Desde de que me lembro, estou lutando.

Quando comecei a praticar minha primeira arte marcial, eu sabia que tinha achado o propósito da minha vida. Eu seria o melhor.

O melhor dos melhores, o melhor de todos os tempos... Eu queria alcançar um nível sobre-humano de proeza nas artes marciais, e foi isso que eu fiz.

Kickboxing, Taekwondo, Muay Thai, Jiu-Jitsu, Karatê, MMA, Krav Maga, Kung Fu, Bokator, Combato, Capoeira, Sambo, Shippalgi, Método de Luta Keysi, Judo, e por último, Aikido.

Dominei todos eles, eu exibia o mais alto nível de qualquer uma dessas técnicas e fui considerado por muitos como o ser humano mais perigoso já existente. 

Um detalhe era que eu era absolutamente um gênio, quando eu dominei todos esses estilos eu tinha acabado de fazer 21 anos. Minha taxa de aprendizagem estava sem dúvida em outro nível.

Depois de me satisfazer nos ringues eu decidi muda meu foco. 

Comecei a atirar. 

Na realidade eu passei por todo tipo de treino militar que estava ao meu alcance, usando as conexões que fiz ao longo da minha vida, participei de todo tipo de treinamento que você pode imaginar.

O problema era que eu sempre me adaptava e aprendia rápido demais.

Enquanto eu estava no meio dos meus treinos militares, comecei a praticar outro esporte. 

Parkour.

Tenho que dizer que me apaixonei completamente pela coisa. Todo dia eu passava 3/4 horas praticamente todo tipo de manobra maluca que eu conseguia imaginar.

Não tenho muitos músculos como fisiculturistas, o que posso dizer é que meu corpo é extremamente definido, e cada um dos meus músculos é visível como se alguém os tivessem os contornado.

Quando eu olhava no espelho, o que vinha na minha mente era o corpo de um Deus, mas eu nunca me importei particularmente com essas coisas.

Quando eu tinha 25 anos pisei do meu primeiro campo de batalha.

Com a guerra da Rússia e Ucrânia chegando ao ápice, me infiltrei entre os soldados Ucranianos e me passei por um deles.

2030 foi o ano em que o mundo e principalmente a Rússia percebeu o meu terror.

Eu massacre completamente unilateral, não importa aonde eu pisava o rastro de sangue seguia.

Minha contagem de mortos ultrapassou os 4 dígitos.

Em 2032 a guerra finalmente acabou a nessa época eu tinha certeza que já tinha matado mais de 10 mil soldados russos.

Depois que a guerra acabou fui considerado pela ONU como um indivíduo muito "perigoso" e portanto deveria ficar sobre vigia.

Particularmente eu não me importei com isso, peguei minhas coisas e sumi do mundo.

Minha próxima parada não foi outro se não o Japão, e por que o Japão?

Porque eu queria me tornar ninja, então que país melhor do que a origem deles?

E foi isso que eu fiz, me especializei ainda mais em espionagem, sabotagem, infiltração, assassinato e guerrilha.

Quando fiz isso tinha 26 anos.

Nesse ponto comecei a achar difícil me tornar ainda mais mortal do que eu já era.

Mas eu não ia desistir.

Foi então que me surgiu uma ideia.

Em 2033 o ano que muitos chamaram de "Extermínio do Crime" começou. Viajei de país em país derrubando cada organização criminosa existente.

Assassinando todo tipo de líder corrupto, o que me causou muitos problemas.

Minha cabeça era a que mais valia no submundo.

7 bilhões de dólares.

Nesse meio tempo é claro que fiz minha própria organização, simplesmente para facilitar minha vida.

Os pacifistas.

Por que o nome você pergunta? Na verdade é bem simples.

Porque nós exterminamos qualquer um que está causando problemas. 

Então eu comecei a treinar de um jeito novo, eu contra dois mestres de artes marciais diferentes, depois eu contra 3, depois eu contra 4 e depois eu contra 5.

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Você pode imaginar a cena, 5 pessoas que chegaram no ápice de suas respectivas artes marciais contra apenas 1, e mesmo assim a cada dia que se passava eu chegava mais perto de vencer.

 E assim eu continuei.

Contra 6, contra 7, contra 8, contra 9 e finalmente contra 10.

Isso foi aos meus 28 anos.

Ali eu sabia que eu era o ser humano mais perigoso que já pisou no planeta.

Tamanho não importava para mim, em 2 segundos eu posso matar alguém com mais de 2 metros.

Meu reflexos eram sobre-humanos, minha força era sobre-humana, minha velocidade era sobre-humana meu vigor era sobre-humano.

Eu já tinha ascendido a um nível diferente deles.

Mesmo assim eu não parei.

Contra 11, contra 12, contra 13.

A diferença de adicionar apenas uma pessoa era imensa, eles eram todos mestres fazendo de tudo para me incapacitar, não amadores.

A mesmo assim, eu sempre conseguia atingir um nível diferente, eu ficava mais rápido, ficava mais forte, meus sentidos ficavam mais claros.

Eu nunca parei.

14,15,16,17,18...25.

Foi quando eu finalmente decidi parar.

Satisfeito.

Eu estava satisfeito.

Finalmente cheguei aos meus 30.

E então percebi que não aproveitei muito a vida até esse ponto.

Mas estava tudo bem, eu ainda era muita novo.

Desde então eu viajei, fiz sexo, viajei, fiz sexo, viajei e fiz sexo.

Aliás corpo a parte, meu rosto era tão bonito quanto qualquer ator de Hollywood.

E eu fiz sexo com muitas atrizes... Não que isso venha ao caso.

Graças a Deus nunca tive um filho, eu não queria essa responsabilidade.

Então o que podemos dizer?

Eu treinava, viajava e fazia sexo.

E quer saber? Eu amava minha vida pra caralho.

Quando cheguei aos 35 anos eu já podia lutar contra 43 mestres ao mesmo tempo. Todos com diferentes tipos de luta.

Comecei a estudar sobre outros assuntos nessa época e tenho que dizer que eu era realmente um gênio, nada era difícil de aprender.

Gostei de aprender sobre o corpo humano, me ajudava a dar mais prazer pras mulheres que eu dormia e a matar mais rápido os imbecis que ainda ousavam ir contra mim.

Se eu tivesse que fazer uma estimativa, eu agora precisava de 0,5 milissegundos a menos para matar qualquer pessoa.

O foi uma diminuição considerável no tempo.

Mas de repente eu estava velho, 89 anos... O tempo passou até mesmo pra mim.

Por mais que parecesse que eu tinha no máximo uns 50 anos, se você levasse apenas minhas aparência em conta.

Era impossível adivinhar minha idade.

Não posso dizer que não aproveitei minha vida, eu sempre fiz tudo que eu quis e tenho certeza que vivi dando meus 120%.

O que mais posso dizer? No meu ápice eu poderia lutar com 59 mestres marciais ao mesmo tempo, e esse número só não aumentou porque comecei a envelhecer.

"Se eu reencarnar, que seja eu um mundo com todo tipo de monstros bizarros e pessoas fortes o suficientes matar eu no meu auge com apenas um golpe." Eu falei pra mim mesmo enquanto olhava pro teto branco do meu quarto.

Eu sabia que ia morrer hoje.

Mas eu não estava com medo, nem com raiva ou qualquer besteira desse tipo.

O que eu sentia era esperança.

Esperança eu reencarnar em um mundo que eu me encaixasse. Um mundo que não me limite.

Alguns segundos depois, me levantei e sentei na cama enquanto esperava o que estava por vir.

Menos de um minuto depois 2 belas damas entraram no quarto. 

Olhando pra elas, era claro que elas não tinham mais que 25 anos.

Uma de lingerie preta e outra com uma branca, seus corpos eram a mais bela escultura feira por Deus.

"...Vocês finalmente estão aqui."

"O que vamos fazer de bom hoje Lorde Tyr?" Perguntou a de lingerie preta.

Ela tinha longos cabelos pretos, olhos azuis profundos e era grande em todos os lugares certos.

O que se seguiu não precisa ser dito em palavras, eu aproveitei minha foda como se fosse a última, já que realmente era.

Quando terminamos, as duas estavam com as pernas bem abertas enquanto um líquido viscoso escorria de suas bucetas e bocas.

Olhando pra essa arte que eu poderia jurar que foi pintada pelo mais habilidoso dos pintores, eu me virei na cama a dormi.

Aquela foi minha última noite na Terra.

Acordando em uma sala branca que era grande...bem grande, olhei em volta tentando entender aonde eu estava.

"Alguém aqui?" Perguntei enquanto olhava o redor, o teto era tão alto que eu tinha dificuldade em distinguir sua distância.

Meus olhos de repente encolheram e todo meu corpo enrijeceu, pulando pra trás com movimentos fluídos e extremamentes rápidos em menos de 1 segundos eu já estava 5/6 metros de aonde eu estava antes.

Olhando na posição que senti um olhar ardente apenas um segundo atrás, eu finalmente vi.

Um homem alto, muito alto. 

Perto dos 2,30 de alturas, com músculos enormes e corpo proporcional me encarava com interesse, como se estivesse avaliando uma puta.

Só de olhar para ele eu podia dizer, este era um guerreiro.

Um guerreiro como nenhum outro que eu já encontrei.

Eu sabia que não poderia vence-lo, muito pelo contrário, eu tinha certeza que perderia sem ele fazer muito esforço.

Mas isso não me deixou com medo ou para baixo...tudo sumiu da minha mente, apenas a excitação de enfrentar alguém mais forte do que permaneceu.

Quanto tempo faz? Já fazem mais de 80 anos que eu senti isso vindo de alguém.

Ragnar, vendo um sorriso profundo aparecendo na alma do mortal na frente dele, ficou atordoado por um segundo.

Mas logo ele entendeu, o tolo deve estar pensando que é mais forte do que ele.

"Ignorante." Cuspi friamente enquanto começava a caminhar em direção a alma do mortal.

A cada passo a pressão vindo do homem gigante crescia, e percebia a cada segundo o quão longe estávamos um do outro.

Quando ele chegou a 2 metros de mim eu avancei.

Como se uma fera faminta estivesse vendo um pedaço de carne, eu avancei.

Mas não importava o golpe, não importava quão mais rápido eu ficasse, ele sempre defendia com aquele olhar entediado no rosto.

O sorriso no meu rosto só se tornava mais profundo.

Aparentemente cansando de se defender, ele começou a me atacar.

Eu nem sei por quanto tempo lutamos, eu não sei por que eu não me cansava.

Eu só sabia que meu eu atual poderia lutar com tranquilidade com 100 metres marciais.

"Chega." Ragnar cuspiu friamente as primeiras palavras que eu o vi dizer até agora.

"Por que?" Perguntei enquanto meu sorriso foi substituído por uma carranca profunda de tristeza e arrependimento.

Olhando pra alma a sua frente, Ragnar não pode deixar de ficar espantado.

Inicialmente ele pensou que fosse algum mortal arrogante, mas logo ele percebeu que era totalmente o contrário disso.

Ele podia sentir na luta que o mortal sabia que ele era inferior, sua felicidade provavelmente vinha de encontrar alguém mais forte.

"Nos meus trilhões de anos, não foram mais de 10 mortais que eu vi com uma técnica tão refinada quanto a sua, por mais que seja no máximo medíocre de onde eu venho." Ragnar disse enquanto olhava pro mortal.

"E mesmo entre esses, não conheci nenhum que melhore tão rápido." Ele me disse com um olhar que eu de apreciação.

"...oh bom obrigado, eu acho." Eu disse enquanto me segurava para não partir pra cima dele e voltar a lutar.

"Não tenho muito tempo aqui, serei curto e breve." Ele me disse, um olhar de solenidade aparecendo em seu rosto.

"Sim, diga." Eu respondi enquanto o olhava com curiosidade.

"Quer ir pro meu mundo e se tornar um Senhor da Guerra?" Ragnar disse enquanto um sorriso raro aparecia em seu rosto.