Um mundo novo começou a se mostrar, tímido e receoso à princípio. Como estaremos no caminho que se abre?
Ema e eu já estávamos morando juntos há quase uns dois meses. Sem que percebêssemos desenvolvemos uma rotina muito gostosa: em qualquer oportunidade aproveitávamos para conversarmos, tanto sobre assuntos da empresa quanto sobre qualquer outro. Mesmo em se tratando do O Livreiro nos divertíamos bastante. E havia assuntos demais, e todos bons assuntos, que nos fazia rir, porque distorcíamos as coisas e criávamos situações alternativas bem divertidas. Muitas vezes deixávamos algum assunto de média importância só para ficarmos nos curtindo.
Uma noite nós estávamos conversando na cozinha, ela encostada nos armários perto da porta da cozinha que dava para o terreiro e eu, na mesa, pois havia acabado de lanchar. Era início da noite, e a temperatura estava muito agradável. Ela estava com uma blusa larga e um short que em nada fazia jus às suas curvas, enquanto eu estava de short e camiseta.
- Será amanhã a assinatura dos contratos com o Mikael e com o Nikolai? – Ema quis saber.
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- Será sim, às quatorze horas e às dezesseis. Bom, não é?
- Sim, muito bom. E eu já estou adiantada no livro do Nikolai, e também já estou pensando no livro Danatuás, do Mikael.
- Maravilha, Ema...
- Você leu algum material do Nikolai?
- Li sim ... É sensual, e de um erotismo suave. Gostei...
Então a conversa foi evoluindo quando, sem entender o que nos levara ao assunto, fiz uma pergunta, mais por curiosidade, talvez inspirado nos livros do Nikolai.
- Ema, mata uma curiosidade minha.
- Fala...
- Eu sempre quis saber: vocês mulheres, quando andam, e a calcinha enfia no reguinho... Isso incomoda vocês?
Ema não aguentou e riu.
- Não me diga que você está pensando em usar sua cueca assim – riu novamente.
- Nossa, de forma alguma – virei para ela uma cruz de dedos. – Excomungo. É apenas uma curiosidade...
- Bem...
Ela ficou pensando por algum momento, talvez avaliando a minha pergunta.
- Não, não incomoda não. Para falar a verdade, Noah, falando sobre mim, eu até acho gostoso demais. Ela fica raspando, e é muito bom.
- Raspando? – Estranhei. – Ah, entendi - falei, mais pelo sorriso malicioso que ela me endereçou. - Sério? Você gosta dele ficar sendo raspado?
- Eu gosto sim – sorriu. Achei bonito a malícia que havia nele.
Foi então que, com surpresa, vi que seus olhos passaram rapidamente por mim.
Sorri, achando estranho ter parecido que havia algo mais naquele olhar. Mas, como éramos muito amigos, deixei para lá.