Eu me chamo Dédalus, e consigo me olhar, ser como um observador de mim mesmo.
Em aparência, agora sou um cilindro de 1,5 mt de luz que afila em cone nas duas extremidades até alcançar quase 2,5 mt, e que pulso na cor que desejo, ou na que minhas emoções vibram. O meu corpo cilíndrico é gravado com figuras, na maior parte de quadrados em alto relevo.
No começo, desde que me lembro de ter consciência, eu era um guerreiro terrível o que, com o passar do tempo, sem que eu me desse conta, me lançou cada vez mais para baixo, o que adensou muito minha energia, diminuindo minha vibração.
Justificado em minha dor me tornei ainda mais bravo e zangado, até que...
Lentamente vi a inutilidade de lutar contra uma “simples experiencia” desejada por todos os que se envolviam nela, mesmo que fossem aqueles que feriam, apenas observavam ou que eram as vítimas. Sorri ante essa descoberta, admirando não ter percebido antes a inutilidade de minha raiva e da minha zanga.
Então, bem lentamente, livre desse peso, fui me deixando capaz de novamente sentir o amor, e meu corpo foi se modificando. O amor, tímido à princípio, e tratado como curiosidade, foi se fortalecendo. Sem perceber meu poder foi aumentando exponencialmente, apesar de não entender minhas capacidades e habilidades como poder, mas apenas como parte de algo naturalmente sendo.
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Assim desperto passei a não mais ferir, mas apenas a me defender e afastar o mal, causando-lhe dor e desconforto, até que assumi minha forma, que sou como era e me via no começo de tudo.
Eu olho todas as outras consciências, quer sejam conscientes de si mesmas ou não, e as chamo de irmãos, e nem mais preciso me preocupar em repelir a escuridão. Tenho-lhe carinho também, e vejo que a experiência precisa da presença dela. O meu poder agora é simplesmente imenso e minha luz é poderosa demais, o que me obriga a, muitas vezes, ter cuidado para não ferir outras consciências em menor vibração, como sei que as consciências que sei existirem em níveis mais elevados da que estou, precisam ter cuidado para não me ferirem com as suas próprias luzes. Quando desço e ando no mundo uso um corpo que seja daquele mundo, e normalmente uso uma arma simples que serve em todo lugar, que é feito de duas pedras presas em duas tiras grossas de pano que se unem em um pedaço de madeira, que uso como chicote ou nunchako.
Mas, agora, estou aqui neste mundo que se prepara para despertar, e vejo que outros, que são minha família, estão despertando e se unindo a mim.
Sorrimos todos nós, porque o amor que temos por Gaia e por toda a toda a vida que ela aninha é muito, muito grande.
Família, cismo em alguns momentos, e término sorrindo.
Tenho muitos núcleos de famílias, de muitos e muitos lugares, espalhados por vários universos, que se unem à frente em uma grande família. Mas, há uma delas agora, que olho com imenso carinho. As consciências que a compõem vejo são sementes dessa própria terra, de Gaia, esquecidas de quem são. Meu brilho se eleva feliz pela coragem que demonstram: elas começam a palmilhar o árduo e breve tempo de acordar.