Enquanto caminhava pelo convés da nau capitânia, o cheiro salgado do mar se misturava ao aroma do óleo, criando uma atmosfera densa e quase sufocante. A luz das tochas, dispostas em intervalos regulares ao longo das paredes de aço reforçado, lançava sombras dançantes que pareciam ganhar vida própria. Cada passo ecoava no piso de metal, ressoando como batidas de tambor que ecoavam pela imponente estrutura do navio, uma verdadeira obra-prima da engenharia da Nação do Fogo.
Enquanto contemplava as ondas turbulentas ainda agitadas pela tempestade da noite anterior, uma sensação de urgência crescente o dominava. O mar rugia com fúria contra o casco do navio, como se desafiasse a sua resistência. Era um lembrete sombrio das forças implacáveis que enfrentavam além dos inimigos humanos.
Chegando ao salão de guerra, troquei olhares breves com alguns dos comandantes que já estavam presentes. O Comandante Sozin Zhao, conhecido por sua lealdade inabalável, aproximou-se de mim com uma expressão séria, que contrastava com o brilho de determinação em seus olhos.
"Meu Príncipe, a tempestade pode ter passado, mas a verdadeira batalha ainda está por vir," disse ele, sua voz ecoando com a confiança de um guerreiro experiente. "Nossa sorte parece estar mudando, mas devemos permanecer vigilantes."
"Esperemos que nossa sorte se mantenha, Sozin," respondi, meu olhar fixo no horizonte sombrio à nossa frente. A preocupação nublava meus pensamentos, mas eu sabia que não podíamos nos dar ao luxo de baixar a guarda.
Sozin permaneceu ao meu lado, sua postura rígida refletindo a determinação que sempre o caracterizou. "Sim, meu príncipe. Teremos toda a vantagem," disse ele com convicção. "Nenhuma nação pode parar o poder da Nação do Fogo. Estamos destinados à grandeza, e sob sua liderança, nada nos deterá."
O príncipe observou Sozin com uma mistura de apreciação pela lealdade e uma pitada de arrogância sutil. Embora considerasse Sozin um servo leal e útil, essa confiança estava sempre temperada pela consciência de sua própria superioridade. Enquanto escutava as palavras inflamadas de Sozin, o príncipe não podia deixar de sentir um certo orgulho pela devoção de seu servo. No entanto, essa confiança não diminuía a visão que o príncipe tinha de si mesmo como superior.
Entrando na sala de guerra, fui imediatamente atingido pela grandiosidade do ambiente. O salão era vasto, com paredes de aço reforçado adornadas por mapas estratégicos e bandeiras da Nação do Fogo. O chão, feito de um metal polido, refletia a luz das tochas, criando uma atmosfera solene e austera.
Meu pai, o General Iroh, estava sentado no centro da sala em posição de lótus, emanando uma aura de sabedoria e autoridade. A expressão em seu rosto era séria, e seus olhos pareciam ver além do presente, contemplando as consequências futuras de cada decisão.
Os guardas reais, imponentes em suas armaduras vermelhas e pretas, estavam posicionados nos cantos do salão, atentos a qualquer movimento. "Sente-se," ordenou meu pai. Obedeci e me sentei à sua esquerda, em uma posição de lótus, conforme o protocolo exigia.
Enjoying this book? Seek out the original to ensure the author gets credit.
Aos poucos, os comandantes foram chegando. Cada um tinha uma postura que refletia anos de disciplina militar e experiência em batalha. O Almirante Kazuo, uma figura robusta com cicatrizes de batalhas passadas, caminhou com passos firmes e decididos até o centro da sala. Ele colocou as mãos em concha e saudou meu pai com respeito. Rapidamente, a sala se encheu com os outros comandantes e almirantes. O último a chegar foi o Comandante Roku Feng, que saudou meu pai e depois a mim, antes de se juntar aos outros.
A tensão na sala era palpável, cada um de nós consciente da gravidade da situação em que nos encontrávamos. E, enquanto meu pai se preparava para liderar a reunião, eu sabia que estávamos prestes a enfrentar desafios que testariam até mesmo a nossa determinação mais profunda.
Enquanto a reunião se desenrolava, meu coração pesava a cada palavra sombria proferida pelo Almirante Kazuo. Sentia-me como se estivesse carregando o peso do mundo nos ombros, cada notícia de perda e dano à nossa frota era como um golpe direto à minha determinação.
Observando meu pai, o General Iroh, admirava a serenidade e a resolução em seu semblante. Era um lembrete constante do tipo de líder que eu aspirava ser. No entanto, por mais que tentasse emular sua firmeza, não podia ignorar a ansiedade que me consumia por dentro.
Cada relatório de perda feria meu orgulho e minha determinação. Perguntava-me se estaria à altura das expectativas que recaíam sobre mim como futuro líder da Nação do Fogo. A incerteza pairava sobre mim como uma sombra, obscurecendo minhas esperanças de um futuro próspero e seguro.
Enquanto meu pai e os outros comandantes discutiam estratégias, esforçava-me para manter o foco. Sabia que não podia me permitir sucumbir ao desespero ou à dúvida. Era meu dever permanecer forte e resiliente, mesmo diante das adversidades mais difíceis.
À medida que a reunião chegava ao fim, um senso de determinação se apoderava de mim. Apesar das perdas, estava decidido a liderar minha nação para a grandeza que ela merecia. Com uma determinação renovada, estava pronto para enfrentar os desafios do futuro ao lado de meu pai e dos leais comandantes.
Enquanto isso, os comandantes continuavam a discutir as próximas etapas. Meu pai liderava a discussão com sabedoria e experiência, inspirando confiança em seus subordinados.
O Almirante Kazuo apresentava os dados sobre a frota, detalhando as perdas e os danos. Cada palavra era recebida com silêncio solene, enquanto eu absorvia a gravidade da situação.
Após uma análise cuidadosa dos relatórios, meu pai pedia que trouxessem um mapa e o colocava no chão, convidando os comandantes a examinarem a situação. Juntos, traçávamos planos para reorganizar os navios danificados e garantir a segurança dos sobreviventes.
À medida que a reunião chegava ao fim, um senso de determinação pairava no ar. Apesar dos desafios à frente, estávamos unidos e determinados a enfrentar o futuro com coragem e resiliência.