O som rítmico de metal chocando contra pedra preenchia o campo de treinamento improvisado nos arredores da vila de Finn Houford. Sob o sol escaldante, o jovem de cabelos brancos e mechas cinzas escuras nas pontas ajustava sua postura, segurando firmemente a katana que pertencera à sua mãe.
Rivion, a Lâmina Pura, brilhava impecavelmente em suas mãos. Seu cabo preto com detalhes amarelos, o guarda-mão em formato de quadrado com uma estrela no meio e a bainha branca cuidadosamente decorada refletiam o cuidado meticuloso que Finn dedicava à arma. Para ele, a espada não era apenas uma ferramenta de combate, mas um elo com a memória de sua mãe.
Com um movimento ágil, Finn invocou sua magia de afinidade: areia de magiferro. O pó metálico emergiu de suas mãos e se moldou rapidamente, formando lâminas idênticas a Rivion. Ele as arremessou contra os alvos de madeira espalhados pelo campo, cada uma cortando com precisão cirúrgica.
"Preciso ser mais rápido... mais forte...", murmurou, limpando o suor da testa. Mesmo com sua habilidade crescente, Finn nunca deixava de se menosprezar. Para ele, sua afinidade era uma ferramenta "meio merda". No entanto, sua determinação em aprimorá-la superava qualquer insegurança.
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— Ei, Finn! — uma voz familiar chamou. Lukas, seu melhor amigo, se aproximava com um sorriso no rosto e sua lança de prata nas costas. — Treinando de novo?
— Sim. Não posso me dar ao luxo de descansar — respondeu Finn, enquanto moldava mais uma lâmina com a areia metálica.
Lukas cruzou os braços, observando as lâminas flutuantes ao redor do amigo. — Sabe, sua afinidade é bem impressionante. Não vejo ninguém por aqui capaz de criar armas com tanta precisão.
Finn soltou uma risada curta. — Impressionante? Isso é só areia de magiferro. Nem chega perto de ser algo grandioso como sua água.
Lukas balançou a cabeça, discordando. — Você pensa assim porque não vê o que eu vejo. Sua habilidade vai muito além do comum, Finn. Só falta você perceber isso.
Antes que Finn pudesse responder, Lukas puxou sua lança e apontou para um dos alvos de madeira. — Que tal um treino rápido? Quero ver se suas lâminas podem me acompanhar.
Finn abriu um sorriso tímido, mas aceitou o desafio. — Tudo bem. Só não reclame depois.
Os dois assumiram posições opostas no campo, prontos para começar mais uma sessão de treino que, para eles, era tanto uma competição amigável quanto uma forma de fortalecer seu vínculo.
Mesmo em meio às dúvidas que o perseguiam, Finn sabia que, com Lukas ao seu lado, talvez pudesse encontrar o caminho para algo maior do que ele mesmo acreditava ser capaz.