Nome: Sacramento do Rei Imortal
Classe: Artefato
Descrição:
O Sacramento do Rei Imortal é uma obra-prima, composta por um longo cetro forjado em ouro maciço; cada centímetro é meticulosamente adornado, conferindo ao cetro uma presença majestosa.
Possuindo runas vampíricas esculpidas que retratam uma história de ascensão, queda e morte, culminando em uma ponta circular oca cravejada de dez espinhos, posicionados de maneira constante e simétrica. No coração do círculo abriga um pequeno orbe que parece uma mistura de olho e coração feito de luz vermelha intensa que parece queimar como fogo. Fios de luz, como veias, conectam cada espinho ao orbe, formando uma rede de energia pulsante.
Aqueles que se aproximam do cetro podem sentir sua pulsação, como um segundo coração batendo em sintonia com o seu. Ao tocar a superfície quente e gravada do cetro, uma sensação indescritível se espalha pelas mãos, uma mistura de vida e opressão. Uma densidade se instala, como se o próprio mundo tivesse parado e aguardasse a decisão daquele que interagiu com o cetro.
Os olhos são inevitavelmente atraídos para o orbe de luz no centro do cetro. Um sussurro inaudível parece ecoar do próprio brilho, insinuando vislumbres do que está por vir, caso alguém ousasse aceitar a proposta do artefato.
O Sacramento do Rei Imortal não é meramente um objeto físico, mas uma entidade viva por si só.
Limitações:
O Sacramento do Rei Imortal só pode ser ativado mediante a livre e espontânea vontade de quem quiser se submeter a ele.
Habilidade:
Imortalidade:
Aqueles agraciados com o Sacramento do Rei Imortal ganham uma forma singular de imortalidade. Quando submetidos a qualquer forma dano, seu ser será restaurado instantaneamente ao ápice de sua existência, emergindo íntegros e renovados.
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Efeitos colaterais:
Agonia:
A dor, independentemente de sua escala, desde a mais tênue até a mais extrema, permanecerá sempre presente. Mesmo após a cura, os portadores continuam a sentir a dor que acompanha cada ferida, como um eco que nunca enfraquece.
Nunca morto:
Mesmo se o Sacramento do Rei Imortal for destruído, a verdadeira morte permanecerá inalcançável para aqueles que o empunharam, você nunca apodera estar verdadeiramente morto, seu corpo pode morrer, mas você não, seu corpo pode apodrecer e se desfazer, mas você não. Você sentira tudo a todo instante, mesmo que você não possa se mover, mesmo quando não restar nada de você, a morte jamais poderá o reivindicar.
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O Traidor
Eu estava em um objeto imóvel, e a intensidade da resistência se amplificou: primeiro foi sutil, depois aguçada, depois agoniante.
Não consigo descrever completamente, mas imagine prender sua respiração além da tentação, acima da dor, ultrapassando o desespero, com a cabeça se debatendo e olhos saltando como um sonho de sufocamento sem fim.
Minha pele secava e rachava na luz do sol; insetos famintos desceram rapidamente. Senti ovos chocarem, larvas se arrastarem, gases surgindo e estourando dentro de mim, cada célula se rompendo, fluidos intersticiais se azedando e apodrecendo.
De alguma forma, minha capacidade de experienciar e armazenar essas sensações crescia e se expandia, mesmo que eu estivesse amplamente ciente do meu cerebelo sendo despedaçado e devorado. Minha percepção se expandiu, até as gargantas dos pássaros e as profundezas dos formigueiros.
Eu senti cada unha e fio de cabelo sendo tirados de mim pelo vento, e meus sentidos se prenderam a eles conforme afundavam no oceano e eram dissolvidos e comidos.
Eu não entendia, quanto mais pedaços de mim haviam, maior minha capacidade de sentir a dor.
Conforme eu sentia sendo destruído em pedaços menores do que nervos vivos conseguissem perceber, o caráter da dor mudou de ardor à agonia à destruição, que posso traduzir em termos humanos para algo pior que sou incapaz de articular: uma terrível, e enlouquecedora extensão de cada parte de mim de todas outras partes.
As pessoas deveriam se tornar dormentes às dores crônicas da vida, não é? Não é mesmo?
Mesmo assim, a cada ano, cada mês, cada segundo que se passava, a dor só se intensificava com o tempo. Eu nunca deveria ter ido atrás daquele maldito artefato.