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Eu não sou um Herói! [Português]
Capítulo 4: A caçada pelo colar perdido

Capítulo 4: A caçada pelo colar perdido

Depois de uma refeição "inesquecível" servida por fantasmas, Adam, Zélio e Luna deixaram o restaurante amaldiçoado, de estômagos cheios e bolsos ainda mais vazios (graças à Luna). E claro, agora tinham uma nova missão: encontrar o colar importante que Luna perdeu. Não era exatamente o tipo de coisa que Adam queria fazer, mas, já que não pagou a conta, ele se sentia meio que... moralmente forçado.

"Ok, Luna. Onde foi que você perdeu esse colar?" Adam perguntou, esfregando a testa como se já soubesse a resposta.

"Então… eu acho que foi… na Floresta da Morte Eterna," disse Luna, casualmente, como se estivesse falando sobre um passeio no parque.

"Floresta da o quê?" Adam piscou algumas vezes, tentando entender se ela estava brincando ou se era só... Luna sendo Luna.

Zélio, no entanto, parecia distraído olhando para uma pedra brilhante no chão. "Ei, gente, vocês acham que essa pedra vale alguma coisa? Talvez a gente possa vender e pagar a próxima refeição..."

"Zélio, foco!" Adam resmungou, puxando o amigo de volta para a realidade.

"Ah, tá. Claro. Colar na Floresta da Morte Eterna. Show." Zélio deu de ombros, como se isso fosse completamente normal agora.

"E onde exatamente é essa floresta?" Adam perguntou, já com um suspiro preso, sabendo que a resposta provavelmente seria irritante.

"Ah, eu meio que não lembro..." Luna admitiu, coçando a cabeça com um sorriso desajeitado. "Mas eu tenho certeza de que vamos encontrar! Afinal, é só seguir a sensação de morte iminente e pânico!"

Adam olhou para Zélio, que simplesmente deu de ombros. "Bem, já que estamos nesse mundo maluco, por que não?"

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Caminharam por horas, seguindo o que eles achavam ser "a sensação de morte iminente". O que, para Luna, significava ficar apontando para cada arbusto sombrio e gritando: "Ali! Acho que é por ali! Ou talvez ali... ou será que era por lá?"

Depois de um tempo, Adam finalmente perdeu a paciência. "Luna, se você apontar pra mais um arbusto aleatório, eu vou perder o controle. E olha que eu sou o cara calmo aqui."

"Ei, eu estou ajudando!" Ela respondeu defensivamente, quase tropeçando em suas próprias palavras. "Minha intuição elfa é infalível... quer dizer, a maior parte do tempo."

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Zélio bufou. "Sério, Luna, sua 'intuição' só tá nos guiando direto pra mais arbustos. Se formos atacados por uma planta assassina, a culpa é sua."

Nesse momento, um urro monstruoso ecoou pela floresta.

Todos pararam.

"O que foi isso?" Luna perguntou, tentando parecer corajosa, mas claramente tremendo nas botas. "Foi... foi uma planta assassina?!"

"Se isso for uma planta assassina, então ela tem uma péssima voz de monstro," Adam comentou, enquanto começava a procurar algo para lutar.

De repente, uma criatura gigante saiu das sombras. Era uma mistura bizarra entre um gorila, uma serpente, e... um chapéu? Sim, a criatura estava usando um chapéu que claramente não combinava com o resto do corpo monstruoso.

"Ah, é o Chapéu de Gorilão!" Luna disse, como se reconhecesse uma celebridade.

"Chapéu de... o quê?" Zélio piscou, incrédulo. "Esse é o nome mais estúpido que eu já ouvi."

"Ah, não fala assim! Ele é só um guardião do chapéu!" Luna explicou, como se isso fizesse algum sentido. "Meu avô sempre dizia que ele protegia tesouros perdidos na floresta."

"Ótimo. Então o colar está com esse bicho esquisito," Adam disse, já se preparando para lutar. "Como a gente lida com ele?"

Luna deu de ombros. "Normalmente, ele não ataca... a menos que alguém tente roubar o chapéu dele."

"E onde está o colar?" Adam perguntou.

"Provavelmente debaixo do chapéu," Luna respondeu com um sorriso nervoso.

"Claro que está..." Adam suspirou. "Ok, Zélio. Alguma ideia brilhante?"

"Sim, na verdade," Zélio respondeu, tirando um pedaço de pão do bolso. "Eu acho que podemos distrair ele com isso."

"Pão?" Adam olhou incrédulo.

"Quem não gosta de pão?" Zélio respondeu com um sorriso. "Vale a tentativa."

Adam revirou os olhos, mas deixou Zélio tentar. Ele jogou o pedaço de pão para o Chapéu de Gorilão. Para surpresa de todos, o monstro parou, cheirou o ar e... comeu o pão.

"Viu? Pão funciona," Zélio disse orgulhoso, mas então o Chapéu de Gorilão rugiu de novo, claramente não satisfeito com a oferta.

"Tá, o plano do pão foi péssimo. Minha vez," Adam falou, correndo na direção do monstro. Ele pulou, tentando agarrar o chapéu.

"Adam, cuidado com—" Luna tentou avisar, mas já era tarde.

Adam voou pelos ares e foi jogado no chão com força. Ele se levantou, sacudindo a poeira. "Ok, novo plano. Vamos só... sei lá, bater nesse bicho até ele desistir?"

Luna suspirou. "Ou talvez, só talvez, a gente possa tentar conversar com ele?"

Todos olharam para ela, incrédulos.

"Conversar... com um gorila de chapéu gigante?" Zélio repetiu, como se tentasse entender de que planeta Luna veio.

"Por que não?" Luna deu de ombros. "Às vezes, tudo que você precisa é um pouco de diálogo."

Adam e Zélio se entreolharam. Zelio deu um passo à frente. "Bem, se o plano do pão não deu certo, quem sabe um papo?"

O Chapéu de Gorilão rugiu de novo, deixando claro que não estava no clima de conversar.

"Tá, talvez não," Zélio disse, recuando.

"Ótimo, então voltamos ao plano do soco," Adam murmurou, cerrando os punhos.

E assim, o trio se preparou para enfrentar o Chapéu de Gorilão — enquanto Luna, é claro, tentava de vez em quando dizer algo inteligente, mesmo que não tivesse a mínima ideia do que estava fazendo.

E o colar? Bem, ainda estava escondido debaixo daquele chapéu ridículo.