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O Verdadeiro Caminho [Português]
Capítulo 1: O Silêncio da Aldeia

Capítulo 1: O Silêncio da Aldeia

Capítulo 1: O Silêncio da Aldeia

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A manhã na pequena aldeia de Eldoria começava como qualquer outra. O sol nascia lentamente sobre as colinas verdejantes, banhando os campos de trigo com uma luz dourada. O som dos pássaros preenchia o ar, e a brisa suave trazia o aroma fresco das plantações e das flores silvestres que cresciam ao redor da aldeia. Eldoria era um lugar pacífico, mas todos sabiam que a paz ali era frágil.

Os muros de madeira que cercavam a aldeia, embora simples, estavam sempre sendo reparados e reforçados. Marcas de garras e cortes profundos eram lembranças de que, mesmo naquele recanto de tranquilidade, o perigo nunca estava muito longe. Os aldeões eram pessoas trabalhadoras, mas também treinadas na arte da defesa. Todos, desde os mais jovens até os mais velhos, sabiam manejar uma arma, fosse um arco, uma espada ou uma simples lança. As ameaças do mundo exterior, embora raras, eram reais e sempre presentes.

Lian, um garoto de apenas dez anos, corria pelos campos, sorrindo enquanto perseguia as borboletas que dançavam ao vento. Sua risada ecoava pela aldeia, trazendo sorrisos aos rostos dos aldeões. Todos conheciam Lian como um menino gentil e alegre, sempre disposto a ajudar e a brincar com os outros. Sua presença iluminava até os dias mais nublados, mas até ele sabia que havia sombras que nem a luz de seu sorriso poderia dissipar.

Enquanto Lian se aproximava da vila, ele avistou seus amigos, Mira e Tarin, que já o esperavam perto do velho carvalho no centro da aldeia. Eles acenaram para ele, ansiosos para começar mais um dia de brincadeiras e aventuras.

— Ei, Lian! — chamou Mira, uma menina de cabelos castanhos e olhos curiosos. — O que vamos fazer hoje? Talvez explorar a floresta de novo?

— Eu ouvi dizer que os rios estão mais cheios hoje por causa da chuva da semana passada! — sugeriu Tarin, um garoto de cabelos loiros e com um sorriso travesso. — Podíamos fazer barquinhos e ver quem chega mais longe.

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Lian sorriu, seus olhos brilhando de excitação.

— Que tal fazermos os dois? Podemos ir até o rio primeiro e depois explorar a floresta. Quem sabe encontramos algo novo?

Os três amigos concordaram e correram juntos em direção ao rio, suas vozes ecoando de alegria. Era um dia comum para as crianças de Eldoria, repleto de brincadeiras e risos, mas mesmo eles sabiam que não deveriam se afastar muito da aldeia. Os adultos sempre alertavam sobre os perigos além dos muros, e as histórias de monstros que espreitavam nas sombras não eram apenas contos para assustar crianças.

Mais tarde, enquanto o sol começava a se pôr, os três amigos voltaram para a aldeia, cansados, mas felizes. Eles se despediram perto do velho carvalho, prometendo se encontrar no dia seguinte para mais aventuras. Lian correu para casa, onde sua mãe, Elya, o esperava com um sorriso caloroso e um prato de sopa quente.

— Como foi o seu dia, meu querido? — perguntou ela, acariciando o cabelo dele.

— Foi ótimo, mãe! — respondeu Lian, enquanto se sentava à mesa. — Eu, Mira e Tarin fomos até o rio e depois exploramos um pouco da floresta. Encontramos algumas pedras bem legais!

Elya sorriu, mas havia uma sombra de preocupação em seus olhos.

— Fico feliz que se divertiu, Lian, mas lembre-se de não ir muito fundo na floresta. Você sabe que não é seguro lá fora.

Lian assentiu, sentindo o tom sério na voz de sua mãe.

— Eu sei, mãe. Prometo que vamos tomar cuidado.

Aquela noite, enquanto a lua cheia iluminava os campos ao redor de Eldoria, algo sombrio se movia nas profundezas da floresta. Uma criatura, invisível aos olhos humanos, vagava silenciosamente, espalhando uma doença estranha e mortal. E sem que soubessem, essa sombra estava prestes a mudar o destino de Lian e da aldeia para sempre.

Lian acordou de repente no meio da noite, seu corpo tremendo de frio, mesmo estando sob as cobertas. Ele tentou chamar por sua mãe, mas sua voz não saía. Um estranho mal-estar tomava conta de seu corpo, uma sensação de que algo estava errado.

Ele tentou se levantar, mas suas pernas fraquejaram, e ele caiu de volta na cama. Sua visão começou a escurecer, e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, Lian desmaiou, mergulhando em um sono profundo e perturbador.

Quando o sol nasceu no dia seguinte, a aldeia de Eldoria não seria mais a mesma. O silêncio tomaria conta das ruas, e o destino de Lian estaria prestes a se entrelaçar com um poder antigo e sombrio.

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