças mais influentes do nosso país. Vocês receberão a hospitalidade do Quarto País. Antes de ir para tal lugar, haverá um treinamento em que nossas autoridades influentes observarão como vocês estão em combate. Vocês foram aceitos por seu representante e até mesmo por Yellow Taylor, representante do Quarto País. Sintam-se honrados por essa oportunidade de aprimorar suas habilidades e lidar com o perigo iminente. Nem sempre essas barreiras estarão de pé para nos proteger e uma guerra entre países pode acontecer a qualquer momento.
Kaiki então solta um vento estridente de seu corpo como uma aura e vai até a frente, dizendo para Alexander de forma animada:
— Eu farei parte da equipe para a missão do Quarto País. Já fui um guerreiro da capital daqui e sei bem como é... Mas infelizmente algo aconteceu e fui afastado. Já estou recuperado o suficiente para voltar ao combate. Eu quero recuperar o meu posto e demonstrar o meu valor.
Kaiki então tira a sua blusa. Os outros ao seu redor estranham sua ação, mas logo veem uma cicatriz em seu peito.
— Foi por causa disso que eu quase morri. Desenvolvi uma fraqueza por causa desse ferimento... Eu estaria morto se não tivesse uma guerreira curandeira por perto. Ela me salvou da morte, mas as fraquezas desenvolvidas ao me curar me fizeram regredir em questão de meu rank... Meu antigo rank era S, mas atualmente me tornei A... O rosto de Kaiki se torna deprimido, mas ele abre um sorriso por estar em uma nova oportunidade.
Eva olhou assustada para aquela marca. “É impressionante que ele esteja vivo. Fica na mesma direção que o seu coração... Mas se ele era Rank S e quase morreu... Me dá calafrios pensar que eu irei para um lugar assim. Mas eu não quero ficar vegetando aqui sem fazer nada. Yuri também vai para o campo de batalha e eu sinto que deveria ir também. Sinto que meu pai ficaria orgulhoso disso e até aqui minhas habilidades me levaram... Eu já não posso ter medo disso. Irei enfrentar meus medos como Alone disse. Nem parece que sou eu a mesma coisa. O que estou me tornando?”.
Isaac se levanta e vai junto de Kaiki, ficando quieto. Seu irmão então sabe de sua escolha, coloca a mão em seu ombro e volta a olhar para as garotas que estão assentadas apenas olhando.
— Lilih, não se sente pronta para mudar ou vai continuar atrasando sua vida até quando?
Lilih dá uma risadinha e vai até Martin, dizendo:
— Eu vou te provar o quão forte eu posso me tornar. Você vai ver Martin. Ela solta uma risada, mas fala baixinho por seu medo de ir para a capital. — Ai ai, onde eu to me metendo.
Martin a recebe como um pai e diz de forma feliz:
— Você fez uma escolha certa, mas ainda tem essas medrosas aí.
Kaiki então volta a dizer, nem mesmo se parece com o que ele falou antes:
— Dessa vez tudo vai ser diferente. Juntos somos mais fortes como equipe. Eu me recuso a ir para o Quarto País sem uma médica excepcional como você, Calisto... Já dá até para imaginar o porquê... Kaiki começa a rir de nervoso. — Mas juntos vamos colocar aqueles demônios no chinelo. Aproveite que vocês têm um antigo estrategista de batalha junto com vocês e ele está aqui tagarelando agora!
Calisto se levanta e vai até Lilih, que a recebe com um abraço. Eva então continua olhando pensativa, mas todos estão esperando. Lilih se mantém quieta, mas espera que sua irmã vá junto dela.
— Se prepare, Alexander, que eu vou te aposentar, viu? Vai estar bem estampado no seu documento de aposentadoria: aposentado por Eva Emi Rosa, a nova General.
Eva vai até os outros que ficam a olhar enquanto Lilih quase a derruba ao chão a abraçando. Então Alexander sorri e diz com superioridade:
— Vai sonhando, Eva. Eu ainda vou ficar aqui trabalhando por muitos anos, mas me prove que você consegue ser melhor.
...
A garota então olha para seus olhos e diz, enquanto o analisa. Uma expressão de tédio e dúvida pode ser vista em seu semblante:
— E então, Isaac? O que está mexendo com você? Me chamou aqui para conversar, mas continua pensativo e nada explicativo. Já dá para ver na sua cara que há algo de errado. Pode falar logo? Quando estou trabalhando, não dá para conversar, e se for para dizer algo, vai ser agora.
Isaac então suspira e olha no fundo dos olhos da garota parada à sua frente. Seus cabelos são loiros, mas as pontas são pintadas com um tom de verde esmeralda. Isso combina perfeitamente com seus olhos verdes. Sua pele é branca e um pouco pálida, mas o que chama a atenção é sua blusa com uma espécie de toca. As cores são verdes escuras e pretas. Já dá para imaginar quem é ela.
— Estou cheio de raiva por algo que aconteceu. Eu e minha equipe fomos designados para uma missão, tanto faz isso aí... Mas você deve pensar que não deixariam por causa do meu problema, certo? Mas eu fui permitido a ir. O Diretor disse que eu só iria se meu irmão estivesse junto. Ele já ia de qualquer forma, mas isso é um tanto chato. Você sabe como eu odeio meu irmão, Smoking... Isso não vai dar certo.
— Acho que você está fissurado demais com coisas envolvidas com trabalho. Você até mesmo está me chamando pelo meu apelido de soldado. Não vejo problema em ter seu irmão por perto, mesmo que você odeie. Ele ainda é seu irmão. Você só está vivo por causa dele. Vai ter que aceitar esse fato.
Isaac se levanta e quase derruba a mesa que ambos estão. Smoking o olhar com um olhar de repreensão.
— Peritron, eu já estou cansado dele sendo idiota comigo! Você não sabe de nada que ele tenha feito. Até mesmo no meu trabalho ele está lá para mudar as coisas. Ele fica lá se achando com aquela espada brilhante!!!
— Você tem muito o que aprender, sabia? Você acabou de ser considerado Rank A e vem cometendo muitos erros. Até o mesmo perdeu para aquele recruta do Médico da Agonia. Você está se deixando levar por seus pensamentos e sentimentos. Se não conseguir controlar isso, acredito que seu problema pode voltar. Tente ignorar o fato de seu irmão estar nessa missão. Ele é o único que você poderá te salvar caso volte para aquele estado de antes. Mesmo que ele te faça mal... Ele ainda te considera como irmão.
...
Isaac, seu filha da puta, de novo com esses surtos para cima de mim!? O mesmo o golpeia com socos no abdômen e o joga para trás.
— Controle suas emoções ou eu vou cortar sua cabeça para colocá-la no lugar.
— Cof, cof, não fui eu que fiz isso! Foi aquilo que me controlou. Me perdoe, irmão...
Alexander fala com raiva, preocupado e irado ao mesmo tempo:
— Isaac, se continuar dessa forma, eu nem sei o que fazer. Às vezes me questiono se você é meu irmão de verdade. Eu te odeio, Isaac. Seu doente filho da puta!!!
Os olhos de Isaac então brilham em um tom de amarelo e ele diz:
— Filho da puta!? Se continuar falando dessa forma, eu vou ter que rasgar essa sua boca imunda!
— Eu já estou cansado dessa sua instabilidade por causa da corrupção! Você é inútil o suficiente para não controlar seus sentimentos? Você se lembra de como nossa família morreu? Como eu tive que ser forte o suficiente para cuidar de um doente como você? Não é à toa que eu matei o que eu era só para cuidar de você!
— Me mate, Alexander!!! Eu não suporto mais ver essa sua cara de desgraçado, não aguento ouvir sua voz
Isaac então começa a mudar seu corpo. Seus braços ganham tons escuros e suas mãos ganham garras. Seus olhos brilham como o escuro absoluto. Terror é o que infunde aos olhos de Alexander. Todo aquele poder que está surgindo à sua frente já foi o terror dele na noite em que perdeu tudo.
Alexander então avança e chega ao mesmo com sua espada brilhante, absorvendo toda a escuridão e convertendo-a em luz. Isaac então cai ao chão sem trevas alguma. Alexander faz com que o processo de corrupção seja estagnado com seu efeito retardador causado pelo poder da espada. Ele o observa caído no chão.
— Se ele continuar tendo esses surtos, não vou conseguir mais salvá-lo. Perdoe-me, irmão. Me desculpe por não conseguir te dar o amor que merece. Mas se eu for dessa forma, eu vou amolecer e perder você. Eu não consegui salvar nossa família dessa corrupção, mas preciso salvar o único que ainda resta, que seja do meu sangue. Entendo que me odeie, mas eu faço isso tudo por amor, por tudo que eu ainda tenho... Por tudo que me resta, apenas resta o meu irmão.
Alexander se lança ao chão ao lado de seu irmão por estar cansado disso tudo.
....
— Acha mesmo que o senhor pode levá-lo nessa missão? Eu não recomendo, mas se é a sua vontade... É a escolha do meu superior. Temo que não posso fazer nada a respeito disso, mas se você diz que ele está bem e sem mudanças repentinas por causa da corrupção, está tudo bem.
— Obrigado, Ferrum. Eu vou estar de olho nele, custe o que custar. Aliás, você acha que o Maestro está bolando alguma coisa ao se aliar com o Quarto País? Isso é um tanto estranho, pois o fundador do país tinha uma briga imensa com o nosso país... Eles até eram inimigos e do nada isso muda?
Alexander parece um tanto confuso, mas entende as especulações de Ferrum. Isso o deixa desconfortável, mas ele respira fundo e começa a falar:
— Talvez seja um tratado de diplomacia e de recursos, afinal de contas. Basta uma dificuldade bater na porta para que seu inimigo tente se tornar seu amigo. Espero que isso não esteja errado. Afinal de contas, seríamos muito mais fortes se aliados a outros países.
Alexander solta uma risada ao lembrar de algo:
— Não é à toa que chamamos nosso fundador de Ferrum, o Empalador. Ele empalou mais de 5 mil guerreiros em uma única noite com suas estacas de ferro. Sua irmã, Ignis Taylor, foi derrotada facilmente.
— Me conforta ter o senhor caso uma guerra se inicie. Já basta ter demônios e tudo mais... Acho que as pessoas se desviam se aliar e acabar com todo esse mal no mundo.
— Alexandre... Admiro sua coragem, mas até mesmo o homem é um demônio no campo de batalha. Tudo o que esses governantes mais querem é poder. Cada um querendo defender seu castelinho de cartas. Um movimento em falso e ele cai.
— Entendo tudo o que está sendo dito. Estarei de olho em qualquer coisa suspeita no Quarto País e reportarei para o senhor. Mas antes, Ferrum...
Ferrum olha curioso para Alexander, até mesmo se movimenta em sua cadeira giratória.
— Eu sempre achei que o senhor seria um governante melhor que Maestro. É possível ver a diferença entre um possível Rei e um Ditador... Creio que talvez o senhor alcance esse cargo no futuro.
— As coisas funcionam de formas diferentes. Não sou uma pessoa tão influente no país... Digamos que eu apenas tomo conta dos guerreiros e outros assuntos. Mas ainda estou muito longe de ser alguém influente como as autoridades que estavam naquele dia na reunião... Todas são como luzes apagadas que só brilham quando o Maestro é ofuscado por algo ou alguém. Eles ficam quietos, apenas esperando que sejam usados como cartas secretas.
— Se o senhor diz, agora eu preciso ir resolver alguns assuntos sobre a missão e assinar alguns papéis, agora que sou o general e líder de uma missão importante. Terei que tomar conta de 13 crianças.
Enquanto Alexander se despede, Ferrum fala de dentro da sala:
— Boa sorte, meu caro amigo. Se morrer nessa missão, eu não o perdoarei, certo? Você é um dos poucos que eu me importo.
Alexander responde com um gesto e continua andando. Ele então começa a pensar sobre a missão:
“Me pergunto como será tirar a poeira dos ombros e até mesmo da minha espada... Ninguém nunca foi pareo para ela... A minha boa e velha espada lendária. Me questiono como foi possível que meu avô a forjasse. Uma espada pura e feita de luz. Minha querida irmã era portadora de tamanha espada poderosa. Como ela se adequou a mim e até mesmo com as mesmas habilidades que minha espada mágica. Minha querida irmã... Pena que Isaac não a conheceu. Felizmente, eu herdei as mesmas habilidades que ela.”
Ele tenta abrir a porta de sua casa, mas escuta uma voz diferente vindo de dentro. Ele bateu na porta. Vozes abafadas são ouvidas novamente.
— Isaac, você está esperando por mais alguém?
Passos são ouvidos até que Isaac abre a porta e Alexander adentra, notando a presença de mais alguém.
— Olá, Smoking, ou posso dizer... olá, Peritron. Você está bem, Isaac? Imagino que você esteja ansioso para nossa missão.
Peritron acena com um sorriso, e Isaac o ignora, sorrindo com um sorriso forçado.
- Fala, Alexandre. Ainda trabalhando?
— Eu vim me vestir com meu novo uniforme. Creio que já o entregaram, certo? Preciso ir verificar relatórios sobre a missão. Quanto mais rápido eu resolver, mais tempo de preparo terei para a missão.
— Entregaram sim... Está no seu quarto, irmão.
Alexander nota o olhar estranho de Isaac.
— Nada de errado, certo?
- Eu estou bem...
Peritron tenta aliviar a tensão e começa a tagarelar novamente.
Boa sorte com seu trabalho, Alexander. Hoje é meu dia de folga e eu estava aqui conversando com Isaac sobre a missão. É algo e tanto ser chamado para algo assim... Se ele se esforçar, pode até aumentar sua classificação. — Peritron solta uma risada forçada enquanto diz isso de nervoso.
Alexander suspira, sorrindo um pouco, e vai até seu quarto.
Peritron envolve seu cabelo em um de seus dedos e diz:
— Acho que já estou indo... Boa sorte preparando as coisas aí, Isaac. Até logo amigo.
— Obrigado por tudo... Peritron.