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As Férias de Verão

O professor estava diante da classe, com seu rosto ligeiramente mais relaxado do que de costume. Ele sorriu e bateu palmas uma vez, para chamar nossa atenção.

— Parabéns, turma. Vocês sobreviveram às provas finais — disse ele com uma pitada de humor. — Agora, como todos sabem, as férias de verão estão prestes a começar. Vocês têm muito tempo livre pela frente, mas não se esqueçam do trabalho de casa das férias.

Um leve gemido coletivo percorreu a sala, mas a animação para as férias abafou rapidamente qualquer reclamação.

— Vocês podem aproveitar o verão, mas lembrem-se de dedicar algum tempo aos estudos — continuou o professor. — Quero todos prontos e preparados para o próximo semestre.

Com essas palavras, ele nos dispensou. A sala rapidamente se encheu de conversas animadas sobre planos de verão e atividades emocionantes.

O último dia de provas trouxe consigo uma sensação de alívio e euforia. Finalmente, as férias de verão estavam ao nosso alcance. A escola estava cheia de estudantes animados, discutindo seus planos para as próximas semanas.

— Então, o que você vai fazer nas férias, Shin? — perguntou Seiji enquanto guardávamos nossos materiais nos armários.

— Ainda não sei. Talvez só descansar e jogar um pouco — respondi.

— Eu quero melhorar minhas habilidades no futebol — disse Seiji com determinação. — Talvez consiga convencer meu pai a me levar para um acampamento de treinamento.

— E você, Rintarou? — perguntei.

— Eu vou estudar um pouco mais, mas também quero aproveitar o tempo livre para relaxar e ler alguns livros que estou adiando há meses — respondeu Rintarou, sempre o mais equilibrado de nós.

Enquanto saíamos da escola, avistei Yuki conversando com algumas amigas. Parecia aliviada, mas ainda mantinha a postura séria e focada. Não pude deixar de pensar na conversa que tivemos na biblioteca sobre a pressão familiar. Decidi que durante as férias tentaria me aproximar dela. Talvez pudéssemos nos conhecer melhor e aliviar um pouco daquela tensão que ela carregava.

— Vamos comemorar o fim das provas? — sugeriu Seiji. — Que tal comermos um sorvete?

— Boa ideia — concordou Rintarou. — Acho que todos merecemos um pouco de diversão.

Enquanto caminhávamos para a sorveteria, encontramos alguns colegas de classe. Mai e Akira, que haviam estudado conosco, se juntaram ao grupo.

— Como vocês foram nas provas? — perguntou Mai, tímida mas curiosa.

— Acho que me saí bem — disse Akira, sempre otimista. — E você, Mai?

— Fiz o meu melhor — respondeu ela com um sorriso modesto.

— Tenho certeza de que todos nos saímos bem — disse Rintarou encorajando a todos.

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— E onde está o Takeshi? — perguntou Seiji curioso.

— Ele vai ter aulas de recuperação de Matemática nas férias — respondeu Akira dando de ombros. — Mas ele disse que vai tentar se encontrar com a gente quando puder.

Chegamos à sorveteria, e passamos um bom tempo lá, rindo, conversando e aproveitando o começo das férias. Era bom ver todos relaxados e felizes depois de tanto esforço.

Nos dias seguintes, aproveitei para descansar. Joguei alguns jogos, assisti a alguns animes, e passei tempo com minha família. Minha mãe estava feliz em me ver mais relaxado, e minha irmã, Hana, sempre tinha algo interessante para me mostrar.

Uma manhã, enquanto estava no meu quarto, minha mãe bateu na porta.

— Shin, tem uma carta para você — disse ela entregando-me um envelope.

Abri a carta, e fiquei surpreso ao ver que era um convite para um festival de verão na cidade vizinha. Parecia uma ótima oportunidade para sair de casa e fazer algo diferente do habitual.

— Ei, Seiji, Rintarou! — liguei para eles imediatamente. — Vocês receberam o convite para o festival de verão?

— Sim! — respondeu Seiji, animado. — Vamos juntos?

— Claro! — concordou Rintarou. — Vai ser divertido.

Marcamos de nos encontrar no dia do festival. Dias vem e vão, e quando chegou o momento, estávamos todos prontos e ansiosos. O festival estava cheio de barracas de comida, jogos e atividades tradicionais. Havia uma atmosfera mágica no ar, com lanternas iluminando o local, e música alegre tocando ao fundo.

Enquanto caminhávamos pelo festival, avistei Yuki. Desta vez, ela estava acompanhada de uma mulher mais velha, provavelmente sua mãe. Yuki parecia um pouco tensa, mas sorriu ao me ver.

— Olá, Shin — disse ela acenando.

— Oi, Yuki — respondi acenando de volta. — Você também recebeu um convite?

— Sim! Decidi vir com minha família, mas todos estavam ocupados, menos a minha mãe.

— Ah, entendi. Você está aproveitando o festival? — perguntei.

— Sim, um pouco — respondeu ela, olhando de relance para a mãe. — E você?

— Estou me divertindo com meus amigos — disse, apontando para Seiji e Rintarou.

— Isso é bom. — Ela sorriu, mas pude perceber a tensão em seus olhos.

— Você quer se juntar a nós? — perguntei, sentindo que talvez ela quisesse se afastar um pouco da companhia da mãe.

— Eu gostaria, mas minha mãe prefere que fiquemos juntas — disse ela, com um tom de resignação.

— Entendo — disse, tentando não parecer decepcionado. — Nos vemos por aí, então.

Durante o festival, não pude deixar de notar o quão linda Yuki estava. Parecia ser algo de outro mundo, com o brilho das lanternas realçando sua beleza natural. Aquela visão ficaria gravada em minha mente por muito tempo.

Nos separamos, e continuei aproveitando o festival com meus amigos. Compramos comidas típicas, jogamos alguns jogos e assistimos a uma apresentação de fogos de artifício que encerrou a noite de forma espetacular.

Nos dias seguintes, comecei a pensar mais sobre o futuro. As conversas na biblioteca e o tempo que passei estudando com Yuki e meus amigos me fizeram refletir sobre minhas próprias ambições. Não queria passar o resto da vida sem um objetivo claro.

Um dia, decidi ir à biblioteca para ler e talvez, encontrar Yuki novamente. Para minha surpresa, lá estava ela, como sempre, cercada por livros e profundamente concentrada. Sentei-me em uma mesa próxima e comecei a ler um livro de inglês.

Depois de um tempo, senti uma dúvida surgir em relação ao que estava lendo. Decidi pedir ajuda a Yuki, assim como havia feito antes.

— Yuki, você pode me ajudar com isso? — perguntei, mostrando-lhe o livro.

Ela olhou para cima e sorriu. — Claro, deixe-me ver.

Ela explicou pacientemente, e eu, mais uma vez, fiquei impressionado com seu conhecimento.

— Obrigado, Yuki. Você realmente é incrível nisso.

— Obrigada — respondeu ela, um pouco tímida.

Continuamos estudando em silêncio, mas havia uma nova compreensão entre nós. Sentia que estava começando a conhecer a verdadeira Yuki, e isso me motivava a tentar ser uma pessoa melhor.

As férias de verão estavam apenas começando, e eu tinha a sensação de que seriam muito mais significativas do que eu havia imaginado. Além das festas e do descanso, havia um novo sentimento de propósito surgindo em mim, algo que talvez me ajudasse a encontrar meu caminho no futuro.