O príncipe ainda estava preso pelo feitiço de contenção que Lilith havia lançado, incapaz de se mover completamente, mas ele observou cuidadosamente enquanto ela se levantava do chão. A fúria gravada no rosto de Lilith era aterrorizante, seus olhos queimando com puro ódio. Ela avançou furiosamente, determinada a acabar com o príncipe de uma vez por todas.
— Você acha que pode me desafiar, príncipe?! — Lilith gritou, sua voz pingando veneno. — Eu não sou alguém que cai em meros truques!
Ela levantou as mãos, preparando-se para lançar um feitiço fatal, sua magia crepitando ao redor dela como faíscas prontas para acender. No entanto, antes que ela pudesse dar o golpe final, algo inesperado aconteceu.
Uma luz ofuscante irrompeu da runa que Lilith havia inadvertidamente ativado em si mesma. Seus olhos se arregalaram em choque e, antes que ela pudesse reagir, uma onda de energia percorreu seu corpo. Um choque poderoso a atingiu como um raio, forçando-a a cambalear para trás. Lilith gritou de dor, caindo de joelhos enquanto seu corpo convulsionava a cada tentativa de se aproximar do príncipe.
— O que... o que está acontecendo?! — ela engasgou, tentando avançar novamente, mas a marca de escrava, agora totalmente ativa, enviava outra onda de agonia através dela toda vez que ela tentava usar sua magia contra ele.
O príncipe, ainda preso, observou a cena com uma mistura de espanto e alívio. Ele não havia previsto que o feitiço da escravidão funcionasse dessa forma, mas agora ele entendia. A runa, projetada para garantir obediência completa, estava punindo Lilith por tentar prejudicar seu suposto "mestre" — ele mesmo.
— Você trouxe isso para si mesma, Lilith — o príncipe murmurou, observando enquanto a dor a consumia. — Essa marca... você me queria como sua escrava, mas agora está acorrentada pelo seu próprio poder.
Lilith lutou contra o feitiço, cada movimento desencadeando novas ondas de tormento, seu corpo tremendo incontrolavelmente. Sua raiva a cegou, e ela não conseguia parar, mesmo sabendo que estava se destruindo no processo de tentar matar o príncipe. A cada passo mais perto dele, a dor se intensificava.
— Não... — ela rosnou, agarrando-se ao chão, tentando se levantar novamente. Outro choque a atingiu, ainda mais forte dessa vez, jogando-a para trás. Seu corpo se chocou contra a parede com um baque pesado, seu grito ecoando pela caverna.
O príncipe fechou os olhos por um momento, respirando fundo, sabendo que esse era o fim de Lilith — não por sua força, mas pelo que ela havia se tornado.
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No salão principal do castelo, a tensão era palpável. Tudo estava preparado para a coroação de Cedric, mas havia um desconforto visível entre os presentes. Do lado de fora, a multidão se reunia aos pés do castelo, protestando vigorosamente, suas vozes ecoando pelos corredores. "Aemon! Aemon!" O nome de Aemon Volcrist era entoado por aqueles que ainda acreditavam nele, enquanto os apoiadores de Cedric tentavam em vão silenciar a multidão.
Fianna, Edric, and Thorne were in a private room, away from the noise but no less affected by the tension. Their expressions reflected the weight of the situation.
— How did we get to this point? — Fianna asked, her voice slightly trembling but firm. She rose from her chair, pacing the room with short, nervous steps. — How did everything spiral out of control so quickly?
Edric, more serious than usual, looked out the window, observing the chaos unfolding outside.
— We never thought the prince’s name would still hold so much power. We believed he was dead or, at the very least, forgotten.
Thorne, leaning against the wall with his arms crossed, seemed thoughtful.
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— The mistake was underestimating what he represents to the people. They see in him something Cedric could never achieve: hope. Cedric may have the title, but the prince has the people’s hearts.
Fianna stopped, turning to face them.
— Where is the king? — she asked, trying to maintain her composure, though the nervousness in her voice was noticeable.
Thorne sighed, uncrossing his arms and walking toward her.
— He refuses to leave his chambers. He says he’s preparing, but I think he’s afraid. Afraid of what’s to come and that this coronation might turn into a death sentence instead of a victory.
The silence that followed was heavy. Outside, the chants and shouts grew louder, more intense. The people wanted Aemon, not Cedric, and now it was clear to everyone.
— The protests are escalating, — said Edric, stepping away from the window to face the other two. — If this coronation happens tomorrow, I don’t know if the castle will withstand the crowd’s fury.
Fianna looked down at the floor, as if searching for answers that weren’t there.
— And what if the prince is truly alive? — she murmured, barely believing her own words.
Thorne shook his head.
— If Aemon is alive and returns… Cedric is finished.
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In Cedric’s private chambers, the atmosphere was entirely different from the tension reigning throughout the rest of the castle. Lady Seraphine was radiant, her eyes gleaming with pride as she watched her husband adjust the ceremonial attire he would wear for the coronation. She approached him with a satisfied smile, gently stroking his shoulder.
— Finally, Cedric, — Seraphine said in a soft yet content voice. — Everything is falling perfectly into place. Today, you’ll be crowned king, and all those who doubted us will have to kneel before your power.
Cedric, de pé diante de um espelho, deu um sorriso contido.
— Sim, finalmente. — Ele endireitou sua postura, admirando sua figura. — Por tanto tempo, tivemos que nos mover nas sombras, calculando cada passo. Agora... agora é o nosso momento.
Seraphine sorriu, aproximando-se dele, seus olhos brilhando com uma mistura de orgulho e ambição.
— Você conseguiu, Cedric. Eles podem protestar lá fora, cantar por Aemon o quanto quiserem, mas ele não está aqui. Hoje, tudo será selado. A coroa repousará sobre sua cabeça, e nenhum fantasma do passado a tirará.
Cedric pegou a mão dela, beijando seus dedos delicados.
— Eles não entendem, Seraphine. — Sua voz era calma, mas firme. — Não se trata apenas de sentar no trono. Trata-se de estabelecer uma nova era. Um reinado de força, de estabilidade... algo que o príncipe nunca poderia oferecer.
Seraphine assentiu, seu olhar refletindo o mesmo cálculo frio de Cedric.
— O príncipe era uma sombra, uma promessa quebrada. Você, Cedric, é real. Você construiu alianças, forjou uma base sólida com os outros subdomínios. E agora, tudo está ao nosso alcance.
Ela se inclinou, beijando-o levemente nos lábios.
— Hoje marca o início do nosso reinado, meu amor. E juntos, seremos imparáveis.
Cedric sorriu, saboreando as palavras da esposa, o otimismo dela alimentando seu ego.
— Eu sempre soube que com você ao meu lado, tudo se encaixaria. — Ele olhou para ela, a intensidade em seus olhos se aprofundando. — Agora, nada pode nos parar.
Seraphine riu suavemente, um som leve e cheio de confiança.
— Nada, de fato. Hoje é o dia em que nosso sucesso se torna oficial. E a melhor parte… — ela se inclinou para mais perto de Cedric, sussurrando em seu ouvido — …é que isso é só o começo.