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Capítulo 1

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Frostland era um dos sete reinos do império. Lá, era sempre inverno em todas as estações. Essa terra também tinha muitos outros nomes, como “O Inverno Infernal”, “O Mais Frio do Império”, “Terra sem Sol” (por mais que houvesse sol, o frio era tanto que parecia que não tinha um) e por fim “O Inverno Eterno”.

Kristofer Storm era um dos moradores dessa densa região, que havia completado os seus 18 anos. Era alto, loiro, branco quase como neve, tinha olhos azuis e o cabelo espetado para a frente. Kristofer cresceu com a madrinha toda a vida, por ela foi criado e por ela viveria. Quando nascera, o jovem perdeu a sua mãe e o seu pai estava numa missão importante onde alguns meses depois acabou por perder a vida. Mas o pai tinha histórico e tinha deixado algo para Kristofer, algo que o seu filho só poderia receber no seu 18º aniversário. Ele já ouvia histórias sobre seu pai que sua madrinha lhe contava quando pequeno, o pai era um grande mercador que pisou nos 7 reinos. O rapaz queria seguir o legado do pai:

-”É hoje!” — Kristofer acordara. Levantou-se, vestiu-se com um pullover azul que cobria até ao pescoço e calças pretas. Colocou as suas luvas sem proteção para os dedos, mesmo que sentisse mais frio ele sentia-se bem naquelas, calçou as suas botas de couro, por fim pegou na sua bolsa que colocou na cintura e saiu do quarto.

-Bom dia Kris! Muitos parabéns! — cumprimentou Hulda, a sua madrinha. — Pareces empolgado!

-Claro que estou, não tenho motivos para estar nem um pouco menos do que estou.

-Muito bem rapazinho, eu sei que estás ansioso, mas o dia acabou de começar. O pequeno almoço está na mesa.

Hulda havia feito um dos pequenos almoços favoritos de Kris, Smørbrød de frango, uma sandes de pão de centeio, com recheio de frango e salada. Kristofer devorou a sua primeira refeição do dia que estava deliciosa.

-Muito obrigado! Agora, poderia contar-me o que tenho esperado toda a minha vida?

-Muito bem então. — Hulda foi ao seu quarto buscar um envelope e deu-lho. — O teu pai escreveu esta carta caso morresse, para que quando te tornasses um homenzinho feito, lê-ses e ter alguma forma de sustentares-te. Lê.

-

Porto Arcano, 23 de março de 512

Meu querido filho Kris,

Lamento por ter estado ausente durante toda a tua vida. Acredito que tenhas ouvido algumas das minhas histórias, mas provavelmente ainda não ouviste quase nada. Não sei qual rumo queres tomar para a tua vida, mas deixar-te-ei 1000 millénnis para começares a tua jornada, mais as minhas velhas ferramentas. Se quiserdes seguir meu caminho, filho, saiba que podereis comprar uma barraca de feira com esse dinheiro e comprar alguma coisa para investir. Com essas ferramentas também podes conseguir recursos.

Gostaria de estar aí, cuida-te!

Phillipp Storm

Kristofer ficou bastante emocionado com o que leu, era a primeira carta do pai que lia. Phillipp Storm, o lendário mercador vindo de Frostland que desbravou todas as terras. Tinha uma lágrima que queria sair, mesmo sem convite, mas segurou-a. Ao mesmo tempo também estava animado por começar a sua jornada. — Muito obrigado madrinha, por dar-me esta carta. E gostaria de agradecer ao meu pai.

-Ele sabe. O clarão nunca se apagou de fato.

O clarão, um dos apelidos do seu pai, nunca entendera o porquê, talvez pelo sobrenome, mas também não sabia tanto assim tanto sobre o pai, só ouvira histórias mais superficiais.

-Bem, ainda são 8 horas da manhã, tenho de começar a fazer um bocado de coisas.

-Pois, já não és um rapazinho. Que Deus te tenha!

-Até logo! — Kristofer pegou no seu casaco e foi embora.

Kristofer saiu da sua casa, que ficava para o fim da rua Emill Sverre e foi para a casa vizinha, a de seu melhor amigo, Ethan Lumi. Era da mesma altura que Kris, era loiro, mas o seu cabelo tinha uma cor mais seca, ainda sobre o cabelo, era espetado para cima e tinha um rabo de cavalo. Tinha um cavanhaque também loiro. Usava óculos azuis escuros e tinha olhos verdes. Usava um equipamento idêntico ao de Kris, mas estava com uma camisa mais clara. O seu grande colega, era como um irmão, ele e a madrinha eram as únicas pessoas que realmente importavam em sua vida. Os dois queriam ser mercadores há anos. Não havia nenhum estabelecimento como uma escola em Frostland, mas havia uma biblioteca, ainda para mais na rua deles. Estudaram sobre economia e sobre o Inverno Eterno em livros que encontraram lá e Ethan acabou por conseguir comprar um livro sobre os recursos da terra da neve que dizia cada recurso e seu preço estimado, também tinha uma cruz para assinalar se haviam encontrado ou não o tal recurso. Também tinham um bloco de notas. Kristofer ia lá para começarem a planear o primeiro dia e depois tinham de ir comprar a barraca.

-Knoc Knoc — A porta rangeu e foi rapidamente aberta por Ethan que recebeu o seu amigo com um sorriso caloroso. — Ethan!

-Kris, muitos parabéns!

-Muito obrigado. Temos assuntos pendentes.

-Já te contaram o tal segredo? — Perguntou Ethan intrigado

-Sim, sim e foi uma surpresa de bom agrado.

-Então?

-Toma, lê. — Kris entrega a carta a Ethan que lê e devolve. — Bem, agora poderemos começar o nosso comércio.

-A sério? Bem, parece… incrível! Finalmente poderemos começar o nosso sonho! Ainda não tenho as minhas ferramentas então fico na barraca a tratar das vendas. Tu, pelo menos por enquanto, tratas dos recursos, também acho que tens mais jeito do que eu para cortar madeira e catar pedras. — Ambos dão uma gargalhada. Kris senta-se no sofá da sala. Ethan, acende a lareira e vai buscar uma taça de hidromel para os dois saborearam e esquentarem-se enquanto preparam os seus planos. — Bem, nós já vimos isto várias e várias vezes, mas vamos ver mais uma vez com a cabeça e pés assentes na terra. Nós agora vamos vender para a população de Frostland e não para estrangeiros. Talvez um dia tenhamos a sorte de ter uma vaga na baía nevada ou em outro reino, mas por enquanto vamos vender na praça, ou seja, precisamos de recursos que satisfazem a população local. Frostland não é muita rica em plantações, temos as nossas e conseguimos plantar para ter alimento, mas não dá em abundância. O celeiro e o moinho também não funcionam, infelizmente a terra do inverno eterno está com dificuldades nesse campo. O rei exporta as nossas plantações e recebemos o produto tratado, ao invés de fazermos isso cá. Frostland não está nos seus melhores momentos. Ainda bem que não vamos ser guerreiros e acabar nas muralhas, ouvi dizer que as coisas lá estão precárias.

-Talvez não vamos acabar nas muralhas, mas talvez precisaremos de combate. Existem as minas! Lá dá para conseguirmos metais muito valiosos. O problema é que a maior parte que foi lá, não saiu. Há lendas de monstros infames por lá.

-Sim, isso é verdade, não duvido muito da existência desses monstros. Daria dinheiro, mas é melhor evitar, pelo menos por enquanto. Podemos estar mais ou menos mal na agricultura, o clima também não favorece muito, mas por outro lado, temos uma ótima fauna de peixes, a pesca pode ser muito lucrativa, podes ir falar com o pescador depois sobre isso. Outra coisa, a madeira. Temos pinheiros, bastantes pinheiros e ainda temos uma árvore que só nós temos, a sua madeira é resistente, mas é mais difícil de coletar por isso, a madeira de geada. Também podes arranjar pedras no exterior da montanha e arranjar algumas coisas como bagas por aí espalhadas.

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-Qual seria a melhor opção para agora. — Disse, após beber mais um pouco do hidromel.

-Para a pesca terias que ir falar com o pescador, ias perder bastante tempo do primeiro dia eu diria. Acho que começas a plantar no teu jardim ou vais apanhar madeira. Tem uma floresta não muito longe.

-Ok, boa ideia. — Acabou de beber o hidromel e anotou no seu bloco de notas para ir buscar madeira. — Onde arranjaste esta bebida já agora?

-É do meu pai. Ele tem bom gosto com bebidas. Ainda são 8 e 10 da manhã, vamos andando.

Ethan avisou ao pai que iria embora. Os dois rapazes saíram de casa e foram até ao centro da praça, atravessando a província de Mennesker e indo para a cidade, lá encontraram-se com um homem de meia idade.

-Bom dia, gostaria de comprar uma barraca aqui na praça.

O homenzinho olhou para a cara e a cor de cabelo e Kris e reconheceu-o:

-Tu deves ser o filho do Phillipp, não é?

-Exatamente.

-Ah sim, ele disse-me para guardar uma específica para ti, lembro-me do teu pai por aqui na praça. Era um bom homem, e ainda melhor mercador. Ele conseguia arranjar coisas que mais ninguém arranjava. Bem como desejais senhor Storm, o preço é 700 millennis.

-Aqui está.

-Muito bem, poderiam assinar aqui? — Os dois assinaram os seus nomes nas suas respetivas caligrafias, não eram as mais belas do mundo, mas eram legíveis. — Ok cavalheiros, sigam-me agora.

O homem leva-os até à barraca específica

-Isto agora é vosso. Foi um prazer fazer negócio com vós.

-Eu que agradeço. — Storm abre a barraca e Ethan toma conta dela depois.

-Vai buscar os recursos, eu fico por aqui. Volta pelo meio dia.

-Ok.

Kristofer atravessou para o outro lado da praça, chegando a Uller, a terra do campo. Lá, chegou à floresta Freya, que era maioritariamente constituída por pinheiros e árvores de abeto, mas também possuía algumas árvores mais exóticas, as então nomeadas geadas. Eram chamadas de geadas, pois a sua madeira refinada era branca como uma. Nunca tinha sido visto uma dessas sem neve nas folhas e não conseguia crescer em mais nenhum reino em condições naturais. A madeira de geada era mais valorizada no mercado, pela sua resistência. Era usado para vários fins, como casas, base para ferramentas ou para construção de decoração, entre outros. As suas folhas eram capazes de fazer uma corda mais resistente do que as outras também. Ela acabara por ser uma fonte de recursos que exibiam classe e estatuto, já que meras pessoas do povo dificilmente tinham-na, somente pessoas da burguesia para cima.

Ao chegar na floresta, Kris pegou no machado velho do pai, era de granito. Aquelas eram, provavelmente ferramentas do início da carreira de sir Phillipp. Pegou nele com cautela e precisão, admirando aquele pedaço arcaico. Concentrou a sua força no machado e foi partindo devagar um pinheiro. Após algumas batidas, o pinheiro então acabou por ceder e caiu. O rapaz não sabia analisar a idade das árvores, mas aquela parecia velha pelo que deixara. O mercador partiu as partes que restaram em pedaços mais pequenos de lenha e colocou-os num suporte que trouxera consigo e separara as pinhas. Pegara nas folhas com um punhal de dois gumes, também de granito deixado pelo seu pai, e guardara-as também, poderia fazer corda com elas depois. Repetiu o processo com mais umas duas árvores que se encontraram pelo caminho. Encontrou uma de abeto, que não era muito diferente, após cortar esta nova, teve de regressar com o peso às costas, já que nada mais cabia no suporte. Almejava ter uma carruagem ou algo que o ajudasse a carregar aquilo, mas era só um jovem mercador que acabara de começar e não tinha direito a nada. Carregou o peso com alguma dificuldade, mas acabara por chegar à praça e encontrar Ethan.

-Kris? Parece que estás cheio de carga, ainda são 9 da manhã.

-Cortar estas árvores dá um trabalho, espero que compense. A pior parte é trazer a lenha e a fibra para cá.

-Bem, por enquanto é o que temos, parece que encontraste alguns pinheiros e abetos, nada de geada?

-Encontrei uma um pouco ao longe, mas já estava quase com a carga cheia e ela ainda estava um pouco afastada, quando regressar, irei cortá-la.

-Muito bem, vou separar estes pedaços de lenha e colocar a venda. Um pedaço de lenha tanto de abeto como pinheiro, parece que vale por volta de 2 millénnis… não é muito eu diria, mas há de se começar por um algum lugar. Se conseguires a geada, cada lenha é 12 millénnis, um aumento significativo.

-Bem, certo, vou ver se encontro. — Kris estava um pouco desapontado que o esforço que tivera rendera tão pouco. Mas estava feliz por outro lado, pois tinha feito algo. Comera três bolachas que ali estavam para recuperar-se um pouco e voltará ao trabalho. — Vejo-te daqui a pouco.

Quando voltou à floresta, avançou um pouco mais, mas antes de chegar à bendita árvore, viu que tinha uma armadilha de urso por perto. Se havia tal coisa era, porque havia perigo. Ouvira da sua madrinha que haviam alguns animais selvagens por ali, mas ainda não tinha encontrado nenhum. Não se aproximou muito da árvore e analisou a área. Não parecia haver animais, mas por precaução, tentou arranjar outra árvore daquelas. Mais para o extremo sul, encontrou uma, que então com o seu machado tentou cortar. Esta era mais rija do que as outras eram, esta era mais complicada de ser cortada. Levou o dobro do esforço das outras para meter ao chão, mais dobro do esforço para separar em lenhas e pegar as suas fibras. Entendera o por quê de ter algum valor. Foi a única dessas que conseguiu apanhar, esta demorou-lhe cerca de quinze minutos para derrubar e o resto estava protegido por armadilhas, representando algum perigo. Era jovem e sem maestria, não tinha ensinamentos de luta, se aparecesse um animal selvagem como um urso ou um grande lobo, não escaparia.

Apanhou mais uns poucos pinheiros e abetos, para além de encontrar um arbusto com bagas silvestres, comera uma ou duas e deixara o resto para a venda. Eram cerca de 10 horas da manhã, ainda tinha de fazê-lo pelo menos mais uma vez. Caminhou até à praça e levou o material para lá. O inverno era duro, mas sacrifícios eram necessários, ainda não tinha visto como o mundo realmente era. Voltou para Uller e pegou mais uns pinheiros e abetos e depois voltara para a cidade. Quando chegou, já estava um pouco cansado, não estava na melhor forma, mas também não estava muito mal. Ao chegar, viu que nada ainda havia vendido, pensou em comentar algo, porém deixou os pensamentos para consigo. Tinha de aprender a ser paciente se quisera vender algo. Descansou até que fizessem meio-dia em ponto. Eles os dois fecharam e ataram a barraca, para que ninguém os roubasse e foram para suas casas. Ao chegar a casa, Kris fora surpreendido por Hulda, que lhe fez uma sopa de peixe e um bom fårikal. Uma carne de carneiro cozida com repolho e batata. Para sobremesa, tivera bolo de cenoura. Poucas vezes tinha uma refeição tão completa, mas era um dia especial, era o dia que iria de um rapazinho para alguém um pouco mais crescido. Foi uma refeição suculenta que preencheu o cansaço que sentira na matina.

Contudo, na parte da tarde, não foi para a floresta. Ficou na barraca a ajudar Ethan e a relaxar o corpo. Ao chegarem lá, abriram a barraca e olharam para a sua recém mercadoria obtida com algum orgulho, mas prefeririam se no lugar dela estivesse alguns millénnis.

Kris tentou chamar a atenção de quem ali passava. Tudo o que vira durante horas, era um estranho corvo em cima de um poste, com uma tocha que iluminava, a observar-lhe atentamente. Chamou-lhe a atenção, mas deveria ser normal por ali. Algum tempo depois, por volta das 4 horas da tarde, um homem alto, vestido de lã preta e coberto por um capuz, tinha o seu rosto praticamente escurecido e irreconhecível. Passou por perto da barraca e olhou para a cara de Kris e virou-se para ele.

-Então é verdade, ouvi falar sobre vós, que estava aqui presente.

-Olá, é uma honra chamar vossa atenção. Estaria interessado na nossa mercadoria.

-Vou levar a lenha de geada, mas não é só por isso que vim cá jovem rapaz. — Kris olhou-lhe o rosto escurecido e viu uma barba grisalha, viu que lhe faltava um olho que estava tapado e que ainda tinha cabelo castanho. — Sabes, ninguém, ou pelo menos quase ninguém, conheceu o teu pai tão bem como eu rapaz. Se quiserdes saber mais, precisas de mostrar-me a tua honra. Não posso ficar muito tempo aqui, há quem me procure. Mas deixar-te-ei um envelope que será de extrema importância, arranje-a, e um pássaro negro me dirá.

Kris ficou abesbílico com o que ouvia, um amigo de seu pai? O que será que aquilo continha? Parecia ser verdade o que aquele homem dissera, tinha um pequeno desenho na roupa que lembrava o símbolo da guilda de seu pai. Depois ficou a pensar no pássaro negro, o corvo, o corvo, só podia ser aquele corvo que o olhará por horas. Iria esperar para chegar a casa para abrir aquele grande envelope, não sabia o que continha. Ambos ficaram felizes com o que aconteceu:

-Ele comprou mesmo? Fizemos a nossa primeira venda?

-Parece que sim! Mas mais do que isso. Este homem desafiou-me à verdade, preciso de abrir isto depois e saber o que tem. Ele não se esqueceu do legado do meu pai.

Ethan também havia reparado no símbolo:

-Pois era, e o símbolo na camisa mostra que talvez esteja a dizer a verdade.

-Enfim, ganhámos quanto? 120 millénnis? Acho que não está mau para o primeiro dia.

-Pois não, eu disse que essa árvore iria valer a pena.

Horas depois a barraca fechou, devido ao tardio horário. Estava escuro, mas o céu estava aberto, dava para ver as estrelas no céu de forma tão bela. Os dois andaram felizes até casa. Kris comeu um jantar mais normal, salmão com batata, mas não deixava de estar bom. Depois do jantar, pegará no envelope:

-O que tens em mãos? — questionou Hulda.

-Não sei bem, um homem misterioso apareceu e deu-mo. Ainda não sei o que tem, mas ele disse conhecer o meu pai. — Hulda fez um sorriso para ele, como se soubesse o que viria. Ao mesmo tempo parecia um pouco preocupada, mas Kris não sabia bem o motivo. Kris abre o envelope e vê 3 peças enferrujadas e separadas. Tinha uma carta com apenas uma frase. “A primeira espada do lendário Phillipp Storm.” Era a espada do seu pai, que em tempos talvez fez algo, agora estava enferrujado, somente indo a um bom ferreiro poderia concertá-la, e por um bom valor. Ainda por cima a espada estava separada. — Uma espada? A madrinha poderia dizer-me o porquê de meu pai ter a usado? Era para os tais monstros da caverna?

-Creio que sabereis a resposta em breve. Basta conseguires arranjá-la. Eu não era próxima do teu pai quando ele começou a sua jornada, somente da tua mãe e ele viria a conhecê-la muito depois. Só ouvi algumas histórias sobre tal arma.

-Muito bem. Arranjar-ma-ei!

Kris estava muito empolgado com o dia que tivera, estava a melhorar, mesmo estando no fim. Foi para seu quarto, guardou a espada com cuidado. Tentou ler um livro para adormecer mais rápido, mas mal conseguia ler, estava repleto de pensamentos sobre como seria o dia de amanhã.

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