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Prólogo

Arco, O Arqueiro do Furacão

Por Kiss & Navios 

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No ano de 192 ocorria uma guerra, chamada de guerra racial, onde humanos, elfos, Homens-Bestas e demônios guerreavam, nessa época o mundo era dividido em 5 continentes, continentes esses que tinham sua própria dominação por raças. 

Humanos ocupavam um território ao sul, Elfos mais ao leste, Demônios ao norte, e Homens--Bestas ao oeste, e o tinha o território central, onde tinham ilhas e pouca população, devido à dificuldade de plantio e a dependência da pescar. 

A formação do mundo ainda é desconhecida, alguns estudiosos de cada raça dizem algo, alguns afirmam ser criação de deuses, outros que o mundo está no centro, entre diversas teorias, ainda nenhuma baseada em descobertas concretas. 

As raças viviam em paz, desde a criação da lei da Diplomacia, onde:

"Sem Diplomacia não há aliança e acordos, ela é o pilar do mundo em qualquer território, a partir do ano 1, criaremos essa lei onde marcará o início de uma nova era para as raças e a humanidade"

Ass por Koon Dete ,Leon Kimp, Jan Zepen e Bend Dean. Ano 1/Lei 1.

Os territórios eram pacíficos e faziam comércio em navios e transportes terrestres, todos tinham algumas desavenças culturais e territoriais, mas nada que poderia ser resolvida por conversas e acordos diplomáticos. 

Mas, no ano de 192, o reino elfo fez uma descoberta que mudaria todo o conceito do Mundo, chamada, pedras de energia, nesse mundo, apenas armas brancas e arcos existiam como armas de ataque, porém, com a descoberta dessas pedras, os elfos criaram uma nova arma, chamada de arco de fogo. 

O arco de fogo poderia disparar flechas que à encosta no alvo... explodiam! Além de que as flechas de fogo eram criadas com essa pedra de energia, sem a necessidade de criar flechas de ferro para esse arco. 

As pedras de mana eram limitadas, e o arco só poderia ser recarregada com 10 flechas de fogo antes de a pedra de energia se esgotar, ainda não tinha uma forma certa de como recarregar essas pedras, e a criação desse arco foi muito estranha, pois pelo acaso uma pedra de energia começou a brilhar e se mesclou com o arco, criando esse arco de fogo, os elfos não entendia como isso ocorreu ou porque ocorreu, era um mistério que deveria ser resolvido.

No momento da descoberta dessas pedras de energia, os elfos ocultaram sua descoberta temendo que as outras raças poderiam querer explorar esse recurso, então somente o Rei, pesquisadores e algumas pessoas de altos títulos de confiança souberam dessa descoberta, e os mineradores que extraíram as pedras foram silenciados, eles temiam que eles poderiam espalhar a notícia. 

Porém, o que os elfos mais temiam, aconteceu, os humanos descobriram, através de uma guilda de espiões, que foram informados por algumas pessoas que o rei elfo tinha encontrado algo, pois havia carroças grandes e muito bem protegidas se deslocando, um dos espiões humanos, sabendo dessa notícia, decidiram seguir a carroça e desvendar o que havia de tão misterioso nessas carroças. 

Após seguir a carroça por alguns dias, eles descobriram a caverna e as pedras azuis, isso chamou muita a atenção dos espiões que nunca haviam visto algo tão brilhante como eram aquelas pedras, quando chegou à noite no local, os espiões queriam pegar uma pedra para estudar ela, entretanto, os guardas de elite protegiam a carroça e a entrada da caverna. 

Num certo momento da madrugada, um dos guardas que protegiam a carroça saiu rumo a floresta, aproveitando essa oportunidade o espião entro na carroça e pegou algumas pedras e saiu rapidamente. 

Ao entregar ao rei humano, Nicolaza Dean, imediatamente avisou as outras raças, informando que o reino elfo quebrou a regra de Diplomacia, rejeitando compartilhar um recurso que seria essencial para o avanço da humanidade, e que os elfos deveriam tornar público a utilização das minas. 

Os elfos obviamente não gostaram, sabendo que os humanos queriam muito mais do que apenas "pedras de energia", eles queriam explorar o território élfico e suas riquezas, num ato de desespero e raiva, os elfos declaram que não vão ceder nada aos humanos, e que as descobertas no território dos reinos devem pertencer ao reino em questão. 

Os humanos, não gostando dessa resposta declararam guerra aos elfos, os outros dois reinos decidiram manter a neutralidade no início, mas o reino humano, decidiu subornar através de moedas e recursos algumas pessoas do alto cargo do reino dos homens-bestas e dos demônios para colaborar na guerra. 

Os grandes duques dos reinos dos demônios e Homens-Bestas disponibilizaram algumas tropas para o reino humano, o que seria muito bom, levando em conta que cada raça tinha suas características únicas, enquanto humanos eram, geralmente, muito melhores em diplomacia e no cenário mercadológico, Elfos eram melhores em conhecimento rápido e inteligência, Homens-bestas eram melhores em combate físico por conta de seus traços com animais, que faziam eles mais selvagens, e os demônios eram melhores militarmente, por conta de sua cultura agressiva.

Mesmo os reinos em "guerra", já que os reinos dos demônios e dos homens-bestas não declararam guerra oficialmente a ninguém, ainda sim, era difícil invadir um continente pro outro, o único meio era através de navios, que dificultava o deslocamento das tropas de ambos os reinos elfos e humanos, o que sobrava era espionagem entre os reinos. 

Ano 192, Mês da Flor vermelha, Dia 12, Ilha da Alma. 

Ao longe em uma pequena ilha um garoto pode ser visto deitado em cima da grama aproveitando a paisagem. 

Garoto — Essa brisa acalma a alma... 

Dizia o Garoto deitado com os olhos fechados. 

O garoto ficava relaxando em cima da grama, com seu arco de madeira, feito por ele mesmo ao que aparenta, parecia meio velho, mas, parecia ter sido feito com cuidado e mesmo velho parecia bem funcional. 

[Pai e mãe... quanta falta vocês fazem em minha vida... esses anos sem a presença de vocês foram tão difíceis, ainda mais em uma pequena ilha como essa, não sei se vocês se sentiriam orgulhosos..., mas, eu tentei o meu melhor para não depender tanto dos outros e viver uma vida mais pacífica.] 

Pensava o garoto com um ar melancólico. 

Uma mulher mais velha se aproxima. 

Mulher — Arc? 

Pergunta ela olhando pro garoto. 

Arc — Sim senhorita Lenny? 

Perguntou de volta, enquanto se sentava olhando para Lenny. 

Lenny — O que você está fazendo aqui sozinho? 

Arc — *suspira* Apenas pensativo...  

Dizia Arc em tom calmo. 

Arc — A senhora queria algo de mim? 

Perguntou Arc enquanto pegava seu arco. 

Lenny – Sim, eu queria que você desse uma olhada no meu telhado, tem alguns cupins comendo a madeira 

Arc – Cupins geralmente gostam de madeira protegida. 

Lenny — Sim, a alguns dias o senhor Palz teve o mesmo problema. 

Ela Suspirava com a mão na cabeça. 

Lenny — Meu amoreco saiu para pescar e ainda não retornou, poderia me ajudar, Arc? 

Arc olhou para ela e respondeu se levantando 

Arc — Certo, vou lhe ajudar, mas por favor, tente não falar muito de seu “amoreco”, sempre que você fala dele, você se empolga. 

Lenny — Mas... ele sempre foi um amor comigo... ele sempre me tratou bem e ele é tão forte e gentil que eu... 

Arc — Eu vou indo na frente. 

Arc corre rapidamente deixando Lenny, que ficou rindo da reação de Arc. 

Enquanto Arc corria, era visível uma pequena aldeia na ilha, onde todos eram elfos, inclusive Arc, eles trocavam mercadorias e eram um povo bem unido, todos conversavam pacificamente e alegremente como se nada poderia afetar aquela pequena ilha. 

Após alguns minutos, Arc chega à casa de Lenny e entra, onde vê que tem uma estrada de cupins roendo uma madeira do telhado, por sorte, era a madeira diagonal da casa que sustentava as pontas do telhado, Arc passou quase 1 hora resolvendo o problema, já que ele tinha que retirar o telhado para tirar a tábua com cupim e colocar de volta. 

Quando ele terminou Lenny se aproximou dele: 

Lenny — Muito Obrigada, Arc, quando meu marido chegar vou entregar alguns peixes a você como recompensa. 

Disse Lenny enquanto limpava o chão. 

Arc — Muita gentileza sua, pode ter certeza, aquele peixe só tem um local para fugir, e esse é meu estômago. 

Lenny dá uma risadinha. 

Lenny — Acho bom comer tudinho, se não vou ficar muito irritada com você. 

Arc — Não se preocupe, que um fantasma me assuste se eu não comer esse peixe. 

??? — O que você disse? 

Um homem toca o Ombro de Arc. 

Arc se assusta e se afasta do homem. 

Lenny — Amor, você assustou o Arc. Hihi. 

Lenny rir e coloca a mão na boca. 

Poker — haha, desculpa Arc, vejo que o Arc conseguiu expulsar aqueles cupins. 

Poker olha para o telhado e depois pega a sua cesta cheia de peixes. 

Poker — Tivemos uma boa pescaria hoje, acho que o Arc merece alguns peixes. 

Ele tira 4 peixes da bolsa e entrega a Arc. 

Arc pega com um sorriso e animado, os peixes pareciam apetitosos. 

Arc — Obrigado, senhor Poker. 

Poker — Não precisa agradecer, você deve ter ficado umas duas ou três horas nisso, então sei como é difi- 

Lenny — Amor, ele fez isso em mais ou menos 1 hora. 

Poker ficar surpreso e dá uma tossezinha. 

Poker — *Tosse* bem, é que eu não fui muito experiente nessa história de carpintaria, meu negócio é pesca. 

Lenny e Arc riem da desculpa de Poker. 

Arc se despede deles e sai com sua mão cheia de peixe direto para sua cabana. 

Chegando em alguns minutos, Arc entra em sua cabana, que era bem pequena e só tinha uma cama, um pequeno armário e uma mesinha com um banco de tora, ele pega seus peixes e corta ele ao meio, eram 4 peixes de aproximadamente 17 centímetros, um peixe de água salgada chamado de Juug. 

Após Arc Limpar e jogar sal no peixe, ele empala o peixe em um graveto e sai da sua cabana em direção a uma pequena churrasqueira de barro, que foi construída com ajuda de um ex ferreiro da vila. 

Ele assa os peixes e come eles com bastante alegria, Arc não tem muito o que come geralmente e morar num oceano de água salgada atrapalha bastante, graças a um poço construído na ilha que consegue extrair água filtrada de minerais eles tem como se hidratar, contornando os desafios de se viver na ilha, junto ao sistema de pesca, que é a principal fonte de alimentação da ilha. 

A noite estava para chegar e Arc estava em sua casa, satisfeito e sentado em sua cama. 

[Esse Peixe estava delicioso, eles foram muito gentis em compartilhar esses peixes] 

Pensou Arc enquanto se deitava. 

De repente, ouve-se passos do lado de fora. 

??? — Arc! 

Gritou uma mulher. 

Arc, assustado, sai de sua cabana empunhando seu arco em direção a mulher. 

Arc — Lenny, o que houve? 

Lenny pega a mão de Arc e corre em direção a praia. 

Lenny — Quero te mostrar algo, vem rápido. 

Lenny leva Arc a praia próxima a vila, onde tem algumas pessoas com armaduras de aço e um nobre no centro dizendo: 

Nobre — Como podem ver eu estou aqui por esse motivo, precisamos do máximo de jovens possíveis para levamos ao reino élfico, a gente veio explorando cada ilha e chegamos aqui, queremos dar uma nova vida a nossos jovens de se desenvolver, e eu, quero dar essa chance a eles. 

Dizia o nobre elfo enquanto fazia gestos. 

Alguém da multidão pergunta. 

Homem — Mas, e se caso eles não deem certo no reino elfo?  

Perguntou o homem desconfiado. 

Nobre — Não se preocupe, se não derem certo, enviaremos um navio em um mês para podemos entregar as crianças a vocês. 

Dizia o nobre gesticulando. 

Nobre — Claro que pretendo dar a vila de vocês recursos para cada jovem que poderem me conceder, isso é uma pequena garantia que iremos cumprir com nossas palavras, claro, ninguém é obrigado a aceitar. 

Todos nós locais murmuravam com uma certa desconfiança, era bem estranho um navio elfo que nunca havia aparecido chegar no continente central, havia pouca população nessa área e de certa forma não tinha muito o que explorar. 

Arc via ao longe aquela confusão, ele se virou a Lenny e perguntou. 

Arc — Isso é bem suspeito, você não acha? 

Arc se vira e olhava para o nobre. 

Lenny — Acho que pode ser uma oportunidade de você explorar o mundo Arc. 

Arc — Mas, eu amo esse local... 

Lenny — Arc, eu sei que ama essa ilha, eu sei que você nasceu aqui e tem um grande carinho por nós, mas você precisa explorar o mundo e vê novos locais e pessoas. 

Lenny dizia enquanto tocava a cabeça de Arc e fazia cafuné nele. 

Lenny — Você tem uma habilidade impressionante em arquearia, muito acima da média da vila, você precisa demostrar ao mundo essa habilidade, e o homem falou que se der errado ele devolveria você para cá, não é? 

Arc olhava para o nobre pensativo 

[Será que devo seguir esse nobre? Será que preciso sair dessa vila? Eu... sempre gostei desse local, dessas pessoas e também dessa paz que as ondas batiam no meu ouvido...] 

Olhando para o céu, Arc se via nesse dilema. 

Arc observa alguns jovens indo em direção ao nobre e entrando no navio, quando vejo que o nobre dava algo nas mãos dos pais que levavam os jovens até o nobre, uma espécie de sacola de couro, eu não tinha certeza o que isso significava, mas parecia que eles estavam vendendo seus próprios filhos., muitas crianças choraram e não queriam ir, mas os guardas a colocavam a força. 

[Eu não acho que preciso disso, eu posso viver pacificamente aqui na ilha] 

Arc se virava para ir embora quando ouve uma voz dizendo: 

??? — Desculpe Arc... espero que perdoe a gente. 

E quando ele se virou Poker colocou um pano na boca dele, a multidão estava muito ocupada vendo o nobre que ninguém percebeu a voz de Arc ou movimentos, ao pouco ele perdia a consciência, em seus últimos pensamentos ele dizia: 

[Por quê? Por que estão fazendo isso? Eu confiava nessas pessoas... eu queria confiar nelas..., mas... fui traído... pelos meus próprios amigos... não é justo... não...] 

Arc perdeu a consciência totalmente e desmaiou, poker o segurou em lágrimas levando-o até o elfo nobre, um dos cavaleiros pegou Arc e levou ele ao navio. 

Após um certo tempo o navio zarpou deixando aquela ilha, ele velejava através das ondas fortes, após algumas horas, Arc acorda em uma jaula, acorrentado e preso numa cela junto com uma garota que tinha uma expressão fria. 

[então realmente fui vendido por eles? Haha... que coisa incrível, eu vivi todos meus 14 anos naquela vila e agora eles me traem dessa forma descarada? Eu simplesmente não posso engolir isso...] 

Arc olhou para fora de sua cela e viu muitas outras crianças, em estado de desespero e pânico, eles estavam chorando e ecoando por toda a prisão do navio, várias crianças eram vistas nas celas, a maioria era de humanos e parece que haviam sido sequestrados para serem escravos. 

Ele saiu da cela e olhou de volta para a garota que parecia ser da raça homens-bestas, ela estava calada e o observando com um rosnar, Arc a encara de volta um pouco preocupado. 

Arc — Ei... 

Arc tentar puxar assunto mantendo uma distância dela. 

A garota olha de volta e permanece calada por hora, mas, ela fala: 

Garota — O que você quer? 

Arc ver raiva nos olhos da garota e responde: 

Arc — Como você veio pra cá? 

Garota — Não te interessa, elfo. 

A garota fala com hostilidade. 

Arc — Eu sei que está difícil para você, mas eu também fui pego nessa, entende? 

Garota olha para ele com um olhar frio. 

Garota — Me conte primeiro como caiu nessa. 

Ela pergunta, sentada na cama e olhando para a parede. 

Arc — 2 amigos meus me jogaram nessa. 

Garota — Traição também? Minha madrasta me jogou nessa cilada. 

Arc a Observa por alguns segundos, antes de fala: 

Arc — Você parece tranquila, tem a ver com sua raça? 

A garota olha para ele e zomba: 

Garota — O que? Você também é desses que julga a raça? 

Arc — Não foi isso que eu disse, eu perguntei se seu emocional forte tem a ver com sua raça. 

Garota — *suspira* é bem complicado, mas, pode se dizer que minha vida me faz uma garota mais forte... *ela olha para Arc* você também não fica para atrás, diferente do outros, você parece ser mais forte emocionalmente. 

Arc — Perdi meus pais cedo e decidir para mim mesmo que não iria depender tantos dos outros, bem, parece que falhei e confiei demais nos outros e cai nessa armadilha. 

*Ele olhou para ela e se sentou do lado dela* 

Arc — Para onde esse navio leva? 

Garota —Eu não sei, mas provavelmente para o reino humano. 

Arc — Como sabe disso? 

Garota — Não viu aquele nobre humano? 

Arc — Não, eu vi um nobre elfo falando. 

A garota começa a rir. 

Garota — Haha *ria zombando* Elfo? Claro que não, ele é um humano, provavelmente se disfarçou de elfo para enganar vocês, hahaha, sério, essa foi hilária. 

A garota ria bem alto. 

Arc — Então era um humano? Quais motivos um humano nobre vem pegar crianças numa ilha pacífica, ao invés de pegar no seu próprio reino? 

A garota vira para Arc com uma expressão confusa.  

Garota — Espera, ilha pacífica? O que quer dizer? 

Arc — Eu sou do continente central, numa ilha pequena. 

Garota olha para Arc e coloca mão na cabeça e suspira. 

Garota — Amigo, você deve não saber, mas os humanos e elfo estão em guerra, eles estão procurando jovens para doutriná-los, pois essa guerra ainda está longe de acabar, eu ouvir uma conversa que por conta de navios de guerra serem algo criado recentemente, não permiti uma grande mobilização de tropas. 

Arc — Espera, isso é muita informação, então eu estou indo para lutar por um reino? 

A garota olha para ele mais séria. 

Garota — Sim, e digo mais, só os melhores podem sobreviver, todos nós passaremos por uma luta uns com os outros vendo quem é mais apto para ser usado. 

Arc olhou sem acreditar e ficou nervoso. 

Arc — Então... formos sequestrados para morrer? 

A garota respondeu. 

Garota — Eu não diria sequestro, diria que formos vendidos. 

Arc — Eu fui praticamente sequestrado, já que foi contra minha vontade. 

Arc suspira e olha para fora da cela. 

Arc — Então preciso matar outras crianças para viver... que coisa mais louca... 

Garota — Você está aceitando isso bem demais, eu imaginava que você estaria desesperado agora. 

Arc — Por que acha isso? 

Garota — Elfos tem a fama de ser mais medrosos. 

Arc começa a rir, deixando a garota um pouco irritada. 

Garota — Por que está rindo? 

Dizia a garota o olhando. 

Arc — Eu me lembrei que um momento atrás você zombou de mim por eu supostamente julgar sua raça, mas eis você fazendo o mesmo *Arc Rir* 

A garota olha para ele e se sente um pouco hipócrita. 

Arc — Tenho que admiti, parece que nem todos os homens-bestas são loucos selvagens e rudes. 

A garota olha para Arc e dá um soco no seu braço. 

Garota — Corta essa, agora quer me zombar orelhudo. 

Diz ela um pouco irritada. 

Arc — Eu orelhudo? Já olhou para essas suas orelhas de animal? Sua animal! 

Ela e Arc se encaram seriamente, depois caem na gargalhada. 

Garota — *ri* você tem culhões elfo, como se chama? 

Arc — Me chame de Arc, e você besta orelhuda? 

Garota — Me chame de Katy. 

Arc — Então, Katy, você é do território dos homens-bestas? 

Katy — Sim, obvio que sou, minha madrasta me vendeu para esse humano, provavelmente ele ofereceu muitas redondas a ela. 

Arc — Redondas? O que ela iria fazer com rodas? 

Katy — *Ri* haha, seu idiota, estou falando de moedas hahaha. 

Arc — ah, entendi, tem que me explicar, você sabe que meu conhecimento do mundo é tão bom quanto de um siri. 

Katy rir bastante e fica dando socos no ombro de Arc. 

Katy — sério, você é um bebê fora de sua ilha hahaha. 

Arc dá um cascudo nela. 

Arc — Haha *dá uma risada sarcástica* muito engraçado. 

O navio der repente para, e em alguns minutos alguns guardas descem e abrem as celas das crianças, a cela deles estava nas últimas e demoraria um pouco para chegar neles. 

Arc — Já chegamos? 

Unauthorized reproduction: this story has been taken without approval. Report sightings.

Katy — Sim, você esteve desmaiado por algumas horas, mas esse navio é super-rápido. 

Arc — Navios eram para ser rápidos assim? 

Katy — Eu não entendo também, não sou engenheira em barcos. 

Arc — Se você não sabe imagine eu, sério, você deveria saber, lobinha guia. 

Katy — Quer brigar seu orelhudo? 

Diz Katy se aproximando, quando o guarda chega neles. 

Guarda — haha, mais um elfo, e uma homem-besta? Tivemos sorte. 

Ele se aproxima e solta eles das correntes, enquanto eles saem do porão... a luz vinha... uma nova vida ou morte? Tudo dependeria de Arc nesse momento, ele não sabia nada que estava por vim..., mas que o futuro deveria existir e ele não poderia dar meia volta. 

Reino do Polo Vertoriano 

Ano 192, Mês das flores vermelhas, Dia 13, Reino Humano. 

Quando saio, para a luz do dia, vejo uma enorme cidade, com muitas construções e pessoas andando nas ruas, na minha frente tinha guardas humanos e as crianças em fila. 

Eu me juntei atrás delas e Katy ficou atrás de mim e sussurrou perto do meu ouvido: 

Katy — Arc, tá vendo aquela construção gigante redonda ali? 

Ela aponta para uma construção gigante. 

Arc — Sim, ela é gigante! 

Katy — pois se acostume, é lá que vamos lutar. 

Eu fico um pouco nervoso. 

Arc — Quase esqueci que a gente estava colocando o pé na beira da corva, na verdade, estamos se deitando, é bastante visível que a maioria nem sabe lutar direito, e o trauma de eles matarem alguém vai mexer com a cabeça deles. 

Katy olha para Arc e fica perplexa que ele pense de uma maneira madura. 

Katy — Uou, quase pensei que estivesse conversando com um adulto agora, mas quando vejo suas orelhas, me lembro do quão ridículo você é haha *ela ri* 

Arc — Qual é, estou tentando ser legal aqui *eu dou uma risada* 

Katy — Sim, senhor legal, mas, uma coisa fica na minha cabeça, você parece bem relaxado com a questão que estará colocando sua vida em risco, parece até que você não se importa de matar. 

Eu observo Katy e vejo o quão tranquilo estou, mesmo eu nem sabendo se vou ser vendido como escravo ou vou realmente lutar numa arena. 

Eu vivendo minha vida na ilha logo após a morte dos meus pais, me fez me virar sozinho durante muito tempo, mesmo eu gostando daquelas pessoas, aprendi que não devo depender dos outros o que fez eu ter apenas dois amigos, que justamente me traíram por seja lá o que tinha naquela sacola. 

Matar alguém é algo que pode mexer com a cabeça de alguém que nunca teve esse tipo de vida em meio a guerra, e pode mexer ainda mais com jovens, eu dando uma olhada rápida nós jovens a minha frente, dá para perceber que maioria tem minha idade de 14 anos, meus pais me falaram que se eu tiver que matar alguém, eu devo matar sem hesitação, o que me faz pensar que provavelmente meus pais vieram de uma vida bem complicada para me falar isso... será que é por isso que estou tão calmo? Bem, seja lá o que for, isso é algo bom. 

Eu observo novamente Katy. 

Arc — Acho que apenas aceitei que se eu quiser sobreviver nesse novo mundo, devo matar sem exceção. 

Katy me olha nos olhos de uma forma brilhosa. 

Katy — Tem certeza de que é um elfo? Eu poderia jurar que lhe vi na minha casa esses dias. 

Katy ri bastante e eu rio também. 

Arc — Talvez eu tenha o corpo de um homem-besta e a mente de um elfo, hahaha. 

Katy — E não se esqueça que tem grandes orelhas pontudas que é um virgem nesse mundo. 

Arc —Virgem? O que é isso? 

Katy começa a dar gargalhadas. 

Katy — Hahaha por isso que é um virgem, seu virgem, hahahaha 

Eu a observo confuso e não entendo. 

Arc —Sua disgraçada, se aproveitar de minha virgem capacidade... seja lá o que isso significa. 

Katy — *rir mais ainda* Sério, tu és hilário. 

Arc — Certo, certo, você disse que vamos lutar um contra os outros, como isso funci- 

Antes de eu falar algo, um garoto tenta fugir dos guardas, mas antes que ele consiga entrar num beco, um arqueiro atira direto em sua perna, que o imobiliza no chão, ele grita de dor e de agonia. 

Garoto — *Ofegante* Não, Não, isso dói, não... *ele pega na perna dele, em desespero* 

Um guarda se aproxima com sua lança e fura o peito do garoto. 

Garoto — Não, por favor! Isso dói! Isso dói... p- papai... por... por... 

O garoto desmaia e eventualmente morre. 

O guarda olhou para as crianças de uma forma séria e disse: 

Guarda — Se tentarem fugir, vão acabar com esse garoto, entenderam? 

Os jovens começaram a se desesperar, e eu via algumas tendo até crise de pânico, virou um verdadeiro caos. 

Eu olhei para Katy. 

Arc — Eles são cruéis pra caramba... 

Katy olhou de volta para mim, com um olhar triste. 

Katy — Pelo menos ele não vai sentir o desespero de matar alguém, bem, a maioria dessas crianças devem ter tido uma vida bem pacífica, e agora estão vendo o mundo de uma forma muito mais cruel e de como ele é... 

Eu observo o garoto no chão, e vejo o desespero e agonia que ele sentiu... isso é realmente muito triste ser colocado na crueldade do mundo nessa idade. 

Então continuamos andando eventualmente até chegar ao coliseu, a maioria das crianças estavam absurdamente desanimadas e se sentindo perdidas em meio a ansiedade e medo de morrer. 

O coliseu era enorme do lado de fora, eventualmente entramos no coliseu e eu olhei para Katy. 

Arc — Esse coliseu é gigante mesmo, caramba... 

Katy — Sim, ele tem o mesmo formato em todos os reinos, o coliseu é um lugar onde ocorre muitos duelos, sejam entre raças ou monstros. 

Entramos num corredor que levava a gente a arena do coliseu, quando cheguei no fim do corredor, pude notar muitos jovens, acho que cerca de 200  jovens todos um do lado do outro em 10 fileiras, e tinha 10 pequenas marcas que representava onde iriamos lutar, quando me coloquei na fileira eu olhei em uma cobertura que tinha 1 homem e cerca de 7 jovens sentados ali, 4 homens e 3 mulheres, todos vestidos de uma forma elegante, mas com ternos pretos, isso era o máximo que conseguia identificar, quando o homem começou a falar: 

Homem Nobre — Como devem saber, nosso reino está em guerra com elfos, e para isso precisamos de guerreiros para um futuro próximo, e para isso vocês estão aqui, somente os 62 melhores entraram na academia militar, onde passaram 3 anos treinando. 

As crianças ficaram nervosas e algumas começaram a chorar e outras ficaram paradas sem fazer nada, e fiquei observando aquele cenário caótico. 

Homem Nobre — Aqui irão a regras de combate, prestem atenção. 

O homem pega um papel e coloca em suas mãos e fala: 

Homem Nobre — Somente os 62 melhores podem ir à academia, as lutas ocorrerão em duelos únicos nas 10 arenas na primeira fase, os 243 participantes irão lutar até a morte, as armas vão ser entre Espada, escudo, lança e adagas, se saírem da arena, serão imediatamente considerados como eliminados. 

O homem continua enquanto respira um pouco: 

Homem Nobre — Na segunda fase iremos fazer duelos desarmado, só vale combate no punho, derrota significa morte. 

O homem faz um sinal com as mãos chamando alguém, eu olho para baixo e vejo 10 homens entrando com uma caixa cada um. 

Homem Nobre — Cada fileira vai pegar um papel com um número. Quem pega o número 0 pulara para a segunda fase imediatamente. 

A gente começou a ir em direção aos homens, eu fui andando conforme minha fila foi indo, quando um sortudo pegou o número zero e foi poupado do combate, para o desespero de quem tinha esperança de conseguir o número. 

Eventualmente chegou minha vez, me aproximei da caixa, coloquei minha mão e tirei o número 7 me colocando nas primeiras lutas. 

Homem Nobre — Agora que pegaram os números, os primeiros são de 1 a 10, cada arena tem um número em uma placa, o segundo digito do número que vocês pegaram significa a arena que vocês lutarão, caso, seja acima de 10. Exemplo: 11 vai na arena 1, 34 vai na arena 4 e assim vai. Os números de 1 a 10 vão lutar primeiro, se movam para a arena. 

Eu me movimentei até a arena 7 e outro garoto entrou, ele parecia muito assustado, eu observei as outras arenas e duas delas estavam com apenas uma pessoa. 

Nobre Homem — Números 2 e 10, apareçam na arena, ou serão ditos como eliminados. 

Esperamos por 1 minutos, e o número 2 subiu na arena muito nervoso, mas o 10 não, então o homem ordenou que o guardas o procurassem para ser morto. Imediatamente ele apareceu e foi andando até a arena quando o guarda o fura com uma lança, o garoto entra em desespero e começa a implorar por misericórdia, mas foi morto pelo guarda, com isso o número zero foi colocado no lugar dele para lutar. 

Eu voltei a prestar atenção no meu duelo, um homem falou para a gente que era para escolhermos uma das armas, eu peguei as duas adagas em minhas mãos e o garoto pegou uma espada e escudo. 

Antes de lutamos, a gente ouviu gritos de outras arenas de dor e desespero, o que fez o garoto mais nervoso ainda e eu observei isso, um pouco mal pensando no porquê dessa crueldade... por que a gente foi chamado? Por que não chamaram os adultos? Eram perguntas que eu gostaria de saber, todos estavam muito nervosos e simplesmente desmotivados, principalmente os que mataram, eles estão começando a perceber o que é matar alguém. 

Eu observei o garoto e levantei minhas adagas e função de combate, e o garoto levantou o escudo e a espada dele, o homem olhou bem confuso pela minha escolha, mas decidiu dá um sinal para começar a luta. 

Eu fui pra cima dele sem medo e com um olhar sério o que fez o garoto levantar seu escudo no reflexo sem olhar esperando ter bloqueado o ataque, mas, eu já estava atrás dele. 

Arc — Perdão por isso. 

Eu dou um corte rápido no pescoço dele, e senti um sentimento ruim, e claro, fiquei um pouco perturbado por ver aquele sangue jorrando, eu imaginava que seria menos... impactante, mas foi bem perturbador, o que me fez ver que isso realmente era algo que mexia com a cabeça das pessoas... o garoto caiu no chão, sem vida, eu coloquei as adagas no lugar e retornei, em meio aos gritos de dor das outras lutas. 

Enquanto eu retornava ao meu lugar a Katy se aproximou de mim. 

Katy — Elfo, que corte limpo... sério, você foi o que deu a morte mais limpa e sem qualquer tipo de hesitação, você é acostumado a matar pessoas? 

Eu olho para ela com uma expressão um pouco fria. 

Arc — Essa foi a primeira vez que matei alguém, eu só cacei animais. 

Katy — Então onde você vivia tinha outros animais? Eu pensei que você vivia de peixe e coisas relacionava a atividade de pesca. 

Arc — eu visitava outras ilhas em barquinhos de pescar com aquele meu amigo, outras ilhas tinham coelhos e pássaros, foi lá que aprendi a fazer cortes precisos e ser mais forte no emocional para matar animais. 

Eu olho para ela e coloco a mão no ombro dela. 

Katy — Você já matou alguém antes? 

Katy olha para mim surpresa. 

Katy — Não, nunca, mas devo ficar bem, minha raça sempre ensinou a matar e lutar. Além disso como você, eu também já caço animais a um tempo. 

Eu olho para ela e falo. 

Arc — Eu vou te dizer algo, quando você for lutar, você vai perceber que não é tão fácil matar uma pessoa, você vai sofrer um golpe forte na sua mente e pode ficar nervosa se não for forte, qual é seu número? 

Katy — Número 31... não se preocupe, orelhudo, eu vou ter certeza de que vou ficar bem, na verdade eu me impressiono de você consegui matar sem ter muita expressão, você é durão mesmo. 

Arc — Vou ser sincero, eu estou meio estranho, foi a primeira vez que eu sentir esse tipo de pressão de ter sido traído e ainda ter matado alguém inocentemente, obvio que eu também estou em um estado nervoso e reflexivo. 

Novamente os gritos são ouvidos da arena, os combates acabaram rapidamente, durando os mais longos meros 40 segundos, como eles não tem noção de movimento eles balançam como se fossem gravetos o que virava uma batalha de sorte e quem tinha mais coragem de corta seu oponente, a vez de Katy chegou e ela subiu na arena 5, e pegou uma lança enquanto seu oponente pegou um escudo com espada, o que mostra que humanos tem um padrão de escolher espadas e escudo, provavelmente por conta de guardas terem esse tipo de armas. 

O homem deu início a luta e Katy foi para cima sem hesitar, o garoto ficou assustado e levantou seu escudo aguardando o ataque de Katy, ela correu em direção a ele e atacou ele em pontos que o escudo não o protegia, como as pernas, o garoto conseguiu abaixar o escudo para tentar defender as pernas, contudo, isso foi apenas um ataque falso, ela rapidamente subiu a lança e perfurou a cabeça do garoto, que caiu no chão sem vida. 

Ela devolveu a lança para o lugar e saiu da arena, indo no meu rumo. 

Katy — Ele era muito fraco, foi fácil fingir atacar ele na perna e dá uma perfurada no crânio dele. 

Eu olhei para ele muito surpreso, pois, ela matou o garoto e não teve nenhum sentimento. 

Arc — Você é fria mesmo, matou ele sem sentir qualquer hesitação, e você parece bem mentalmente, parece que você realmente teve um estilo de vida muito diferente. 

Katy — Nós, Homens-Bestas temos essa peculiaridade em nossa cultura, nunca temer em uma luta de vida ou morte. 

Arc — Eu percebi mesmo, ainda estou um pouco mal por ter matado alguém..., mas, como você diz, a sobrevivência do mais apto é o que permeia nosso mundo. 

Katy olha para mim e dá um soco no meu ombro. 

Katy — Vou ser sincera, você é provavelmente um dos caras mais durões que vi, fora de minha raça, claro. Você mostrou uma grande coragem enquanto matou aquele garoto e fez uma morte limpa, eu diria que você seria um ótimo assassino. Se não fosse essas suas orelhas pontudas. 

Arc — Sério que vai continuar essas piadas com minha orelha? Sério, espero não te ver na segunda fase, se não vou lhe mostrar o que esse “orelhudo” vai fazer com você, gatinho. 

Katy — Quer brigar? Pois bem! Me aguarde, seu orelhudo de merda. 

Arc — O que? Quer apanha sua selvagem?! 

Eu e ela nós encaramos, mas caímos na gargalhada e ficamos nos dando soquinhos no ombro, e com o tempo as lutas terminaram, e durante as lutas eu e ela vimos algumas pessoas interessantes como uma garota de aparência fria que usava duas adagas assim como eu e cortou seu oponente sem pena. 

 O nobre se posicionou para falar. 

Homem Nobre — Com as lutas encerradas, sobraram 122 participantes e amanhã teremos a segunda onde teremos lutas desarmadas. 

Enquanto a gente acompanha os guardas ao longe, os 7 jovens nobre conversavam... 

Jake — Sério, o que o rei tá fazendo? A maioria são inúteis não consegue matar uma mosca direito, não vale a pena. 

Dizia Jake estressado enquanto estava se levantando. 

Carol — A maioria deles pareciam simplesmente patéticos, sério como o Mendy pode pegar tantos garotos horrorosos?  

Dizia Carol em meio a essa bagunça. 

Os outros 5 ficaram quieto, quando um deles falou: 

Oliver — De todos, devo dizer que aquela garota foi a melhor, ela matou com um corte rápido, o mais impressionante foi as duas adagas que ela empunhou que simplesmente era incrível, uma maestria bem-feita. 

Carol — E também aquela Homem-Besta ela me pareceu bem em matar, ela fingiu golpear a perna do oponente e perfurou o crânio dele. 

Koner — E você Elizabeth, qual deles mais te interessou? 

Pergunta Koner enquanto a olhava com um olhar de sedução. 

Elizabeth a presidente do Conselho Acadêmico era a aluna mais respeitada e forte da academia, ela tinha longos cabelos pretos, e olhos castanho, ela tinha uma beleza muito invejável. 

Ela é filha do Nobre Gerald muito próximo ao rei nicolaza, assim ela conseguiu se dedicar aos treinos e treinamento militar, conseguindo um físico que rivalizava com os garotos da escola, conseguindo ter uma técnica de espada de se invejar. 

Elizabeth estava tomando seu chá e respondeu sem olhar a ele: 

Elizabeth — As duas garotas eram muito boas e tinha 6 garotos de espada e escudo que estava muito acima dos outros e com certeza não tem medo de mata. 

Dizia Elizabeth com uma voz calma enquanto tomava um gole de sua xícara de seu chá, então ela continuou: 

Elizabeth — Contudo, devo dizer que aquele elfo foi o que mais me impressionou junto com a garota das adagas, eles tinham dois estilos iguais de lâminas, mas, ao que parece o elfo tinha um corte mais limpo e rápido. 

Todos os 6 tentaram se lembrar de quem ela estava falando. 

Oliver — Elfo... Elfo... ah! Me lembrei, era aquele elfo no início, certo? 

Jake — Não vi nada demais nele, tanto que nem liguei para a luta dele. 

Carol — Eu também não, nem me lembro dele direito para falar a verdade. 

Koner — Aquele elfo não fez só um ataque de sorte? Para mim ele não era nada demais. 

Elizabeth tomava seu chá calmamente, enquanto a Sheny e o Husk ficaram quietos e não opinaram. 

Voltando ao coliseu, embaixo do corredor principal... 

Arc — Não sei por que, mas sinto que já estive numa situação dessa... 

10 pessoas estavam juntos numa cela, incluindo eu, a Katy e a garota que impressionou a gente, junto com mais 7 garotos. 

Arc — Katy, será que a gente está sendo colocado junto porque somos os melhores? 

Katy — Acho que sim, mas eu não entendo uma coisa. 

Arc — O que? 

Katy — Por que você tá aqui? Não eram os melhores? 

Arc — Vai se ferra, eu lutei melhor que tu, tanto que o garoto nem se mexeu, eu entrei na mente dele, sabe? Dei pavor nele. 

Katy — Claro que ele sentiria medo, olha para essa sua cara, e principalmente suas orelhas pontudas, quem não se assustaria? Haha  

Katy deu uma risada enquanto olhava para mim de deboche. 

Arc — *Risada sarcástica* Ha Ha Ha, que engraçado, sério, qual seu problema com minhas orelhas? 

Katy — Tudo, seu orelhudo. 

Ela deu um peteleco nas minhas orelhas. 

Arc — Sério, tu és insuportável, sua disgraçada. 

??? — Hey, o casalzinho pode calar a boca? 

Eu ouço a voz de um dos garotos na cama. 

Katy — Ei cara de tijolo, qual seu problema? 

Garoto — Vocês são o problema, não dá para calar a boca? 

Arc — Por que deveríamos? Ninguém tá dormindo ainda. 

Garoto — Eu perguntei? Apenas calem essa boca. 

Katy — Ei Tijolo, é melhor parar com esse seu papo aí e fica na sua. 

O garoto se levanta da cama de pedra e ele chama os 6 garotos, eles se aproximam da gente, o Garoto chega bem perto de Katy. 

Garoto — Belezinha, é melhor cala essa boquinha, antes que as coisas fiquem feia. 

Falou ele com um ar intimidador, enquanto os amigos dele observavam de mesma forma. 

A garota que estava com a gente se aproximou e ficou na frente de Katy olhando pro garoto. 

Garota — Pare, se quer resolver isso, resolvam no coliseu. 

A garota dizia com um olhar frio. 

Garoto — Quem você acha que é para se meter em meus assuntos? 

A garota o encarava fortemente, o que fez ele recuar um pouco depois que percebeu quem era a garota. 

Garoto — *Tsk* Isso ainda não acabou, rezem para todos os deuses para eu não encontrar vocês na arena. 

Os garotos voltaram pro canto deles. 

Katy — Humph, que idiotas... 

Katy se vira para a garota. 

Katy — Agradeço por se livrar daqueles idiotas, eu me chamo Katy. 

A garota a olhou de maneira fria. 

Garota — Não fiz isso para lhe ajudar, apenas quero evitar barulhos não me importo de vocês se matarem, apenas não façam isso perto de mim. 

A garota voltou pra cama dela e Katy virou pra mim com raiva. 

Katy — Viu essa garota? Que garota estressada e rude. 

Arc — *Eu rio* se lembra que você foi assim comigo? Agora ficou putinha? Haha 

Katy — Seu orelhudo! 

Ela partiu pra cima para me imobilizar, e ficou em cima de mim. 

Arc — Calma aí, eu estava brincando. 

Eu falava enquanto fazia cara de dor e tentava me soltar. 

Katy — E agora? Quem é o maioral? Haha *ela ri* 

Arc — Qual é, tu me pegaste de surpresa sua gata idiota. 

Antes dela me soltar ela me dá um tapa na minha bunda. 

Katy — *Ela Ri* Certo, parei de te zoar, bumbum mole. 

Arc — Disgraçada... 

Eu passo a mão na minha bunda. 

[Se eu pegar essa disgraçada numa luta, vou ter questão de bater na bunda dela] 

Pensou Arc. 

Após alguns minutos os guardas apareceram na cela onde estava as outras crianças, me parecia está entregando comida a eles, depois de um tempo um dos guardas pararam na nossa cela e falou: 

Guarda — Faça uma fila em ordem. 

Eu, Katy e os outros fizemos uma fila, a Katy e a Garota estavam na frente, eu vinha em seguida junto com os outros garotos. 

Até que um momento o garoto atrás de mim me empurrou pra frente e eu bati na Katy, o que acabou derrubando a gente, o guarda vendo isso disse: 

Guarda — *Irritado* Elfo! Venha comigo! 

Arc — Espera, eu não fiz n- 

O guarda abriu a cela e apontou a lança pra mim 

Guarda — Cale a Boca, seu merda! Apenas siga as ordens! Você tem sorte em ser um dos 10 melhores e eu não posso te matar, contudo vai ficar numa solitária e sem comida! Me siga! 

Antes de eu sair eu dou uma última olhada na cela, e vejo os garotos rindo sarcasticamente e mostrando o dedo do meio para mim, enquanto a Katy ficou absolutamente puta e quase foi pra cima dele, mas se controlou e ficou em silêncio. 

[Filhos de uma puta... vou me vingar de vocês... me aguardem...] 

Pensou Arc. 

Depois de acompanhar o guarda ele me levou para um andar abaixo que tinha uma cela onde tinha alguns animais em algumas celas e pessoas em outras, ele me levou para a última cela e me jogou com força lá dentro e me trancou. 

Eu fiquei lá dentro com fome e sede, enquanto ouvia grunhidos nas celas e respirações dos animais, eu não tenho outro sentimento, se não raiva, eu observava a parede em minha frente imaginando como eu iria apagar aquele merda. 

Eu me deitei no chão sujo da cela tentando dormir e aguardei o dia seguinte... 

Na manhã seguinte eu ouvi tapas na cela e eu me levantei lentamente ouvindo uma voz. 

Guarda — Se levanta, estamos indo. 

O guarda abre a cela e eu o acompanho, ele vai me levando para a arena que estavam todos no local presente, ele me colocou no número 10 da arena onde estavam os 7 garotos rindo de mim, a garota e Katy, enquanto uma garota bonita apareceu no alto do coliseu, em uma cobertura. 

Elizabeth — Eu sou Elizabeth, A presidente do Conselho da Academia, nessa segunda rodada como devem saber devem se enfrentar e ver quem vai prosseguir pra academia ou morrer. 

O clima ficou pesado enquanto Elizabeth continuou. 

Elizabeth — Assim como a primeira fase, aqui vocês irão duelas contra de novo, sem armas dessa vez, os 10 primeiro de cada fila avancem na arena, em ordem da esquerda à direita de forma decrescente. 

Conforme ela disse, os primeiros de cada fila entraram nas respectivas arenas, o meu oponente era um garoto bem confiante ao princípio, ele me olhou com um olhar confiante, e eu permaneci neutro e o observei. 

A Elizabeth deu Início a luta, O meu oponente veio pra cima de mim com tudo tentando me acertar, eu não era muito do tipo lutado de punhos, o que me fez ficar cauteloso, o primeiro ataque dele foi um soco mirando minha cabeça, eu o bloqueie com meus braços e recuei eu ainda estava cansado e com fome da noite anterior. 

O garoto avançou com mais confiança e tentou dá um chute alto, mas ele foi bem lento, eu consegui pegar a perna dele e manter ela alta com minhas mãos, em sequência eu dei uma rasteira na outra perna dele, derrubando-o no chão, eu rapidamente me aproximei e dei um chute em sua cabeça, ele não teve tempo de reagir e foi acertado, ficando tonto, eu dei mais um chute com força na cabeça dele o que o fez desmaiar de vez. 

Eu decidi para ali mesmo, ele iria morrer de qualquer jeito, quando o Juiz viu que eu o derrotei ele enfiou a lança mirando em seu coração, finalizando-o de vez, concebendo a vitória a mim, e quando olhei para as outras arenas, apenas Katye a Garota Fria tinham derrotado seus oponentes, enquanto os 6 garotos estavam tendo lutas mais disputadas. 

Eu desci da arena e Katy veio correndo e se jogou em cima de mim, me derrubando no chão, eu fiquei de bruços no chão e ela sentada em minhas costas. 

Katy — *Falando Preocupada* Arc! Como você está? Foi torturado ou algo assim? 

Arc — *Dor* Não, não fui... pode sair d- 

Ela puxa minha camisa para cima e passa a mão nas minhas costas 

Katy — Tem certeza? Por que suas costas tão vermelhas? 

Arc — é que tive que dormir num chão sujo que tinha pedrinhas e deve ter marcado minhas costas. 

Katy — *Irritada* Sério, se aquele arrombado não tivesse te empurrado...  

Ela se deita nas minhas costas e fala: 

Katy — Eu tinha muito medo de eles me fizessem algo... eu... realmente fiquei com medo... você é o único garoto que confio... eu... 

Arc — Vamos, eles não são doidos de mexer com você, você é claramente mais forte que eles... além disso a garota fria provavelmente iria te ajudar se algo assim acontecesse, ela me parece confiável. 

Katy — *Beicinho* Humph, você tá querendo ela, virjão? 

Arc — Ah? Como assim querendo ela? 

Katy — Não se faça de idiota! Se não me dizer... 

Ela pressiona mais seu corpo em mim e sinto olhares dos outros garotos, que não me pareciam muito amigáveis. 

Arc — É Sério... eu não tenho interesse nela se é o que tá pensando... 

Katy — Sério? Você não tem interesse? 

Arc — É sério, ainda não estou pensando nisso... 

Katy sai de cima de mim, em seguida eu me levanto e quando olho pra arena o garoto que me empurrou na cela estava no chão chorando dizendo “Piedade” com olhos assustados. 

Katy — *Ri* Que cena maravilhosa, quem diria que aquele imbecil é um bebê chorão. 

Arc — Droga, eu queria eu ter enfrentado ele..., mas, pelo menos eu tive um gostinho muito bom vendo essa cena. 

Ele tentou correr para fora da arena, e então duas flechas cravaram o peito dele o derrubando, ele ainda tenta rastejar, mas em sequência sucumbiu e desmaiou. 

Com o passar do tempo sobrou só 61 pessoas, e a Elizabeth retornou a fala: 

Elizabeth — Todos que sobreviveram vão ingressar a academia e vão ser disciplinados a ser grandes guerreiros, antes de continuamos eu tenho 5 vagas para uma classe superior da academia onde vocês podem entrar, os interessados subam em qualquer arena. 

Em meio ao clima mais calmo e entre sorrisos dos jovens, eu e a Katy nós encaramos. 

Arc — O que acha? 

Katy — Acho que a gente vai ter que se enfrentar, certo? Pela vaga. 

Arc — Acho que sim, vamos nessa então? 

Katy — Vamos nessa, orelhudo, eu sei que você não consegue ficar longe de mim mais. *risadinha* 

Arc — Haha... *Risada Seca* que legal... 

Eu, Katy, A garota fria e mais 3 subiram na arena, enquanto os outros ficaram imóveis, com medo de que possam perder suas vidas em meio ao desafio que possa vir. 

Elizabeth olhando e vendo que mais ninguém apareceu ela pula do coliseu, e usa suas adagas em direção a parede, deslizando de frente a parede e antes de tocar o chão deu um mortal de costa e parou perfeitamente na nossa frente. 

Elizabeth — Os que estão fora da arena acompanhem os guardas, enquanto vocês... me digam seu nome e idade. 

Arc — Arc e tenho 14 anos. 

Katy — Katy tenho 14 anos 

 Veronica — Veronica tenho 13 anos... 

[Então o nome da garota fria é Verônica...?] 

Pensou Arc 

Poo — Meu nome é Poo 14 anos. 

Gern — Meu nome é Gern 15 anos. 

Carl — Carl e Tenho 14 anos. 

Elizabeth — Certo, quais armas vocês usam como principal. 

Katy — Lança. 

Verônica — Adagas. 

Poo — Espada e escudo. 

Gern — Espada e escudo. 

Carl — Espada e escudo. 

Elizabeth olha para mim com um olhar sério. 

Arc — Arco. 

Katy Olha para mim surpresa, e até mesmo a Verônica fez uma reação um pouco surpresa. 

Elizabeth — Arco? Você usar arco como sua arma principal? 

Arc — Ah... sim? Por que ficaram surpresos? Vocês usam arco também... certo? 

Elizabeth — *Suspira* Arco é uma arma secundária para nós, você tem certeza de que sua arma que tem mais eficiência é essa? 

Arc — Sim, minha arma principal é o arco e a secundária é a adaga. 

Elizabeth — Tudo bem, não vou questionar mais, todos me sigam vou levá-los aos aposentos de vocês. 

Eu e o pessoal seguimos a Elizabeth para fora do coliseu, ao sair eu vi uma carruagem e atrás dela outra carruagem mais normal com alguns soldados em volta. 

Elizabeth — Vocês vão entrar na carruagem atrás da minha, iremos para a academia e um funcionário da academia vai mostrar a vocês seus aposentos, amanhã vocês irão ao pátio da academia. 

Eu e o pessoal entramos na carruagem de trás e nos sentamos. 

Arc — Ufa... que alívio... conseguir sobreviver a essa merda toda... 

Katy — Calma Orelhudo, amanhã ainda tem testes, e aí de você não conseguir pegar uma vaga dessas 5, eu vou pessoalmente ir atrás de você e te dá muitos cascudos! 

Arc —Já parou pra pensar que a gente não deve ser os únicos a fazer esse teste? Quem sabe ainda tem outros ainda mais preparados... 

Katy — Tem razão..., mas isso que deixa as coisas mais interessantes! Não vejo a hora de ver que tipo de teste é esse. 

Arc — Bem, eu acho que as chances de a gente enfrentar nobres pela vaga não deve ser baixa, levando em conta que eles têm mais preparo que a gente. 

Katy — Acho que você está pensando demais, quem não sabe eles sejam bebê chorão também? 

Arc — Você tem razão... 

Enquanto eu olhava para trás, eu vi a cidade e suas ruas brilhantes e movimentadas, era algo completamente novo que eu nunca tinha visto antes, pessoas comendo e se vestindo de uma maneira que nunca tinha visto, eu não sei nada desse novo mundo, e nem sei por que eu me juntei a humanos, será que vão me julgar? Visto que eles estão em guerra com os elfos eu deveria ter sido morto. 

Além de que essa forma de recrutamento é muito estranha... por que eles iriam convocar só crianças e não adultos? Ou será que eles estavam com poucas pessoas para a batalhar e tentaram convocar crianças para não ter que convocar os cidadãos desse reino? Isso poderia ter sido até uma estratégia a longo prazo... provavelmente não deve ocorrer uma guerra nesses próximos anos, assim espero. 

Conforme o tempo foi passando, eu via mais ruas e pessoas, e tinham poucos elfos nas ruas o que me deixou curioso que ainda tenham elfos nessa cidade, talvez eles já vivessem aqui e então permitiram que eles continuassem aqui? 

A carruagem para e eu vejo duas enormes construções, será essa a academia? 

Os guardas mandam a gente descer da carruagem, ao descer tem um homem em frente ao portão da academia da esquerda, ele estava conversando com a Elizabeth, em seguida ele se aproxima da gente. 

Thomas — Saudações, eu vou ser o encarregado de mostrar as instalações da academia, me chamo Thomas, Thomas Golterman. Me sigam irei mostrar a vocês os dormitórios. 

Ao entramos ao portão vemos que a academia era muito grande, e tinha alguns estudantes em volta, muitos olhavam pra gente com olhares de reprovação e murmurando entre eles. 

À medida que andamos, vimos algumas instalações como campo de treinamento e entradas para a academia, como estava de noite, a academia estava fechada e tivemos que contorná-la para chegamos ao dormitório, após chegamos, havia dois dormitórios, um tinha uniformes brancos enquanto o outro tinha uniformes vermelhos, mas algo que o diferenciava ainda mais eram broches que tinham um símbolo e cores diferentes, o que me deixou curioso para saber sobre isso. 

Seguimos o Thomas em direção a um dos quartos do dormitório mais humilde, chegando lá o quarto com o número 372 tinha 4 camas e um cômodo que eu não identifiquei. 

Thomas — Nesse quarto tem que ficar 3 pessoas, o resto de vocês vão ficar no quarto ao lado, aqui tem só aluno um nesse quarto ele deve estar no banheiro agora, quem vai ficar aqui? 

Katy me puxo pelo braço dizendo: 

Katy — Eu e o Orelhudo vamos ficar aqui nesse quarto! 

Arc — Ok, Ok, me larga sua idiota. 

Katy — Eh? *risos* não gostas quando eu te seguro? Ou está gostando? Safadinho. 

Arc — *Coro um pouco* Sua disgraçada... 

Verônica dá um passo em frente e se deita numa das camas, decidindo ficar aqui no quarto. 

Thomas — Certo, vocês ficam aqui enquanto vou levar esses três para outro quarto. 

Thomas levou os três garotos para o quarto ao lado e eu, Katy, Verônica ficamos nesse quarto. 

Eu finalmente me soltei de Katy e me sentei na cama. 

Arc — *Suspiro* Sério, estou morto de cansaço. 

Katy — E amanhã tem mais coisas a se fazer, testes e testes. 

Verônica olha para a gente com um olhar frio. 

Katy — Ei, Verônica, por que você sempre tem esse olhar frio? Parece que não tem emoções. 

Verônica — Por que quer saber? 

Katy — Só quero que você se abra mais, tipo, vamos ser companheiros de quarto, certo? Deveria confiar em nós um pouco e se abrir mais. 

Verônica — *Olhar Sério* Não somos amigos ou algo assim, apenas não me atrapalhem e me deixem em paz. 

Katy — *Irritada* Sua... Certo, se quer assim tudo bem, não vou encher o saco da “Princesinha”. 

Arc — Tá bom pessoal cal- 

Katy — O que? Tá defendendo-a agora? Não ver como ela tá sendo indiferente. 

Arc — Calma Katy, ela deve ter os motivos dela... além disso você agiu assim comigo na primeira vez certo? 

Katy — Eu... *envergonhada* mas, eu conversei com você pelo menos, ela... 

Arc — Tudo bem, calma, ok? Não adianta se irritar assim. 

Verônica — Vocês podem ficar quietos e ir dormir? 

Arc — Verônica tudo bem que você não queira ser próximo assim da gente, mas precisamos no mínimo manter uma relação amistosa, eu não sei seu passado ou que você passou, eu apenas não quero um clima estranho entre a gente, entende? 

Verônica — *Fria* Eu não me importo muito realmente com isso, apenas não me incomodem muito e eu vou ser amistosa com vocês. 

Arc — Tudo bem, isso é um começo. 

A porta do banheiro se abre e aparece uma garota, com cabelos Azuis e um uniforme Branco com um Símbolo verde em sua camisa, ela observa a gente por uns momentos surpresa e parece que ela está curiosa. 

Garota — Vocês são os novos alunos que vieram do coliseu, certo? 

A garota enxuga seus cabelos com uma toalha e olha para a gente. 

Arc — Sim, como sabia que éramos do coliseu? 

Garota — Bem, vocês estão sujos e malvestidos, não foi difícil saber isso. 

Eu e as garotas olhamos para nós mesmo e percebemos que a gente estava muito sujo. 

Katy — *envergonhada* eu... acho que devo tomar meu banho logo... 

Garota — Existe baldes de água dentro do banheiro, usem alguns deles para se limparem, tem sabão também lá. 

Arc — Sabão? O que é isso? 

Katy — *Risos* Sério que você não sabe o que é sabão? 

Arc — Não, não existia na minha vila na realidade. 

Katy — Sabão é tipo um produto que você usa para ficar mais cheiroso. 

Arc — Ah, entendo. 

Garota — Bem, tem uma roupa para vocês no armário que os funcionários trouxeram, utilizem elas depois que tomarem seus banhos. 

A gente fez como ela disse e tomamos nossos banhos e nós arrumamos com a roupa das academias, eu me impressionei com o sabão e como ele é bem liso, ele caiu algumas vezes da minha mão e fiquei meio surpreso. 

Depois que eu me arrumei com as roupas da academia e sair do banheiro, e após me sentar, senti elas me encarando bastante. 

Nana — *Tossi corando* Agora que vocês estão todos aqui e arrumados, vou explicar como a academia funciona para vocês. Além disso, eu me chamo Nana, prazer em conhecê-los. 

Arc — Prazer, me chamo Arc. 

Katy — Me chamo Katy, prazer. 

Verônica — Verônica, Prazer. 

Nana — Como devem saber, vocês estão aqui para serem soldados e lutarem em guerras contra os elfos. 

Arc — Tenho uma dúvida, porque pegaram um elfo como eu se vocês estão em guerra? 

Nana — O reino humano está em guerra com o reino elfo, não contra os elfos necessariamente, se você está aqui, é provavelmente você não é do continente élfico, além disso elfos podem servir como espiões pro reino humano, assim como humanos podem ser espiões elfos, bem, a gente aprende que existe continente humano, elfo, etc. Contudo, isso tá errado de certa forma, pois eles apenas têm mais uma certa população racial que os outros reinos. Tanto que o reino humano tem elfos como nobres. 

Arc — Então meio que essa guerra não seria necessariamente entre raças, certo? 

Nana — Sim, os humanos e elfos não estão em guerra, apenas o reino, que não são necessariamente só de uma raça, é apenas um modo de falar que são de uma certa raça. 

Arc — Entendo um pouco agora. 

Nana acena com a cabeça e continua. 

Nana — Continuando, agora que estão aqui na academia, vocês terão que estudar, treinar, e ganhar pontos. Além de seguir regras da academia e escolher uma facção, que devem explicar a vocês quando forem estudar. 

Katy — Disseram que a gente iria numa batalha por algumas vagas superiores, sabe de algo? 

Nana — Ah... Sim, na verdade o teste é vocês enfrentarem alguns guardas com uma espada de madeira e ver se conseguem lutar bem contra eles, vão analisar sua luta e dizerem se vocês foram bem melhores que os outros alunos, os 5 melhores terão aulas mais avançados. 

Arc — Então é só aulas avançadas e não uma vida melhor? 

Nana — *Risos* Não, é difícil alguém mais abaixo na Classe Social subir para um dormitório, para isso vocês teriam que estar no mínimo no top 100 para talvez conseguirem direitos, mas alcançar esses pontos suficientes é difícil, devem ter duelos com outros alunos, completarem missões e ter um bom desempenho nos festivais de duelos. 

Katy — Tem quantos estudantes na academia? 

Nana — Mais de 800 estudantes, divididas em 3 academias, aqui tem duas academias, onde ficam os estudantes mais Nobres e aqui nessa academia tem os habilidosos e nobres de baixo ranking, tem outra academia um pouco mais longe para pessoas mais inúteis que vão passar por um treinamento mais pesado e sem muito luxo. 

Arc — Então não era para as pessoas do coliseu irem para lá? 

Nana — Não são todos que vão para lá, os que demostraram mais mentalidade e senso de coragem vem pra cá, no caso, vocês vieram direto para cá por serem bom o suficiente, bem, deve ser isso por agora, vocês devem dormir para o teste de amanhã. 

Arc — Certo, agradeço pelas informações. 

Eu e as garotas dormimos esperando pelo amanhã, não sei como vai ser essas lutas, espero que eu possa me destacar e contra os guardas. 

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Fim do Prólogo 

Eae Pessoal, tudo bem? Essa é uma novel que desenvolvi e decidi seguir com ela, se vocês têm alguma crítica, me falem por gentileza, seja furos no roteiro, ou se eu deveria explicar mais algo nas cenas, enfim, eu quero melhorar e desenvolver melhor minhas novels, essa é minha segunda novel que desenvolvi, e nessa eu fiz ela de duas formas, utilizando a linguagem em terceira pessoa no prólogo e a linguagem em primeira pessoa no desenvolvimento, não sei se fui bem me expressando nessas duas formas, digam se gostaram de ver essa histórias em primeira pessoa ou mesclada utilizando um narrador como adjacente, mas, estou aberto a críticas e melhorar nos próximos capítulos, agradeço a todos que leram até o momento, um forte abraço. 

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