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Hernán Girard Lopez

- Ok, nós vamos buscar uma biblioteca, mas é melhor a gente esperar o Francis melhorar e então ir. - Victoria disse tentando acalmar o animo da amiga.

- Certo, mas não podemos esperar muito. Nós precisamos ir atrás dessa biblioteca. - Eliza disse ansiosa.

- A gente tem sorte então. Não vai demorar muito pra cicatrizar. - Francis disse.

- Que bom, mas não parece não. Tá bem feio. - Victoria disse com sinceridade.

- Eu sei, mas não vai demorar. Minha mãe é enfermeira e ela me ensinou algumas coisas. - Francis respondeu.

Apesar da surpresa da mãe de Francis ser enfermeira, todos estavam concentrados em ir buscar por mais informações sobre a cidade e então foram se preparar para os possíveis perigos que poderiam haver no local. Enquanto arrumava suas coisas, Eliza olhou para Nora e falou:

- Você já percebeu que, apesar da estética francesa, o nome desse hotel é ''Beach Roma''? - Eliza disse tentando aliviar a ansiosidade.

- Deve ser porque a França é o país mais ROMAntico do mundo. - Nora respondeu e riu.

- Seu humor é extremamente questionável. - Eliza respondeu sem sentir muito a graça da piada.

Victoria e Justin entraram no quarto em que elas e estavam parando em frente à porta.

- Tudo pronto, e com vocês? - Justin perguntou.

- Estamos quase terminando aqui. - Nora respondeu.

- Vocês vão sair hoje? Pode ser perigoso, principalmente se vocês voltarem à noite. Lembrem do que o Francis disse, vamos esperar até amanhã e daí vamos todos juntos. - Victoria disse preocupada.

- O problema é que mesmo assim ele não vai estar completamente bem. E nós precisamos ir procurar um local que tenha mais informações sobre tudo dessa cidade o quanto antes. - Eliza disse incomodada.

- Calma Eliza. Ela tá certa. Você mesma disse ''todos juntos'' não lembra? - Justin falou apoiando a colega. Eliza respirou fundo.

-Tá, mas que amanhã de manhã vocês estejam todos prontos. E se possível, leva algumas coisas pra ajudar o Francis com o machucado, caso ele precise. - Eliza disse e então saiu da sala.

Os três que ainda estavam no quarto se olharam.

- Vocês já perceberam que ela é muito formal? - Justin perguntou para as duas.

- É normal dela. Ela é bem intelectual e quieta. Não é ruim, mas às vezes faz ela parecer mais séria do que já é. - Victoria disse.

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- Vocês já eram amigas antes de virem pra cá? - Nora perguntou curiosa.

- Mais ou menos, a gente conversava. Fui eu que convidei ela. Eu fiquei feliz quando ela aceitou, pensei que a gente poderia se conhecer melhor, mas do nada surgiu um xupacu na biblioteca e meus planos de aproveitar um tempinho longe das outras pessoas comuns morreram.

- Inclusive, por que a gente tá aqui mesmo? Eu só lembro da gente chegando aqui e decidindo que precisava encontrar um lugar pra ficar. - Nora perguntou repensando toda sua vida.

- O Will desafiou a gente a juntar seis pessoas e vir pra cá. E nós, otários que somos, aceitamos esse desafio. - Justin respondeu.

- Pow véi. Logo o Will que desafiou a gente, o Will! - Nora falou indignada.

- É, a gente não é muito esperto, mas olha o lado bom, a Eliza também aceitou. - Justin disse tentando consolar a amiga.

- Você tem um bom ponto. - Nora disse em voz alta e então sussurrou apenas para Justin - Mas eu não acho que ela seja muito confiável.

O dia então virou noite e os seis foram dormir. Na manhã seguinte, Eliza levantou cedo e chamou os outros. Eles foram para a cozinha fazer café da manhã. Eliza comeu rápido e se pôs a esperar os outros na entrada do hotel. Quando os outros terminaram foram para a entrada também.

- Vocês não vão escovar os dentes - Victoria perguntou.

- Não temos tempo - Eliza disse e então saiu pela porta de entrada do hotel. Os outros foram junto.

Eles caminharam pela cidade durante 40 minutos, viram diversos locais, como postos de gasolina, escolas e lojas, todos abandonados. Até que enfim, chegaram à uma biblioteca de estética francesa.

- Finalmente! Não andava assim há muito tempo. - Francis disse cansado.

- Francis, a gente andou por quase a mesma quantidade há dois dias. - Victoria comentou.

- É, mas eu não tinha uma cicatriz na perna. - Francis respondeu.

Eliza não falou nada, apenas entrou na biblioteca. Era grande, tinha muito mais livros do que a biblioteca do hotel e estava estranhamente muito limpa. As luzes do local ainda funcionavam e se ligaram quando os jovens entraram no lugar.

- Uau. É linda, muito melhor do que aquela outra. - Gabriel disse surpreendido.

- Peraí, ele veio? - Nora disse surpresa.

- Nora, eu tava do seu lado. - Gabriel disse indignado.

- Eu não vi... - Nora disse levemente envergonhada.

- Vejam! Tem uma seção de história local. Isso é perfeito! Vamos lá. - Eliza disse muito animada. Victoria foi correndo junto com Eliza para a seção.

Os seis então começaram uma pesquisa intensa naquela seção. O único problema era que, assim como na outra biblioteca, algumas folhas estavam borradas. Gabriel encontrou um panfleto que parecia falar sobre o fundador da cidade Hernán Lopez.

- Gente, vejam só: um panfleto sobre aquele Hernán. - Então Gabriel começou a ler o panfleto em voz alta:

''O Voz de Feroville, 12 de Junho de 1967. Hernán Girard Lopez, fundador de Feroville, descobriu a existência de petróleo na cidade, ontem, dia 11 de Junho. Após essa amável descoberta, Hernán foi a caminho do cartório municipal e iniciou os processos para a criação de uma empresa para utilizar do petróleo descoberto...''

- O resto está borrado. - Gabriel informou os amigos.

- Por que tudo nesse lugar é borrado? - Eliza perguntou irritada e indignada.

- Eu acho que isso tem algo haver com a seita ou com o ritual de 1978. - Justin falou.

- É, talvez. Gente, vocês lembram da minha teoria de que o Rodrigo teria iniciado a seita então... - Eliza começou a ler o trecho de um livro com a capa preta e uma Hardia vermelha desenhada.

''Senhor de Inspiração máxima, Rodrigo Girard Lopez, iniciador das práticas de magia e pactos em Foreville predecessor da seita. Avô do honorável senhor Julien Jones Lopez, fundador de nossa, admirável, seita. Ensinou seu neto todas as práticas satânicas. Uma verdadeira inspiração para todos dessa seita.''

- Você quase acertou, Eliza. - Gabriel disse.

- É, mas... - no momento em que ia falar uma voz calma e desconhecida começou a falar. Todos se viraram e viram o espírito de um dos membros da seita de 1978.

- Visitas! Há quantos anos que não tenho...

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