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Chapter 48: Capítulo 47

Chapter 48: Capítulo 47

CHAPTER 48: CAPÍTULO 47

Manuela.

O final de semana passou rápido, passei a manhã de domingo com Caio na casa dele já que havia

dormido lá e tinha sido maravilhoso. Infelizmente a realidade da vida tinha voltado e com tudo, estava

agilizando minha mudança e também me dedicando para as provas bimestrais.

Era somente uma Manuela mas estava dando o melhor de mim, me dividindo em várias para dar conta

de tudo.

Durante a semana anterior já tinha resolvido quase setenta porcento da mudança, tinha visto um

caminhão, tinha pago para pessoas desmontarem algumas coisas minhas em meu quarto e mesmo

não pedindo, o pessoal se prontificou em me ajudar com a mudança.

O bom foi que eu nem precisei obrigar ou subornar eles.

A sala de aula estava em um repleto silêncio, no corredor só havia funcionários do colégio passando

pra lá e pra cá e o que tomava conta da sala de aula era o barulho do ar condicionado. Hoje a prova

era de português e inglês, estava na última questão de Português praticamente quebrando a cabeça

para responder, não tinha estudado tanto assim para essa matéria mas prestar atenção em algumas

aulas era o que talvez teria me salvado hoje.

Fiquei quase vinte minutos da questão tentando formular uma reposta para a mesma e depois de

pensar bastante em diversas possibilidades de repostas, a fiz, entreguei as duas provas para o

professor e sai de sala. Fora da mesma fiquei rindo sozinha da Lya, antes de sair da sala dei uma

olhadinha rápida para ela que estava olhando para a prova com um olhar apavoroso, parecia que

estava vendo um monstro em sua frente.

Para quem conhece a peça, sabia que era só mais uma prova que ela não teria estudado nada e

provavelmente iria entregar em branco. Eu admirava muito a coragem da Lya de fazer uma loucura

dessas sem medo algum da reprovação.

Na cantina da escola, pedi um sanduíche natural e suco de manga, estava morrendo de fome e o olho

grande foi tanto que acabei cedendo e pedindo uma coxinha também, eu amava a coxinha do colégio

e fazia um tempo que não a comia, toda vez que eu tentava eu colocava pra fora no mesmo instante.

Fiz meu lanche sentada em um das mesas que havia no pátio, tinha poucas pessoas, as poucos iam

descendo e seria provavelmente pessoas que teriam acabado a prova assim como eu. Lá para as dez

horas Lya, Gusta e Pedro desceram juntos conversando enquanto eu, devorava minha sexta barrinha

de cereal.

Hoje eu estava o dragão em pessoa.

— Passou um rato aqui? — Gusta fez uma careta ao ver os pacotinhos das barrinhas abertos da

mesa.

— Ratazana, né? — Lya se sentou e colocou a mochila sobre as pernas — Ou Camundongo também,

ela se encaixa mais nesse — dei o dedo médio.

— Bom dia pra vocês também — rolaram os olhos — O que acharam da prova? — enfiei a barrinha

toda na boca.

— Uma merda — Gusta bufou.

— As primeiras questão estavam difíceis e as últimas pareciam as primeiras — gargalhei. Pedro

esfregava as têmporas de um modo engraçado que me fazia rir mais ainda.

Ficou um silêncio entre nós, claramente estávamos tensos, apesar de ser uma das primeiras provas

era o nosso último ano e tínhamos que dar o nosso melhor.

— Eu achei fácil — se ajeitou na cadeira.

— Lya, você fez quantas questões? — perguntei para a mesma com a sobrancelha arqueada.

Nunca que Lya, em sã consciência, acharia uma prova fácil.

— Fiz ela toda, ué.

Eu, Gusta e Pedro nos entreolhamos com a testa franzida, sem acredita no que tínhamos acabado de

escutar.

— Lya...— dissemos juntos encarando a mesma que nos olhava com cara de tédio.

— Tá bom, tá bom — rendeu-se — fiz três questões, estão satisfeitos agora? — bufou.

— Mas a prova tinha dez questões — Pedro franziu a testa.

— E eu tenho cinco dedos em cada mão, quer ver uma delas parar na sua cara igual H-five? — rimos.

Pouco tempo depois Natália chegou, ela sempre era a última a sair das provas e também a que

sempre tirava nota boa, oito pra ela era como se fosse um cinco, chorava e tudo.

Enquanto isso pra Lya cinco era quase um dez.

Só tinha maluco.

— Como foi a prova meu bem? — Gusta perguntou após a mesma sentar em seu colo e dar um

selinho.

— A suspensão vem, tô até vendo — abri outra barrinha.

Eram dez horas da manhã, eu estava esperando Caio já que era sua folga, nós iríamos nos encontrar

de novo. Eu gostava de ficar com Caio, ele era um amor de pessoa e a gente se dava bem pra porra.

Não tínhamos nada, só amizade e era bom ficar com alguém pra distrair a mente.

Eu gostava demais da presença dele.

Ficamos conversando todos sentados na mesa, na verdade apenas eu, pedro e Lya porque Gusta e

Naty ficaram no maior love esquecendo totalmente da gente. Lá para onze e dez Caio chegou, me

despedi de todos com um beijo no rosto e fui ao seu encontro. Seu carro estava parado quase em

frente ao colégio, sorri e andei na direção do mesmo. Um homem todo de preto passou esbarrando

em mim me fazendo cair no chão, ele não parou em momento algum para se desculpar ou algo do

tipo.

— Você está bem? — Caio saiu do carro a mil e me ajudou a levantar — que cara babaca — olhou Content from NôvelDr(a)ma.Org.

para o mesmo, que estava pouco distante.

— É, to bem — ri fraco — só meu pulso que está doendo um pouco — olhei para o final da rua, onde o

cara que me derrubou estava indo.

Ele ficava cada vez mais distante, não me era estranho, me recordava de algumas vezes te visto o

mesmo homem encapuzado passando por mim ou mesmo atrás de mim como se estivesse me

seguindo. Talvez eu estaria louca, podia ser só coisa da minha cabeça ou algo parecido. Fiquei tão

entretida nos meus pensamentos que Caio me chamava e estalava os dedos na minha frente me

fazendo voltar a realidade.

— Desculpas — dei um sorriso torto.

— Você conhece aquele homem? — perguntou enquanto abria a porta para mim — porque se não eu

vo..

— Não — disse rápida — não o conheço e relaxa, está tudo bem, foi só um esbarrão — sorri e o

mesmo fechou a porta do carro.

Passei a mão na barriga respirando fundo, quando cai meu primeiro pensamento tinha sido o bebê.

Caio entrou no carro dando partida, tentei não pensar nisso, aliás foi como eu tinha dito, talvez fosse

apenas coisa da minha cabeça. Eu e caio fomos conversando o caminho todo, até chegarmos em sua

casa, ele iria preparar um almoço para a gente e eu estava mega ansiosa.

— Não sei se vai ficar bom mas por favor não mente pra mim — fez beicinho e eu ri — se quiser tomar

banho, o banheiro fica lá em cima, segunda porta à direita.

— Obrigada.

Peguei na minha mochila um conjuntinho florido que eu havia separado hoje pela manhã e minha

toalha, subi rumo ao banheiro e a casa de Caio era tão grande que eu me perdi. Depois de uns

minutos eu finalmente o achei, entrei no mesmo e ele era enorme, até banheira tinha. Tomei uma

ducha quente e demorada e durante o banho percebi que meu braço e cotovelo estavam pouco

ralados por conta do esbarrão. Sai enxugando o cabelo, enquanto secava o mesmo fiquei observando

meu corpo desnudo pelo espelho e a cada dia minha barriga ia crescendo, não estava imensa mas

quem reparasse bem saberia que tinha um ''terroristazinho'' sendo gerado em meu vente. Meus seios

também haviam crescido, nunca fui de ter muito peito, Deus tinha me presenteado com uma raba

imensa mas daqui a pouco eu estaria igual uma vaca.

E infelizmente não iria demorar muito.

Vesti o conjuntinho e passei um hidrante no corpo antes de deixar o banheiro. Quando abri a porta já

dava pra sentir um cheirinho de algo sendo preparado, desci as escadas penteando o cabelo e

quando cheguei na cozinha, Caio cozinhava apenas de bermuda.

Se eu não estava vendo um Deus grego na minha frente eu nem sabia o que era.

— Você curte peixe, loirinha? — se virou pra mim mexendo na panela com uma colher de pau.

— Curto tudo o que é de comer — me sentei na cadeira da bancada e nós rimos.

Caio mal sabia o que o esperava, a fome eu estava sentindo hoje estava fora do comum e a

possibilidade de eu comer toda a travessa e ele ficar sem nada eram altas.

Ficamos conversando enquanto ele cozinhava, até ajudei o mesmo com algumas coisas e depois de

insistir muito o mesmo deixou eu montar a mesa para nós. Meu celular, que estava em cima da

bancada vibrou algumas vezes mas nem me dei o trabalho de ver o que era, o clima estava tão bom

que celular era o o que menos me interessava. Nós almoçamos juntos, Caio fez um peixe maravilhoso

assado e eu tinha perco a conta de quantas vezes tinha repitido. Lavei toda louça e pela tarde nós

ficamos no sofá agarradinhos vendo filmes.

Tinha coisa melhor? Não.

Mensagem on.

Número desconhecido.

Ainda não acabou.