Adam, Zélio e Luna caminhavam pela trilha escura do Reino das Sombras, um lugar onde o tempo parecia estar preso em um eterno "hoje não". Luna, que agora era oficialmente parte do time, vinha tagarelando sem parar sobre teorias de como eles poderiam escapar dali. A elfa, é claro, estava muito confiante, mesmo que a maioria das suas ideias fossem... menos inteligentes, para dizer o mínimo.
— Olha, se a gente pegar um pedaço da lua, misturar com umas ervas mágicas e... — Luna explicava, gesticulando animadamente.
— E talvez cantar uma canção da sorte também? — Adam interrompeu, tentando não revirar os olhos.
Zélio suspirava, já acostumado com essa conversa, mas ele ainda estava focado em outra coisa: Por que diabos esse Reino das Sombras tinha um restaurante?
— Kragnar, você disse que estamos presos por uma barreira temporal, certo? — Adam perguntou ao grandalhão, que finalmente começava a ser mais participativo e menos ignorado.
Kragnar, imponente como sempre, confirmou com um grunhido.
— Correto. Esta dimensão está fora do tempo, rodeada por uma barreira que impede qualquer um de escapar. O tempo aqui não flui como lá fora. Vocês podem ficar presos aqui por mil anos e, ainda assim, não envelhecer um dia.
Luna soltou uma risada nervosa.
— Isso explica por que estou aqui há um ano e ainda não precisei de um hidratante facial!
Zélio, como sempre preguiçoso, se escorou numa árvore e bocejou.
— Ok, então estamos presos em um looping temporal... Ótimo. Já tentei voltar no tempo uma vez pra corrigir uma gafe com uma deusa, e veja onde isso me trouxe. Alguém tem uma ideia genial para sair daqui?
Luna levantou a mão como uma aluna ansiosa em uma sala de aula.
— Eu sei, eu sei! E se a gente pedisse gentilmente para o governante do Reino das Sombras nos deixar sair? Talvez ele seja... simpático?
Adam olhou para Zélio com uma expressão que gritava “Isso não pode estar acontecendo”.
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— Luna, o cara governa o Reino das Sombras. Ele provavelmente não vai nos oferecer chá e biscoitos para sairmos.
Kragnar, no entanto, balançou a cabeça lentamente.
— Na verdade, ela não está totalmente errada...
Todos se voltaram para Kragnar, surpresos.
— Como assim? — perguntou Adam, claramente desconfiado.
— O governante deste lugar é... excêntrico, digamos assim. Às vezes, ele gosta de brincar com os visitantes. Ele pode até considerar negociar uma saída... se conseguirmos encontrar o caminho até ele — explicou Kragnar.
— Viu? Eu sabia! — Luna sorriu triunfante. — Minha ideia não era tão ruim! Agora a gente só precisa achar esse governante maluco, e pronto!
Adam coçou a cabeça, tentando absorver a ideia.
— Certo, vamos lá, então. Mas como encontramos esse cara? O Reino das Sombras é gigante!
Kragnar apontou para a névoa densa que cobria o horizonte.
— Seguimos o caminho mais sombrio. Ele leva direto à Fortaleza das Trevas, onde o governante reside. Mas aviso... será perigoso.
Luna arregalou os olhos, claramente achando o plano muito mais emocionante do que deveria.
— Fortaleza das Trevas? Isso soa assustador e épico! Mal posso esperar para ver como é por dentro. Talvez eles tenham uma decoração medieval chique!
Adam olhou para Zélio, que estava prestes a tirar um cochilo em pé.
— Zélio, foco. Se a gente quiser sair daqui, precisamos de você alerta. Sem preguiça agora.
Zélio bocejou de novo, como se quisesse desafiar a realidade de que ele deveria fazer alguma coisa.
— Tá, tá... Mas eu só digo o seguinte: se esse governante oferecer chá, eu aceito. — E logo depois, ele abriu um largo sorriso preguiçoso. — Quem sabe não tem um bolinho também, hein?
Luna, que estava animada com a perspectiva de bolinhos, começou a marchar à frente do grupo, saltitando como se estivesse em um parque temático.
— Vamos! Para a Fortaleza das Trevas e para a nossa liberdade! Ou ao menos para o chá e bolinhos!
Adam suspirou. Isso vai ser longo...
Kragnar seguiu o grupo, em seu ritmo calmo e ponderado, sempre parecendo que sabia muito mais do que estava disposto a compartilhar. Ele já tinha suas dúvidas se esse plano tolo funcionaria, mas... vai que o governante realmente estivesse de bom humor?
O grupo seguiu em direção à névoa, prontos — ou não tão prontos assim — para o próximo capítulo de sua jornada. Uma coisa era certa: se o Reino das Sombras não os matasse, as ideias de Luna com certeza poderiam.