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12: pequena Aria.

Capítulo 12: pequena Aria.

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— O orgulho não necessariamente precede a queda, desde que tenha algum fundamento.

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Riley Yuki

“Acorda... Acorda!”

Acordei abruptamente com a voz irritante da Ária castigando meu ouvido com uma tortura infernal que eu não desejaria nem ao meu pior inimigo. Aparentemente, o acordo que fiz com ela ontem fez ela pensar que eu a reconhecia como possuidora de uma posição deveras superior a minha.

Fiquei irritado.

“Pequena Aria.”

Assim que falei isso, olhei discretamente para o rosto dela, que… não sei como devo chamar aquilo, mas a expressão dela era tão distorcida que até o mais corajoso dos demônios tremeria diante de tal olhar.

“Está irritada?”

“Você disse… você disse que iria parar de me chamar assim!!!”

“Ok… ok, não chamarei você desta forma novamente. Eu parei, ok?”

É divertido bullynar ela um pouco… somente um pouco. Claro, eu não iria ultrapassar certos limites, até porque preciso dela para sobreviver a este mundo, mas ainda assim, um homem não vive apenas de seriedade.

“Mas assim… por que você se importa tanto com isso? É apenas um apelido carinhoso! Um mimo! Por que não aceitas meu amor por ti, milady?”

“Peço-te educadamente para calar sua boca e não falar mais nenhuma asneira.”

Desculpe, por favor, perdoe-me, Ária, mas Qualquer um no meu lugar falaria a mesma coisa. Suas reações aos meus comentários impertinentes são muito fofas! Qual humano neste mundo e no meu anterior não apreciaria tal fofura?! Mesmo que você seja orgulhosa, não é possível que seu orgulho seja tão frágil ao ponto de ser abalado com simples comentários! Além disso, a deusa provavelmente está rindo muito vendo nossas interações.

Irei bullynar você um pouquinho; só mais um pouquinho… apenas o necessário para adocicar nosso relacionamento! Sei pode parecer que estou tentando te testar ou algo assim, mas mesmo assim, permita-me apreciar este belo momento que temos juntos!

“Então, como vai ser nosso treinamento hoje?”

“Nosso primeiro treinamento começará com meditação.”

“Entendo. O que devo fazer?”

“Primeiro, fique em posição de lótus.”

“Ok.”

“Agora, preste atenção na sua respiração e foque em deixar o néctar, a mana e o qi fluir e se espalhar por todo o seu corpo.

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“Certo.”

Concentrei-me no fluxo de qi e de néctar; dessa vez, consegui diferenciar as duas energias, e as fiz fluir. Fiquei orgulhoso de mim mesmo, mas ao mesmo tempo, envergonhado por provavelmente ser muito fraco.

Para conforta meu coração, repeti a frase ‘Tudo bem começa fraco, o que importa é se tornar forte’ diversas vezes em minha mente. De fato, funcionou, mas não como eu queria.

“Agora, levante-se.”

“Ok.”

“Tente fazer uma espada de néctar, e fortaleça-a com qi e mana.”

Tentei fazer exatamente o que ela mandou. Quando terminei, percebi que a espada de néctar estava forte… forte até demais. Senti como se ela pudesse cortar absolutamente tudo.

Claro, são só delírios; não há chance de um iniciante como eu conseguir realizar tal feito.

“Ótimo.”

Aparentemente satisfeita, Aria elogiou-me. Claro, somente aparentemente; do jeito dissimulado que ela é, provavelmente só queria elogiar-me para liberar a clássica dose de prazer pós bajução. No final, nossa relação não passa mais do que uma cooperação forçada por condições precárias de ambas as partes, todavia, eu ainda me senti bem ao perceber que estava tendo um progresso rápido.

“Agora, tente esticar o néctar ao máximo.”

Assim que manipulei o néctar e estiquei ele, expandindo o máximo que podia, me impressionei quando ele alcançou larguras mínimas e alturas insanas.

“Caramba…”

Ironicamente, esta foi a única palavra que consegui dizer. Até mesmo alguém como eu, um clássico homem com dialeto vulgar maculado pelos shit posts de internet, pode mudar a própria maneira de agir.

Isso faz-me pensar sobre várias questões filosóficas, mas agora não é hora para filosofar; é hora de treinar; adquirir força, poder, e se fortalecer.

Isso pode parecer imoral para muitas pessoas, mas para mim, classificar meus objetivos como imorais é tolice; todos gostam de poder.

Você anda porque pode, vê porque pode, come porque pode, e você ama porque pode. É mais do que moral se esforçar para conseguir mais poder para proteger o que você acha precioso.

Desde as coisas boas até as coisas más, a vida gira em torno de escolhas e poder, quer você queira ou não.

Pessoalmente, sinto-me confuso; o que irei fazer depois de conquistar o topo deste mundo? Claro, ainda é cedo demais para pensar nisso, mas a deusa foi clara: se eu não conquistar ao menos meio continente, irei morrer.

Só de pensar em quantas pessoas eu irei matar para conquistar tal objetivo, já sinto-me culpado, mas o que posso fazer? É melhor viver com culpa do que morrer e perde o que é mais precioso para mim; minha própria vida.

Neste mundo, nada deveria ser mais precioso que sua própria vida, porque para ter poder, você precisa estar vivo. Muitos dizem que a vida não vale a pena porque o sofrimento é maior do que o prazer, mas o sofrimento ser maior só faz com que os momentos de felicidade e prazer tenham mais valor, sejam maiores e mais significativos.

O sofrimento da vida literalmente lhe obriga a valorizar os poucos momentos de felicidade que você tem. Por isso, é importante consegui mais poder.

Não sou um louco obcecado por política; pessoalmente, prefiro uma vida pacata, todavia, para conquistar tal vida, preciso primeiro cumprir a missão concedida a mim.

Para isso, muitas vidas teram que ser sacrificadas, muitos sonhos não se realizaram, mas a natureza é assim; o corte Débora o fraco sem nem mesmo perguntar se ele quer ser devorado; acaba com sua fútil vida sem nem mesmo considerar suas vontades, tudo porque tem mais poder que ele, e também por obrigação; ele precisa devora o sangue de seu próximo para sobreviver, porque por mais que ambos estejam vivos, por estarem vivos, são pecadores, e pecadores sobrevivem do sangue de outros pecadores.

Desde que o mundo é mundo, ele gira assim; gira em torno disso; obriga-nos a viver praticando isso. Sentirei culpa, mas por minha vida e pelo mesmo egoísmo que um gato devora o filhote de um coelho, farei isso por minha vida; a valorizo mais que tudo neste mundo; mesmo com as dores, mesmo com a culpa, e mesmo com o preço a se pagar para se viver tranquilamente, eu irei desfrutar de uma boa vida.

Inevitavelmente, deixarei um legado e uma marca forte no mundo, mas mesmo assim, escolho a mim mesmo do que a outros.

Se serei um heroi ou um vilão, um ditador ou um governante sábio, não importa; fazerem esta vida valer a pena, mesmo que para isso, eu tenha que partir esta dimensão ao meio.

“É o suficiente por hoje. Treinar demais pode acarretar em lesões.”

“Obrigado, pequena Aria.”

“Tsk..”

Ao ouvir-me chamá-la de pequena Aria novamente, ela estalou a língua de desgosto, e me olhou friamente pelo resto do dia.