Bumi despertou com o nascer do sol, deixando-se envolver pela suave luz que penetrava pelas cortinas, banhando o quarto com um brilho dourado. Levantou-se lentamente, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros. Vestiu sua armadura com precisão e cuidado, ajustando cada peça com a familiaridade adquirida ao longo dos anos de prática. Nas campanhas militares, trazer servos era proibido, exceto para a família real, e Bumi sempre preferia cuidar de seus próprios preparativos.
Ao sair de sua tenda, Bumi respirou fundo o ar fresco da manhã, impregnado com o cheiro salgado do mar. Encontrou os coronéis Liang e Kai à espera. Liang foi o primeiro a falar:
"Senhor, as tropas já estão prontas para partir."
Bumi acenou com a cabeça, satisfeito. "Ótimo. Vou informar o General e partiremos."
Ele caminhou pelo acampamento em direção à nau capitânia. Os navios estavam ancorados lado a lado, conectados por pontes improvisadas. Os marinheiros e soldados movimentavam-se com eficiência, preparando os barcos para a jornada. Ao chegar à nau capitânia, foi detido pelos guardas reais.
"Espere. Só pode passar quem tem reunião com o General," disse um dos guardas com firmeza.
Bumi respirou fundo, mantendo a calma. "Preciso informar ao General que estamos prontos para partir."
Os guardas reais, conhecidos por sua rigidez, trocaram olhares e finalmente assentiram. "Certo, pode passar," disse o guarda.
Bumi atravessou o convés, sentindo a tensão no ar. A segurança do General e do príncipe era uma prioridade absoluta. Chegando ao escritório do General, encontrou dois guardas na porta. Eles o olharam brevemente antes de acenar em reconhecimento. Bumi bateu na porta.
"General, sou eu, Comandante Bumi. Posso entrar?"
A voz autoritária do General veio de dentro. "Entre."
Bumi abriu a porta e entrou, encontrando o General Iroh revisando mapas em sua mesa. "Senhor, as tropas estão prontas. Estamos prestes a partir."
O General levantou os olhos e acenou com a cabeça, sua expressão séria mas confiante. "Faça isso rapidamente, Bumi. Quanto mais cedo desembarcarmos, melhor."
Bumi fez uma breve reverência antes de se retirar. Caminhou rapidamente de volta para onde suas tropas aguardavam, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação. Essa missão era crucial, não apenas para o sucesso da campanha, mas também para seu próprio futuro dentro da Nação do Fogo.
Ao chegar, viu os soldados alinhados, prontos para a ordem de partir. Ele subiu no barco de comando e ergueu a mão, sinalizando para que todos embarcassem. "Preparem-se, homens. Estamos prestes a fazer história."
Com um último olhar para o horizonte, Bumi sentiu uma onda de determinação crescer dentro de si. O amanhecer não marcava apenas o início de um novo dia, mas o começo de uma nova era para ele e para a Nação do Fogo.
Na tranquila pousada do Porto Ébano, Arya, uma jovem de 16 anos, aguardava ansiosamente a chegada de seu pai, um respeitado comerciante de Volantis conhecido por suas viagens em busca de especiarias raras. Desde criança, ela nutria o desejo de acompanhá-lo em uma de suas aventuras, mas até então, seus pedidos sempre haviam sido recusados.
Enquanto esperava, Arya conversava com suas empregadas sobre o novo assunto que agitava a cidade. "Minha senhora, ouvi dizer que uma grande pedra preta surgiu ao norte. Muitos estão especulando sobre o que pode ser", comentou uma das empregadas.
Arya assentiu, os olhos brilhando com curiosidade. "Sim, fiquei sabendo. Gostaria de poder explorar aquele local. Nunca vi uma pedra tão grande, imagino como ela é de perto."
Antes que pudessem continuar a conversa, a porta se abriu e seu pai entrou na pousada. Arya correu em sua direção, o coração acelerado pela emoção. Seu pai era uma figura imponente, com ares de experiência adquirida em suas muitas jornadas marítimas.
"Pai, você viu aquela pedra gigante ao norte?", perguntou Arya, mal conseguindo conter sua empolgação.
Seu pai acenou com a cabeça, uma expressão séria no rosto. "Sim, minha filha. O príncipe parece estar preocupado. Ele está atrasando as negociações e isso pode afetar nossos planos de viagem."
Arya franziu o cenho, confusa. "Por que o príncipe estaria preocupado com uma pedra, pai?"
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Seu pai suspirou, preocupado. "Há rumores de que possa não ser uma pedra, mas sim um navio encalhado. É uma situação incomum e pode impactar os preços das mercadorias."
Ela assentiu, absorvendo as palavras do pai.
"Mas deixemos esse assunto de lado por enquanto. Conte-me o que essa jovem aprontou hoje", disse o pai, mudando de assunto com um sorriso gentil.
Arya então compartilhou suas pequenas aventuras do dia, enquanto pai e filha desfrutavam de preciosos momentos juntos, aguardando o desenrolar dos eventos que poderiam mudar o curso de suas vidas.
No salão sombrio do Palácio de Ébano, o Príncipe Roderick sentou-se no trono de obsidiana, cercado por seus conselheiros leais. A atmosfera estava impregnada de intriga e desconfiança, cada figura ali presente escondendo seus próprios segredos e ambições.
O Príncipe Roderick lançou um olhar penetrante ao redor da mesa, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação. "Uma pedra negra foi avistada ao mar do norte de nossas terras. Isso despertou preocupações e especulações entre meu povo. Devemos discutir as possíveis ramificações desse evento."
Harald foi o primeiro a falar, sua voz sussurrante ecoando pelo salão. "Os relatórios dos espiões sugerem que essa pedra pode ser mais do que parece. Há rumores de que é um presságio sombrio, um prenúncio de tempos turbulentos que se aproximam."
Gareth, cujos olhos astutos estudavam cada rosto na sala, acrescentou: "Devemos considerar todas as possibilidades. Se essa pedra é de fato um sinal de perigo, devemos estar preparados para enfrentá-lo. No entanto, também devemos estar atentos às oportunidades que essa situação pode apresentar."
Reynard, cujo semblante feroz refletia sua determinação em proteger o porto, falou com fervor. "Nossa guarda deve estar pronta para agir a qualquer momento. Reforçaremos nossas defesas e estaremos preparados para repelir qualquer ameaça que se aproxime de nossas muralhas."
Ulric, cujo sorriso era tão afiado quanto uma lâmina, interveio com suas preocupações financeiras. "Precisamos ser prudentes com nossos recursos, meu príncipe. Recrutar mais soldados custará ouro, e nossos cofres já estão esticados até o limite. Além disso, devemos considerar como isso afetará o equilíbrio de poder dentro de nossas próprias fileiras."
A tensão na sala aumentou quando Reynard, com olhos furiosos, acusou Ulric de ser o obstáculo para o aumento da guarda. "Ulric, todos sabemos que você está relutante em liberar os fundos necessários para aumentar nossas defesas! Enquanto isso, nossas muralhas permanecem vulneráveis e nossos cidadãos desprotegidos. Você está disposto a arriscar suas próprias vidas por causa de sua avareza?"
Ulric, com um semblante impassível, respondeu com firmeza: "Não permitirei que minha boa administração financeira seja comprometida por caprichos de paranoia. A segurança de nossa cidade pode ser garantida com os recursos existentes, desde que sejam usados com sabedoria."
Enquanto a discussão esquentava, o príncipe observava em silêncio, avaliando as palavras e os movimentos de cada conselheiro. Ele sabia que esta era uma situação delicada, onde as decisões poderiam ter consequências devastadoras.
O Príncipe Roderick ouviu as palavras de seus conselheiros com atenção, ciente das intrigas e conspirações que permeavam o porto. "Muito bem," ele disse, sua voz ecoando pelo salão como um trovão distante. "Seguiremos essas recomendações. Que cada um de nós cumpra seu dever para com Ébano, mesmo que isso signifique navegar por águas perigosas."
Com isso, a reunião chegou ao fim, cada conselheiro partindo para cumprir suas próprias agendas, suas mentes trabalhando em segredo para moldar o destino de Ébano conforme suas próprias vontades ocultas.
Enquanto observava o horizonte, Ricardo vislumbrou uma grande mancha negra, distante e imponente. Uma presença sinistra que despertou o medo do desconhecido em sua mente, fazendo-o estremecer diante das possíveis ameaças que poderiam estar por trás daquela sombra distante. Sua determinação em proteger sua família era inabalável, mas o temor pelo que estava por vir o deixava inquieto.
Enquanto isso, Sauro, um menino de 12 anos, estava concentrado em construir uma casa de areia à beira do porto, envolto na inocência e na alegria típicas da infância. Ao lado dele, sua irmã mais nova, Clara, de 10 anos, observava com admiração, absorvendo cada lição sobre a arte da construção improvisada. Entre risadas e brincadeiras, os dois irmãos desfrutavam da tranquilidade daquela tarde ensolarada, alheios aos perigos que se aproximavam.
Quando Clara, em um momento de brincadeira, lançou uma pequena quantidade de areia em Sauro e riu, ele fingiu indignação por um instante antes de começar a persegui-la em uma brincadeira animada. A alegria contagiante das crianças enchia o ar, criando uma atmosfera de paz e felicidade que contrastava com a tensão crescente no horizonte.
No entanto, a harmonia foi abruptamente interrompida pelo som estridente de uma buzina, ecoando pelo ar e cortando o silêncio da tarde. Instantaneamente, o pânico se espalhou pelo porto quando viram o guarda, com expressão séria, ordenando que todos se recolhessem às pressas. Com o coração batendo forte no peito, Sauro olhou para o horizonte e viu a mancha negra se movendo ameaçadoramente em sua direção, enchendo-o de temor e apreensão.
Sem hesitar, ele seguiu sua mãe em direção à segurança da casa, segurando firmemente a mão de Clara enquanto corriam. Seu pai, corajoso e decidido, liderou o caminho até a muralha, pronto para enfrentar o perigo que se aproximava. Com um último olhar de preocupação para seu pai, Sauro seguiu sua mãe, levando consigo a memória daquela tarde despreocupada, sabendo que tudo mudaria a partir daquele momento fatídico.
No topo das muralhas, os guardas estavam em alerta máximo, observando a mancha negra se aproximando rapidamente. Os murmúrios de preocupação ecoavam entre eles, enquanto se preparavam para o inevitável confronto.
Enquanto isso, os conselheiros do Príncipe Roderick continuavam suas intrigas nos corredores escuros do palácio, cada um buscando garantir seus próprios interesses mesmo em meio à iminente ameaça. As sombras do poder dançavam ao redor deles, obscurecendo suas verdadeiras intenções.
Enquanto as diferentes histórias se desenrolavam em Ébano, os destinos dos personagens estavam prestes a se entrelaçar de maneiras inesperadas. O futuro da cidade estava em jogo, e apenas o tempo revelaria quais seriam as consequências desses eventos tumultuados.