Após a fracassada tentativa de diálogo com o Chapéu de Gorilão e o desastroso "plano do pão", Adam, Zélio e Luna estavam encurralados. O monstro estava cada vez mais impaciente, rosnando e batendo os punhos no chão com força suficiente para fazer o chão tremer.
"Ok, ok, precisamos de um plano!" Adam gritou, tentando ser o mais prático possível enquanto desviava das pedras que caíam por causa dos golpes do Gorilão.
"Já tentamos socos, tentamos pão, e até conversa. Nada funciona!" Zélio reclamou, pulando para evitar ser esmagado.
"Então precisamos de algo... fora da caixa," Adam refletiu, ainda socando o ar, sem muita ideia do que fazer. "Tipo, o plano mais louco que conseguirmos imaginar."
Luna, que até então estava estranhamente quieta, olhou para o chapéu do monstro com uma expressão de profunda concentração. Ela piscou algumas vezes e, então, um sorriso lento e bobo se espalhou pelo seu rosto.
"E se..." ela começou, claramente orgulhosa da ideia que estava prestes a compartilhar. "E se... a gente apenas pedir o chapéu?"
Adam e Zélio pararam de correr e se entreolharam.
"O quê?" Zélio perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.
"Pedir... o chapéu?" Adam repetiu, como se tivesse acabado de ouvir a ideia mais ridícula do mundo. Porque, bem, era.
"Sim!" Luna respondeu com entusiasmo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. "Ele só quer proteger o chapéu, certo? E se a gente pedir educadamente, ele pode deixar a gente pegar o colar!"
"Luna, esse monstro está literalmente tentando nos esmagar," Adam comentou, apontando para o Gorilão que agora estava golpeando uma árvore como se fosse papelão. "Não parece o tipo de criatura que aceita pedidos."
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"Ah, mas vocês subestimam o poder da educação!" Luna disse, já caminhando na direção do monstro.
"Ela vai morrer," Zélio murmurou, balançando a cabeça. "Eu sempre soube que ela ia morrer de um jeito estúpido, mas não imaginava que seria assim."
Luna chegou perto do Chapéu de Gorilão, respirou fundo, e então, com toda a confiança do mundo, ergueu a mão como se estivesse levantando em uma sala de aula. "Com licença, senhor Gorilão de Chapéu! Eu gostaria de solicitar a retirada do colar debaixo do seu adorável chapéu. Por favor?"
O monstro parou no meio de um golpe, olhou para Luna e inclinou a cabeça, claramente confuso. Adam e Zélio assistiam de longe, prontos para correrem para salvar a elfa caso ela fosse esmagada em um segundo.
Para surpresa de todos, o Chapéu de Gorilão baixou os punhos, olhou para Luna por mais alguns segundos, e então… tirou o chapéu.
"O quê?" Adam ficou sem palavras.
"Não pode ser," Zélio murmurou, olhando incrédulo.
Debaixo do chapéu, em meio a uma bagunça de folhas, estava o colar brilhante de Luna. Ela pegou o colar com um sorriso triunfante e, educadamente, fez uma reverência para o monstro.
"Muito obrigada, senhor Gorilão! Sua gentileza será lembrada!" Luna disse, como se isso fosse uma troca formal de negócios.
O Chapéu de Gorilão, satisfeito com o cumprimento, colocou o chapéu de volta na cabeça, virou-se e caminhou tranquilamente para dentro da floresta, desaparecendo nas sombras.
Zélio Adam ficaram parados, boquiabertos, enquanto Luna voltava, balançando o colar.
"Eu disse que um pouco de educação resolve tudo!" Ela disse alegremente.
Adam piscou, ainda em choque. "Isso... isso não faz o menor sentido."
"Nem um pouco," Zélio concordou.
"Mas funcionou!" Luna disse, rindo. "E isso é o que importa, certo?"
Adam esfregou o rosto, tentando processar o que acabara de acontecer. "Estamos no mundo mais estúpido que eu já vi. E você, Luna, é o gênio mais idiota que existe."
"Eu prefiro o termo 'estrategista intuitiva'," ela respondeu, com um sorriso bobo.
"Claro, estrategista," Zélio revirou os olhos. "Vamos só sair daqui antes que algo ainda mais ridículo aconteça."
Enquanto os três se afastavam da clareira, Luna colocou o colar de volta no pescoço, orgulhosa de seu plano mirabolante. E embora Adam e Zélio nunca fossem admitir em voz alta, eles estavam um pouco impressionados. Afinal, era o plano mais idiota que poderiam imaginar. E, por algum motivo incompreensível, funcionou.