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7: jogos de palavras

Capítulo 7: Jogos de palavras, estratégias desonestas, e uma ‘garota’ racista que acha que não é racista.

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— Meias verdades e mentiras bem elaboradas são as brincadeiras dos adultos.

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A realidade é decepcionante, principalmente para as pessoas que não tem nenhuma característica marcante; não é atoa que a maioria dos protagonistas são parecidos em personalidade e aparência — é para fazer os leitores se identificarem com ele. Desse jeito, é mais fácil de se inserir no mundo de um mangá ou webnovel e sentir como se estivesse na pele do protagonista.

Ao meu ver, em um mundo como a terra, e com o surgimento das redes sociais, a autoestima tem diminuído cada vez mais, e o ego, aumentando e a substituindo.

As pessoas sempre pensam que merecem mais; que o mundo nunca lhes provê o suficiente; todavia, a maioria das pessoas merecem estar onde estão.

Claro, eu tenho certeza que mereço mais do que as pessoas ao meu redor, mas diferente delas, eu realmente mereço mais do que tenho e não estou acreditando em nenhuma ilusão.

Diferente deles, eu nasci para estar entre aqueles que governam o mundo; não para ser governada. Se for para ser governada, que seja por mim mesma. Isso é um fato, pois na minha vida passada na terra, sofri bastante e não ganhei o que de fato merecia, e por isso o mundo deveria me recompensar. E como eu mereço, me tornei parte da família real de um dos reinos mais poderoso do mundo do qual reencarnei.

Se alguém ouvisse isso, se impressionaria com minha grandeza; não por causa de minha excelente habilidade de narração, e sim porque eu sou como uma estrela! Lembro-me com exatidão do tempo onde eu detinha a glória — e ainda a tenho, mas não tanta quanto outrora. Todavia, o meu reino entrou em colapso graças a um traidor: Joel Yuki, que traiu meu pai em um momento decisivo e se juntou ao reino inimigo.

Para contextualizar: o meu reino já estava em uma situação crítica por estar em uma guerra de 5 anos contra o reino de Hier.

Apesar do principal motivo ser aquisição de novas terras, tal guerra ocorreu principalmente por causa das diferenças raciais entre a minha espécie e os elfos.

A guerra não tinha um ganhador definido, e isso durou por 5 anos até meu império perder por causa da traição de Joel Yuki.

Sinceramente, não posso evitar chamar os governantes elfos de hipócritas; fazem de uma espécie inteira inimiga, e criam uma desculpa para acolher aqueles que traem essas mesma espécie, os chamando de “bons Rutes”.

É um resultado previsível; se na terra normal, as pessoas odiavam umas as outras por causa da cor da pele, em um mundo onde existem várias espécies de seres que conseguem pensar, isso só iria se intensificar.

Resumindo, o que os elfos fizeram com a reputação da minha espécie é semelhante aos que os nazistas fizeram com os judeus.

The author's narrative has been misappropriated; report any instances of this story on Amazon.

Bom, os elfos não usaram câmaras de gás, mas provavelmente escravizaram a maior parte da minha espécie; eu não vivi o suficiente para ver mais, então não sei ao certo.

Sinceramente, acho que isso foi puro preconceito por parte do meu povo e dos elfos. Os elfos e a minha espécie eram as mais poderosas por terem maior reserva de néctar, mana e qi; tanto a minha espécie quanto a dos elfos éramos superiores às outras espécie daquele planeta, e devíamos governar juntos.

Sei que pode parecer um pouco preconceituoso, mas é a verdade: nós éramos os mais fortes. O que diferencia dois humanos de um leão e um urso, é que os humanos podem governar de forma pacífica, mesmo que tenham dois no poder. Para fazer mais sentido, troquei a palavra humanos por elfos e Rutes.

Enfim, eu, para não me tornar uma relé escrava, usei o dinheiro que me restou e contratei magos e feiticeiros para tentar me teleportar para outra dimensão. Infelizmente, não consegui realizar isso, porque soldados inimigos invadiram o local onde o ritual estava sendo realizado, interrompendo tudo.

Eu lutei contra eles, e perdi minha vida no processo.

No pós-morte, conversei com uma deusa, que me ofereceu duas propostas:

‘morte, ou uma reencarnação misteriosa?’

‘Explique a última opção’

‘Apesar de você não saber no que vai reencarnar, suas memórias e capacidade mental continuaram intactas!’

‘Eu quero reencarnar.’

Depois dessa breve conversa, a deusa me reencarnou… em um amuleto! De um governante do mundo, para um mero amuleto. Existe humilhação maior?

Apesar de ser a única opção que garantia minha sobrevivência, transferir minha alma para o amuleto custou um preço alto; eu não conseguiria mais absorver nem criar néctar ou magia, teria que sobreviver com minha reserva de mana original até ela inevitavelmente acabar, e se eu quiser viver por mais tempo, tenho que ter um hospedeiro para me alimentar com sua mana, senão eu vou morrer.

Atualmente, tenho duas principais preocupações: uma, é que estou a um fio de morrer, e se não fosse a minha reserva de mana que eu acumulei durante toda a minha vida, eu não existiria mais.

A segunda… é um pouco preocupante… admito, é muito preocupante!! A minha reserva de mana chegará ao fim em 5 horas!

De qualquer forma, minha prioridade agora é convencer esta capivara mutante a me levar com ela.

Já que ela ou ele (não sei exatamente o gênero desse bicho, afinal, há casos onde uma mulher tem uma voz masculina. Bom, provavelmente é macho graças a essas… coisas penduradas entre as pernas, mas é um ser de outro mundo, e até mesmo na terra, haviam algumas fêmeas, como hienas, que tinham pênis) sabe falar, provavelmente possui pensamento verbal e consegue pensar sobre a própria existência. É provável que ele deseje ser muito mais do que uma mera capivara.

Em uma analogia simples, a capivara é como um hikikomori, e eu, a deusa que presenteará ela com uma nova vida e realizará suas fantasias.

Qualquer proposta que parece minimamente melhor do que agora, ela irá aceitar!

“Sua proposta despertou meu interesse. Mas antes de qualquer coisa, posso realizar uma pergunta?"

Quase sorrir de satisfação; esse ser inferior está nas minhas mãos!

“Qualquer pergunta que você faça, eu irei responder!”

“Como posso saber se o que você disse é verdade? Por que eu confiaria em você?”

Após ouvir esta frases, eu comecei a suar frio.

“Olha… olha, não consegue ver a minha aura? Além do mais, só de me ver, já se é capaz de perceber que sou poderosa—”

Quando tentei falar algo, acabei gaguejando de raiva, e mesmo após recuperar a compostura, ele interrompeu meu discurso.

“Você é uma mulher engraçada; não sinto nenhum néctar em você; apenas uma energia estranha, mas fraca, tão fraca que é quase imperceptível.”

“Mas—”

Tentei interrompê-lo, mas ele continuou.

“Por que não me diz a verdade? Se fosse mesmo isso tudo que você disse, não gaguejaria tanto. Claro, pode ser que realmente esteja falando a verdade, todavia, eu não consigo confiar em você. Fale nos meus termos; em termos lógicos, de forma clara, e com cláusulas das quais eu concorde.”