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O Hotel Abandonado

Os seis se reuniram para discutir quem iria para onde no hotel.

- Eu e Justin vamos para a cozinha. - Gabriel disse.

- Primeiro, o que te garante que tem uma cozinha? Segundo, o que te garante que ele quer ir com você? - Nora indagou.

- Eu vou. - Justin respondeu.

- Por que? - Nora perguntou choramingando.

- Porque eu quero. - Justin falou.

- Tá bom então, os de verdade eu sei quem são. Você nem é meu melhor amigo mesmo. - Nora reclamou.

- Nora, pode ser perigoso. Fica aqui com o Francis. Eu não quero que você se machuque. - Justin justificou.

- Que tal parar de falar com a sua namoradinha e ir logo, Justin? - Gabriel disse.

- Cala boca. - Justin disse e foi junto a Gabriel procurar uma cozinha no hotel.

Os dois viraram à esquerda, num corredor escuro e frio, o chão do corredor era de carvalho, Justin estranhou, já que o chão do salão de entrada era de mármore e era liso, facilmente cairia se não estivesse de tênis, coisa que não acontecia no corredor. Justin ligou a lanterna do celular para iluminar o corredor. Eles passaram por diversas portas que davam para várias salas, como: um quarto com materiais de limpeza velhos, um salão de festas e uma sala com diversos temperos, chás e cafés.

Ao fim do corredor, eles entraram numa cozinha com o chão de porcelanato preto e branco. Era grande, e tinha diversos objetos que uma cozinha comum teria, facas, garfos, colheres, panelas, etc. Havia uma geladeira, estava ligada, Justin e Gabriel acharam estranho devido à que todos os outros eletrodomésticos e luzes estavam desligados ou queimados.

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- Ué, olha essa geladeira. Não era para estar desligada? - Justin perguntou.

- É pra você ver né, sujo sim, com fome não. - Gabriel disse e riu.

- Essa foi a pior piada que você já fez.

- Independente. - após dizer isso, um ser baixinho atingiu Gabriel nas costas. - AI, pra que fazer isso, porra? - Gabriel gritou.

- Mas eu não fiz nada. - Justin virou e viu o monstro. - Olha isso, parece um anão azul. - disse Justin rindo quando viu o ser que era baixo, azul e tinha grandes presas, semelhantes às de um tigre dente-de-sabre só que menores. Gabriel olhou intrigado.

- Que estranho... ahm... olá? - disse Gabriel tentando interagir com a criatura que emitia ruídos estranhos.

- Eu acho que ele não tá muito afim de conversar. - Justin falou.

A criatura tentou pular em cima de Justin que quase conseguiu esquivar, porém a criatura grudou em seu braço direito.

- Me ajuda! - Justin gritou. - então Gabriel puxou o monstro, que caiu no chão, e começou a chutar ele até que ficasse imóvel.

- Cara, não precisava matar essa coisa, pode ser um anão que foi geneticamente alterado. - Justin ponderou.

- Duvido, o sangue dele é preto. - Gabriel justificou.

- Mas se ele foi geneticamente alterado o sangue pode ser preto.

- Tá, desculpa pelo carinha aí, mas ele não parece muito consciente. É quase um animal.

- Realmente, é bem estranho. Cara, você lembra que a Eliza disse que ouviu falar de um ritual que aconteceu aqui? E se...

- Tu realmente acha que um grupo de pessoas iria conseguir matar quase todas as pessoas de uma cidade? Acho bem improvável. É bem mais fácil que essa cidade fosse usada pra experimentos secretos do governo. - Gabriel argumentou.

- É, talvez, o problema é que vamos ter dificuldade em lidar com demônios ou seja lá o que tiver aqui. E demônios seria bem pior.

Após o incidente com a pequena criatura azul, Justin e Gabriel abriram a geladeira, era velha e empoeirada igual à todas as outras coisas naquele hotel. Quando abriram, eles encontraram comida, comestível, o que era estranho devido ao fato de a cidade ter sido abandonada há muito tempo e ninguém iria ao hotel para haver comida no local.

- Comida? - Gabriel disse surpreso. - Cara, tudo nesse lugar tá muito estranho, comida num lugar que foi abandonado há muito tempo, um bicho azul estranho, que parece um experimento falho, eletricidade. Tudo nesse lugar é tão estranho.

- É isso que estou tentando entender, por que tudo é tão errado? Enfim, acho que é melhor a gente voltar. Vamos falar pros outros que encontramos comida e esperar que eles consigam uma resposta sobre o que tá acontecendo.