O caminho até Zorya serpenteava por desfiladeiros imponentes, onde o vento assobiava entre as pedras e levava consigo o cheiro da terra quente. O grupo caminhava em silêncio, seus corpos exaustos pela batalha recente contra o dragão das sombras. Mas ao avistarem a vila, algo em seus espíritos pareceu se acender novamente.
Lanternas feitas de vidro soprado cintilavam em tons dourados e vermelhos, iluminando as ruas estreitas como estrelas terrestres. As casas, construídas em harmonia com a natureza ao redor, eram adornadas com vinhas floridas e pequenas gravuras rúnicas que brilhavam suavemente na penumbra. No horizonte, o pôr do sol tingia os céus de laranja e roxo, lançando sombras longas que dançavam ao ritmo do vento.
Mika parou na entrada da vila, absorvendo a beleza à sua frente. Apesar do cansaço e das cicatrizes recentes da batalha, a vista trazia uma sensação momentânea de paz. Ele sentiu algo estranho - uma nostalgia de algo que nunca houve vívido.
- Bem-vindos a Zorya, o coração vivo de Elandor, - anunciou Arya, aproximando-se do grupo com um sorriso caloroso. Ela estava elegante, trajando um manto com detalhes em dourado que refletiam a luz das lanternas. Seus olhos brilhavam com uma energia acolhedora. - Espero que encontrem aqui mais do que descanso. Você merece.
Ivan estalou os dedos, claramente visível. - Se a comida daqui for tão boa quanto a vista, acho que já me sinto em casa.
Arya riu, balançando a cabeça. - Você vai encontrar o que procura. Venham, a Praça da Eternidade está logo ali. Vocês vão adorar.
Chegada e Imersão Cultural
A Praça da Eternidade faz apenas o nome. O espaço pulsava com vida, em um contraste vibrante com a tranquilidade natural do caminho que levava até lá. Feirantes vendiam especiarias e tecidos, suas vozes misturando-se ao som de instrumentos que tocavam melodias alegres. As crianças brincavam com bolas de luz mágicas que flutuavam pelo ar, deixando um rastro de brilho etéreo. Perfumes exóticos preenchiam o ar, enquanto um calor acolhedor irradiava das barracas iluminadas.
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Ivan foi atraído por uma banca que servia Chiles Brilhantes, pimentas flamejantes que atraiam pulsar com energia mágica. Ele pegou uma das pimentas com um sorriso confiante, desafiando os aldeões a observá-lo comê-las sem derramar uma lágrima. Mas logo, sua expressão mudou para desespero cómico, e ele correu em busca de água enquanto as risadas dos aldeões enchiam a praça.
Keyjiro e Locke se dispersaram, movendo-se com naturalidade entre os mercadores. Keyjiro apontava para especiarias raras e brincava sobre como usar em pratos típicos, enquanto Locke silenciosamente examinava relíquias exóticas que, segundo ele, poderiam ser úteis em futuras missões. Os dois, apesar das diferenças, movem-se com uma sintonia impressionante.
Enquanto isso, Arya levou Mika para uma banca que vendia tacos de fogo - pratos envoltos por uma fina camada de magia flamejante.
- Experimente isso, - disse ela, entregando-lhe um taco com um sorriso desafiador. - Dizem que a intensidade do sabor reflete a coragem de quem o come.
Mika deu uma mordida, apenas para sentir uma explosão de sabores tão intensos que quase o fizeram engasgar. Seus olhos lacrimejaram, mas ele conseguiu manter a compostura. Arya riu, divertida pela expressão do arqueiro.
- Eu disse que era intenso, - ela comentou. - Mas faz parte do espírito de Zorya. Aqui, celebramos a vida, mesmo em tempos de escuridão.
Mika assentiu, enxugando os olhos. - Se toda batalha fosse tão intensa quanto este taco, eu estaria em problemas.
Arya deu um leve tapa em seu ombro. - Falando em batalhas... o que acha de um desafio mais interessante?
O Desafio no Dojo
Quando o grupo chegou ao Dojo da Raposa Flamejante, Mika sentiu uma mudança na atmosfera. O ambiente era solene e cheio de reverência. As paredes de madeira eram decoradas com gravuras antigas que contavam histórias de guerreiros lendários. Lá fora, o som da vila desaparecia, deixando apenas o eco dos passos sobre o chão de madeira polida.
Arya virou-se para Mika, com um sorriso enigmático.
- Quero ver como você se sai sem o arco, - disse ela, entregando-lhe uma espada curta com uma lâmina que parecia pulsar com uma aura de chamas. - Um duelo amigável. Apenas para testarmos suas habilidades.
Mika hesitou, segurando a espada com certa insegurança. - Luta corpo a corpo não é exatamente o meu forte...
- Justamente por isso é importante, - respondeu Arya. - Um guerreiro precisa ser versátil. E quem sabe? Você pode me surpreender.
Os dois tomaram posições no centro do dojo, enquanto Ivan, Keyjiro e Locke observavam de um canto, claramente interessados no duelo. Arya fez um gesto com a mão, indicando que Mika deveria atacar primeiro.
Ele avançou com um golpe direto, mas Arya desviou com facilidade, girando a espada em um movimento fluido que desarmou Mika em segundos. Ele se recuperou, pegando a espada novamente, e tentou um golpe lateral. Arya, porém, bloqueou com um movimento rápido, pressionando-o com uma série de ataques que o fizeram recuar.
- Você tem habilidade, mas confia demais na distância, - disse Arya, sorrindo enquanto interrompia o duelo. - Se eu fosse uma criatura como o dragão, você estaria em sérios problemas.
Mika respirava pesadamente, mas havia uma determinação em seus olhos. - Estou disposto a aprender. Mostre-me o que preciso fazer.
Arya assentiu, satisfeita com a resposta. - Muito bem. Amanhã começaremos seu treinamento. Por agora, descanse e aproveite a hospitalidade de Zorya. Você vai precisar de energia.
O grupo saiu do dojo, com Mika sentindo um misto de exaustão e motivação. Enquanto caminhavam pelas ruas iluminadas, ele olhou para Arya, que liderava o caminho com confiança. Ele sabia que o treinamento seria duro, mas também sabia que era necessário. A jornada d
eles estavam apenas começando, e ele estava
(Continua...)