Ao acordar para mais um dia chato, trocar de roupa, tomar um banho, limpar os dentes e depois nada de interessante para fazer. Os outros me isolavam só por causa que eu vivia ao lado das freiras só que eu também não fazia questão de me aproximar dos outros mesmo.
As crianças do orfanato na maioria das vezes me chamavam de louco, porém, eu nunca entendi o porque. Eles não sabem de nada, marionetes quebradas, sempre procuro entender ao máximo o que está acontecendo e as pessoas simplesmente ignoram esse fato ou acham estranho o jeito que eu faço para guardá-los em minha mente...
Algumas vezes coisas aparecem repentinamente em minha visão, uma vez eu tinha perguntado para um colega de quarto se ele tinha visto aquilo
''Ei Tom, você viu aquela sombra andando ali?'' Ele por sua vez, só disse isso ''Não tem nada ali... (dizendo baixinho) seu doido.''
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Descobrindo que pelo visto, só eu conseguia enxergar aquelas coisas, que pareciam como fantasmas porém, eram muito feios, uns não tinham olhos e sua pele parecia como cascalho, sua boca enorme e com dentes afiadissimos. Eu já vi também aqueles que se rastejavam, esses dai eram enormes e muito rápidos, nunca consegui ver direito como eles eram, só sabia que havia mais do que 2 braços e duas pernas. Ah, não posso esquecer daquelas coisas chatinhas, pareciam pequenas fumaças negras correndo por todo lugar.
E mais estranho que tudo isso fosse, eu me sentia ligado à eles. As criaturas pareciam responder a meu chamado mas deixando uma distância segura entre uns aos outros.
Até que a guerra chegou em nossa vila perto do meu décimo segundo inverno, não sabia quem lutava contra quem. Mas uma coisa é certa, elas me libertaram, me tiraram daquele torturante orfanato.
Eu até posso te dizer sabe? mas promete que você não vai contar para ninguém? Hehehehe...