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Soturno - [PT-BR]
Capítulo VI

Capítulo VI

Começou relativamente simples, os ataquem vieram por um dos portões de Hadovik. Um ataque mágico aéreo, não sei bem explicar como realmente de fato tudo aconteceu porém, uma coisa havia mudado, não existia mais uma vila e sim pessoas correndo para salvar suas vidas.

Pessoas correndo desesperadamente e enquanto elas corriam, eu vi uma criança cair e acabar morrendo pisoteada ao meio de tanta gente fugindo, cada pessoa segurava um pouco de pertences enquanto se trombavam. Eu fiquei apenas observando eles chegarem e começar a perseguir cada um que corria, um encantamento ali PÁ alguém explodia, outro encantamento ali e PÁ novamente alguém se quebrava aos pedaços.

Quando eu saí do orfanato fui por um caminho tortuoso, meio difícil de seguir e quando eu cheguei perto de uma das janelas da casa eu escutava algo.

''Pelo amor de Deus Não!'' Uma voz masculina suplicava enquanto gemidos e barulhos na cama eram feitos. Estavam abusando de uma mulher enquanto seu marido observava e em um ataque de fúria o homem parecia ir para cima de seus abusadores e então, eu escuto um encantamento e BOOM! uma pequena explosão é feita e eu ouvia a voz feminina chorando.

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Sai dali logo para não me pegarem também, fui passando sempre pelas beiradas tentando chegar a meu destino incerto, nunca saí do orfanato então não conhecia a vila. Eu conseguia ver uma enorme fumaça se fazendo presente por causa das chamas que incendiavam as casas. Eu nunca me achei 'frio' mas, eu abençoo quem me deu esse dom porque me salvou em muitas coisas, mesmo perdendo algo no processo.

O dia ia escurecendo e eu ia tomando cada vez mais cuidado para aqueles homens não me pegarem, em um momento tive que me jogar em um buraco com vários cadáveres para não desconfiarem de algo. A fome começava a bater e eu ia me segurando porque não tinha nada para comer, até que no meio da noite a fome me torturava de um jeito que meu estomago doía. Entrei dentro de uma casa, procurando algo para comer e não havia nada, fui para a próxima e novamente sem sucesso, fui indo, fui indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo e indo.

Não aguentava mais andar e nisso a escuridão veio me abraçando e eu não lembrava de mais nada...